Nesta quarta-feira (13), foi vendida a antiga sede de Furnas, subsidiária da Eletrobras (ELET3), na Rua Real Grandeza, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), por R$ 75,4 milhões em um leilão feito pela B3. A incorporadora Cyrela (CYRE3) foi a empresa que comprou o imóvel.
O prédio foi a sede de Furnas durante 50 anos. Desde dezembro de 2020, o edifício estava desocupado. Os colaboradores foram transferidos para o Centro do Rio.
A Cyrela arrematou por R$ 75.400.014 o lote, que corresponde a uma parte do terreno da antiga sede de Furnas. O valor foi apenas R$ 14 acima dos R 75,4 milhões do lance mínimo.
Visando redução de custos, a venda do imóvel começou a ser pensada em 2019. O local conta com três blocos e tinha capacidade para abrigar seis mil funcionários.
Já o outro lote, de menor área, que se refere a um galpão, não teve interessados. O lance mínimo era de R$ 10,2 milhões. Segundo o BNDES, o terreno é passível de incorporação imobiliária para realização de empreendimentos residenciais de alto padrão.
Sem concorrência, Eletrobras leiloa imóvel, no Rio
Com uma área de mais de 9 mil m², o imóvel no bairro de Botafogo faz parte do antigo edifício sede de Furnas e foi arrematado pela incorporadora Cyrela sem concorrência, nem ágio.
O lote comprado é constituído pelo terreno do estacionamento e os prédios que abrigaram o Centro de Operação do Sistema Furnas, gráfica e centro de treinamento. Durante a sessão, também estava disponível para compra um galpão na rua Real Grandeza, com área de 1,5 mil m² e preço mínimo de venda de R$ 10,2 milhões, mas não houve interessados.
Este foi o primeiro leilão de ativos imobiliários realizados na B3 e teve como critério a maior oferta de preço. “A gente tinha identificado um problema grave na companhia, com dispersão geográfica enorme. Furnas está em 15 estados e no Distrito Federal com vários imóveis ociosos, carregando a carteira. A gente estava com problema para viabilizar de alguma maneira essa desmobilização”, disse Pedro Brito, diretor de Gestão Corporativa de Furnas.
Centro de custo
Segundo ele, a ideia foi transformar um “centro de custo que carregava muito a companhia, e ainda carrega, em um centro de receitas para liberar recursos para aquilo que é o principal da companhia na área de geração, transmissão, comercialização e agora inovação e sustentabilidade”.
Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), defendeu esse tipo de venda.
“Tem um espaço importante de reciclagem de capital dos ativos imobiliários do país, porque o Brasil tem uma restrição de capital, uma restrição orçamentária, a gente tem um patrimônio imobiliário muito grande,”, explicou.
“A gente quer alocar nas áreas que geram desenvolvimento para país, infraestrutura, MPME [micro, pequenas e médias empresas] e incentivar o crédito privado principalmente em momentos em que a economia está mais restrita”, acrescentou Laskowsky sobre a carteira de investimentos do banco, citando o imóvel que pertencia à subsidiária da Eletrobras.
Além da Eletrobras e da Cyrela, confira outros destaques desta quarta-feira:
Gaspetro muda de nome para Commit Gás após venda da fatia da Petrobras (PETR4)
- Após a conclusão da venda da fatia da Petrobras (PETR4) na Gaspetro para a Compass, da Cosan (CSAN3), a empresa, em conjunto com a Mitsui, anunciou nesta terça-feira (12) a mudança do nome da holding.
- Agora, a distribuidora de gás será chamada de Commit Gás. Renato Fontalva foi nomeado como novo presidente da companhia.
- A Petrobras detinha 51% da antiga Gaspetro. A empresa japonesa Mitsui é a outra sócia e ainda mantém 49% de participação na holding, que inclui 18 distribuidoras de gás natural.
