A Cyrela (CYRE3) divulgou sua nova prévia operacional, referente ao 1º trimestre de 2024 (4T23), em que reportou vendas líquidas totais de R$ 2,147 bilhões.
As vendas da Cyrela tiveram um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, porém, as vendas líquidas mostraram um recuo de 17%.
Conforme nova prévia operacional da Cyrela, a empresa teve uma participação de 79% no total de vendas contratadas registradas no primeiro trimestre de 2024, acima dos 75% observados no 1T23 e superior à participação de 72% reportada no último trimestre de 2023.
Cerca de R$ 177 milhões é o montante relativo à venda de estoque pronto, o que corresponde a 8% do total de vendas. A maior parte desse valor vem da venda de estoque em construção, que foi de R$ 1,069 bilhão, com participação de 50%. O restante, de 42%, ou R$ 900 milhões, se refere à venda de lançamentos.
A prévia da Cyrela tambémregistrou uma velocidade de 53% nas vendas de lançamentos (VSO). Já a velocidade de vendas de 12 meses foi de 50% no 1T24, acima dos 49% registrados em igual etapa do ano de 2023. No 4T23, a velocidade de vendas era de 47%.
A incorporadora anunciou que 9 lançamentos foram realizados ao longo do primeiro trimestre de 2024, maior que os 8 empreendimentos lançados no 1T23.
Já o volume total de lançamentos da Cyrela, representado pelo VGV Lançado, foi de R$ 1,7 bilhão, com alta de 26% em relação ao mesmo período de 2023 e 38% inferior ao quarto trimestre deste ano.
Por fim, a Cyrela reportou um VGV Permutado de R$ 163 milhões, com aumento anual de 89,5%. No 1T23, o montante reportado foi de R$ 86 milhões e, no 4T23, de R$ 75 milhões.
Além de Cyrela, confira outros destaques desta terça-feira:
B3 (B3SA3) enfrenta processo de R$ 5,4 bilhões no Carf; entenda os três casos da empresa
- A B3 (B3SA3) viu nesta terça-feira (9) o desenrolar de três processos fiscais no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
- No primeiro deles, o resultado foi desfavorável à B3 no Carf, em um recurso relacionado à amortização de ágio, a diferença entre o valor de aquisição de uma empresa e o valor contábil dos ativos líquidos adquiridos.
- “A amortização é registrada nas demonstrações financeiras da empresa e tem impacto no cálculo de seus lucros, podendo reduzir o lucro líquido reportado, o que obviamente tem impacto no pagamento de impostos, que é o cerne do imbróglio da B3 com a Receita Federal“, explica Milton Rabelo, analista da VG Research.
- A Receita Federal questionou a amortização nos anos de 2014, 2015 e 2016, referente à incorporação das ações da Bovespa Holding pela B3 em 2008.
- A empresa discorda dessa decisão e planeja recorrer à Câmara Superior de Recursos Fiscais do Carf, argumentando que a operação foi realizada de acordo com a legislação fiscal.
- O valor do processo, segundo cálculos de dezembro de 2023, equivale a R$ 5,4 bilhões.
- “É interessante apontar que a B3 já recebeu cinco autos de infração relacionados a essa operação, cujos processos totalizam R$ 14,6 bilhões”, relembra Rabelo.
Nubank (ROXO34) pode ser beneficiado por nova proibição no México; entenda
- Em novo relatório sobre diversas novidades do Nubank (ROXO34), analistas do BTG Pactual destacaram que o Congresso mexicano aprovou uma mudança na lei federal que proibirá os varejistas de cobrar uma taxa adicional em transações com cartão de crédito e débito.
- Segundo a casa, essa mudança, em teoria, beneficia os consumidores mexicanos e também pode ser vista como vantajoso para a Nubank – que tem focado na sua expansão no México.
- “Achamos que, como a maioria das coisas no México, pode ser recorrido, mas, aparentemente, parece bom para os consumidores e os bancos, mas menos para as varejistas. De acordo com a nova lei, os varejistas que não cumprirem a lei enfrentarão multas” diz a casa.
- “Em teoria, a medida poderia ajudar a impulsionar a ‘bancarização’ do país, que continua fortemente dependente de dinheiro físico. A mudança na lei ocorre um mês depois que o Nubank anunciou uma parceria com um player de varejo do México e permitirá que seus clientes façam depósitos em dinheiro na Cuenta Nu“, completa.
- Atualmente a recomendação do BTG para as ações do Nubank é neutra, com preço-alvo de US$ 11, abaixo dos US$ 11,85 em que os papéis são negociados atualmente.
Vale (VALE3) ou Gerdau (GGBR4): veja quais empresas do setor de mineração e siderurgia vão despontar (ou não) no 1T24
- A XP Investimentos espera um resultado misto para as ações de mineração e siderurgia no primeiro trimestre de 2024 (1T24). Para os analistas, a Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) devem ser os dois destaques deste trimestre. Sobre a Vale (VALE3), a research projeta um trimestre fraco.