- “Estamos unindo nossas competências de forma colaborativa e complementar para criar uma companhia comprometida em desenvolver o mercado de gás natural no longo prazo, combinando esforços para tornar a Commit referência em gestão e inovação na distribuição de gás canalizado”, disseram em nota os CEOs da Compass, Nelson Gomes, e da Mitsui, Tadaharu Shiroyama.
- As empresas afirmaram ainda que o novo CEO da Commit Gás, Renato Fontalva, terá como principal missão ampliar o acesso ao gás natural nos Estados que a empresa atua junto sos demais sócios das distribuidoras.
BRF (BRFS3): analistas sugerem cautela, mas veem ações com potencial de alta; veja motivos
- A Ativa Investimentos elevou o preço alvo da BRF (BRFS3) de R$ 14,90 para R$ 17,20 reiterando a recomendação neutra para a compra de ações. O potencial de alta é de 117%.
- De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (13), os analistas revisaram o preço da BRF, devido aos números em exportações, que estão refletindo ambiente favorável de preços e volumes de carne de frango. São decorrentes das restrições de oferta de aves criadas pela situação da guerra na Ucrânia
- Na visão da equipe da Ativa, esse fator deve gerar maior volumes de exportações para a Ásia e Oriente Médio, além de preços mais favoráveis aos exportadores. “Mantemos recomendação neutra devido ao cenário ainda vacilante na demanda interna e desafios em exportações de suínos com a recuperação do rebanho chinês”, diz o texto assinado por Sergio Berruezo e João Pedro Moreira Fontes.
- Atingir 70% da receita advinda de produtos de valor agregado até 2030, contra os atuais 50%;
- Desenvolver estrutura na China e expandir para mercados desenvolvidos, inclusive por meio de aquisições;
- Entrar em novos mercados, como o de ração para pets.A tese da Ativa aponta que a BRF possui um plano de expansão audacioso, almejando alcançar R$ 100 bilhões em receita até 2030. Em 2020, o montante era de R$ 39 bilhões. Além disso, outros pontos incluem:
- “Todo esse plano necessitará de investimentos altos, que, dada a alavancagem da companhia e a meta de não ultrapassar 3,0 vezes a dívida líquida/Ebitda, juntamente com margens expostas ao ciclo de grãos, nos leva a ter uma visão mais cautelosa com a companhia”, afirmam os analistas.
Netflix (NFLX34) fecha parceria com a Microsoft (MSFT34) em plano de assinatura com anúncios
- A Netflix (NFLX34) nomeou a Microsoft (MSFT34) como sua parceira em um serviço suportado por anúncios, anunciaram as empresas nesta quarta-feira (13). As informações são do portal CNBC.
- “A Microsoft tem capacidade comprovada de atender a todas as nossas necessidades, à medida que, juntos, construímos uma nova oferta com suporte para anúncios. Mais importante, a Microsoft ofereceu a flexibilidade para inovar ao longo do tempo tanto do lado da tecnologia quanto do lado das vendas, bem como portes proteções de privacidade para nossos membros”, disse Greg Peters, COO da Netflix.
- O novo plano de assinatura contará com anúncios e será mais barato para os consumidores, diz a Netflix. Em comunicado, a Netflix afirmou que a Microsoft provou sua habilidade em apoiar suas necessidades de anúncios e ofereceu flexibilidade para inovação ao longo do tempo, tanto em questões tecnológicas quanto de vendas. A companhia destacou a forte proteção de privacidade para os assinantes.
- A plataforma de streaming tem lutado para reter e adicionar assinantes. Em abril, anunciou que planejava o lançamento de um produto suportado por anúncios, após anos resistindo ao movimento.
- O co-CEO Reed Hastings é um dos que se opõem à adição de comerciais ou outras promoções à plataforma, mas disse, em teleconferência de divulgação de resultados da empresa, que faria sentido oferecer aos clientes uma opção mais barata.
- Em um esforço para atrair mais assinantes, a Netflix aumentou seus gastos com conteúdo, principalmente originais como a série de sucesso “Stranger Things” — e, para pagar por isso, acabou aumentando o preço de suas assinaturas.
- A empresa disse que as mudanças de preço, por mais que estejam ajudando a aumentar a receita, foram parcialmente responsáveis pela perda de 600 mil assinantes nos EUA e Canadá no último trimestre.
- Durante os últimos meses, a empresa promoveu reuniões com outros potenciais parceiros, como Google (GOGL34), dono do YouTube, e Comcast (CMCS34), proprietária do Peacock e da NBCUniversal, visando lançar o plano antes do final de 2022.
- A Microsoft saiu na frente das concorrentes por não operar um serviço de streaming que possa concorrer com a Netflix.
- O COO da Netflix disse que os esforços publicitários da companhia ainda estão “nos primeiros dias” e com “muito a se trabalhar”.
- A Netflix deve divulgar seus resultados trimestrais na próxima terça-feira (19), tendo avisado, em outra ocasião, que poderia perder cerca de 2 milhões de assinantes no período.
- No ano, as ações da Netflix já caíram mais de 70%.
- Para a Microsoft, o novo negócio poderá ser positivo para a divisão de publicidade, que atualmente contribui com cerca de 6% da receita total da empresa de software.
- O mecanismo de pesquisa Bing, do qual a empresa obtém receita exibindo anúncios, não é tão popular quando o Google, da Alphabet. Em 2015, a Microsoft saiu do mercado de anúncios gráficos quando a Aol assumiu esta função.
- Em comunicado, a Netflix afirmou que a Microsoft provou sua habilidade em apoiar suas necessidades de anúncios e ofereceu flexibilidade para inovação ao longo do tempo, tanto em questões tecnológicas quanto de vendas. A companhia destacou a forte proteção de privacidade para os assinantes.
- “É muito cedo e temos muito o que trabalhar. Mas nosso objetivo de longo prazo é claro. Mais opções para os consumidores e uma experiência de marca de TV premium e melhor do que linear para os anunciantes”, disse Peters, o COO da Netflix, em nota. “Estamos empolgados em trabalhar com a Microsoft enquanto damos vida a esse novo serviço.”
- A Microsoft também celebrou a parceria com a Netflix em seu site.
- As ações da Netflix fecharam em alta de 1,21%, impulsionadas pela notícia, enquanto as da Microsoft recuavam 0,37%.
Iguatemi (IGTI11) aumenta em 30% nas vendas do 2T22 ante 2019; recorde é de R$ 4,3 bilhões
- A Iguatemi (IGTI11) divulgou nesta quarta-feira (13) a prévia operacional do segundo trimestre de 2022, apontando um aumento de 30,2% contra o mesmo período de 2019, um ano antes do início da pandemia, alcançando R$ 4,3 bilhões.
- De acordo com apresentação da companhia, os oito shoppings administrados pelo grupo cresceram, juntos, 30% em comparação aos meses de abril a junho de 2019, período pré-pandemia. Isso impulsionou as vendas, que atingiram recorde para o período.
- Em relação ao indicador de vendas mesmas lojas (SSS), a Iguatemi afirmou alta de 31% também na base de comparação do segundo trimestre de 2019.
- “Na performance por segmento, tivemos Moda, Calçados, Artigos de Couro registrando um crescimento de 51,2% e Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias crescendo 31,4%, respectivamente, versus o mesmo período de 2019”, diz a apresentação.
- A Iguatemi afirmou que a retomada das vendas, atrelada às economias no condomínio, continua trazendo espaço para retirada dos descontos.
- Assim, não houve impacto em indicadores como custo de ocupação e inadimplência líquida, que ficaram abaixo do 2T19 mesmo com crescimento no 2T22 de 56,2% no SSR (aluguéis mesmas lojas) e de 42,1% no SAR (aluguéis mesmas áreas).