- “Com a indústria siderúrgica no Brasil ainda enfrentando um ambiente desafiador, esperamos que a exposição da Gerdau na América do Norte (com aumento da lucratividade vs. 4T23) e os esforços de eficiência de custos da Usiminas (após o aumento da renovação do AF#3) impulsionam uma sólida melhora no Ebitda no 1T24E, como dois dos destaques deste trimestre”, afirma a XP.
- Com isso, a XP projeta que resultados decentes da Gerdau no 1T24, com receita de R$ 16,6 bilhões e Ebitda de R$ 2,6 bilhões. A perspectiva é de pressão nos volumes devido ao aço importado no Brasil, afetando os preços. A América do Norte deve ter um trimestre melhor em volumes e rentabilidade. As margens esperadas são de 8,1% no Brasil e 22,5% na América do Norte.
- Para o 1T24 da Usiminas, espera-se que a companhia apresente melhores resultados, com um Ebitda de R$ 479 milhões, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano anterior, e uma melhora sequencial. Os volumes de aço devem atingir 1 milhão de toneladas, um aumento de 1% em relação ao ano anterior.
- Em linha, os analistas também veem a Aura (AURA33) apresentando fortes resultados no 1T24, com Ebitda de US$ 50 milhões, explicado principalmente pelos melhores resultados nas operações da Almas.
- Ao contrário, os resultados da Vale, CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) devem ser impactadas negativamente pelo desempenho em queda dos preços do minério de ferro no 1T24.
- Espera-se um 1T24 da Vale mais fraco, com uma receita de US$ 8,3 bilhões, uma queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma recuo significativa de 36% em relação ao trimestre anterior. Isso reflete principalmente menores preços realizados do minério de ferro, apesar de maiores volumes de minério de ferro.
- O Ebitda da Vale é estimado em US$ 2,8 bilhões, uma queda de 58% em relação ao trimestre anterior e de 23% em relação ao ano anterior, com margens 10 pontos percentuais abaixo do 1T23. Segundo a XP, isso é apoiado por resultados mais baixos em soluções de ferro e metais básicos, principalmente devido a um desempenho fraco nas operações de níquel, impactado por menores preços e volumes, parcialmente compensados por um melhor desempenho na divisão de cobre.
Assaí (ASAI3) ou Carrefour (CRFB3): quem deve ir melhor no 1T24, na visão do Itaú BBA?
- Em relatório sobre as prévias de resultados do 1T24 para o setor varejista, analistas do Itaú BBA projetam uma sólida expansão de margem para o Assaí (ASAI3) no período, enquanto para o Carrefour (CRFB3), a expectativa é de melhora nas vendas, em linha com a melhora da inflação alimentar.
- Para o 1T24 do Assaí, o Itaú BBA prevê um lucro líquido de R$ 36 milhões, metade dos R$ 72 milhões apurados no mesmo período do ano anterior.
- Já a previsão para a receita líquida do Assaí no período é de R$ 17,4 bilhões, aumento de 15,5% em relação ao mesmo período de 2023.
- A estimativa para o Ebitda do Assaí para o primeiro trimestre de 2024, segundo o Itaú BBA, é de R$ 1,2 bilhão, aumento de 26,2% frente aos R$ 951 milhões registrados no 1T23, com a margem Ebitda crescendo 0,6 ponto percentual no período, a 6,9%.
- A casa prevê um crescimento anual de 15,5% para o Assaí no período, o que deve ser impulsionado principalmente pela implementação do plano de conversão de lojas, além de um aumento no número de ingressos e tráfego de pedestres nos estabelecimentos.
- Para o Itaú BBA, o indicador de vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) deve subir 4% no 1T24, marcando uma melhora sequencial. “Embora a margem bruta da empresa provavelmente se beneficie das receitas de suas galerias comerciais e outras iniciativas não essenciais, esperamos que ela invista esses ganhos potenciais em preços, abrindo caminho para uma margem bruta estável de 16,1%”, escreveu.
- No geral, o banco enxerga uma alavancagem operacional tanto das despesas gerais e administrativas do Assaí quanto das despesas com vendas, as primeiras auxiliadas por uma base do 1T23 que inclui despesas de compartilhamento de custos com o antigo acionista controlador. “Esperamos que a alavancagem permaneça praticamente estável no trimestre, o que vemos como um destaque, dada a sazonalidade”, completou a instituição.
- A casa tem recomendação ‘outperform‘ para as ações de Assaí, equivalente a ‘compra’, com preço-alvo a R$ 16,60 (com os papéis negociados atualmente a R$ 14,66). Os resultados do primeiro trimestre de 2024 da varejista devem ser divulgados em 24 de abril, após o fechamento do mercado.
Da Cyrela ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.