- Em junho, o crescimento foi de 59,1% no SSR e 42,5% no SAR contra igual período de 2019.Por fim, a Iguatemi ressaltou que a recuperação das vendas e esforços de contenção dos custos de condomínio levaram ao retorno aos custos de ocupação históricos, “o que nos possibilitou não só aumentar a cobrança dos aluguéis atuais,
- como também receber aluguéis passados, refletindo uma inadimplência negativa de 2,3% no trimestre, conforme abaixo.”
BTG recomenda compra de Magazine Luiza (MGLU3): “E-commerce é resiliente”
- O setor de varejo de e-commerce, na visão do BTG Pactual (BPAC11), está desacelerando, mas continua resiliente. Com isso, os analistas do banco reiteraram a classificação de compra para Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), e mantiveram neutra para Via (VIIA3).
- O preço alvo para cada uma das principais empresas do setor de varejo do país é de R$ 7, R$ 29 e R$ 4, respectivamente.
- Os analistas do BTG esperam que a indústria global de publicidade cresça 8,4% ainda este ano, mesmo com tensões geopolíticas mundiais e o temor por recessão. A estimativa é de que a receita de anúncios para plataformas puramente digitais aumente 11,5% em 2022, abaixo do crescimento de 32% em 2021. Já a publicidade digital nessas plataformas representará 67% da receita total do setor este ano.
- “No Brasil, há uma tendência crescente para o marketing digital, que respondeu por mais de 50% dos orçamentos publicitários em diversos setores econômicos no ano passado, com destaque para as categorias de vestuário, acessórios e eletroeletrônicos”, diz o relatório.
- Em uma pesquisa realizada pela Kantar Ibope Media, 81% dos entrevistados querem aumentar os investimentos em marketing digital em 2022, ou seja, uma estratégia ainda resiliente, mesmo com a desaceleração de vendas de e-commerce.
- Com a intenção de tornar a jornada dos clientes no e-commerce mais leve e tranquila, os players de varejo online estão praticando mais do social commerce, que permite que o cliente faça o checkout diretamente por meio de plataformas das redes sociais.
- “Embora o recente aumento nos take rates dos players brasileiros de e-commerce seja uma reação a uma tendência de crescimento mais lento no curto prazo, em uma estratégia de modo de preservação de caixa, os níveis sustentáveis de take rate dependerão de novas iniciativas de monetização”, afirma o relatório.
- O BTG usa o exemplo do TikTok, controlado pela ByteDance. A rede de vídeos está monetizando a atenção impulsionada pelas ferramentas de social selling.
- A receita da empresa alcançou um montante próximo de US$ 4 bilhões no ano passado e deve chegar a US$ 12 bilhões este ano, quase toda em publicidade, de acordo com os analistas.
- “Com os valuations incorporando mais elementos que mostram que as empresas podem sobreviver por conta própria, em termos de lucro e FCF (fluxo de caixa livre), isso implica mais uma estratégia de busca por qualidade (“flight-to-quality”) no curto prazo, com vários players buscando preservar o caixa”, aponta o banco de investimentos.
- Entretanto, a top pick do setor de e-commerce para o BTG Pactual é Mercado Livre (MELI34), pois “preferimos a exposição de longo prazo ao setor via players horizontais, que também têm muito mais liquidez”.
Fras-Le (FRAS3) pagará R$ 23,8 milhões em JCP; veja valor por ação
- A Fras-Le (FRAS3), empresa controlada pela Randon (RAPT4), anunciou ao mercado nesta quarta-feira (13) vai pagar R$ 23,8 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,089195, que serão pagos em 24 de agosto.
- Apenas os investidores com ações da Fras-Le no dia 19 de julho terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 20 de julho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP da Fras-Le terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,075816 por ação.
Da Eletrobras à Fras-Le, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.