A Copel (CPLE6) comunicou nesta segunda-feira (29) que vai passar a atuar junto a instituições de mercado para estruturar uma possível oferta pública de distribuição primária ou secundária de ações ordinárias, ou units.
A possibilidade de uma nova oferta da Copel ocorre no âmbito do processo de transformação da companhia em uma sociedade com capital disperso e sem acionista controlador.
Para isso, a companhia engajou o sindicato de instituições financeiras, formado por BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA, Bradesco BBI, Morgan Stanley (MSBR34) e UBS Brasil, para que essas instituições atuem como coordenadoras da potencial oferta.
Apesar disso, o governo do Paraná e a Copel não definiram se a oferta será realmente realizada, nem divulgaram termos e condições da potencial emissão de ações.
Nesse sentido, o comunicado ressalta que até o momento “não está sendo realizada qualquer oferta pública de distribuição de valores mobiliários no Brasil, nos Estados Unidos da América ou em qualquer outra jurisdição”.
A realização da possível emissão de ações da Copel está sujeita à obtenção de aprovações aplicáveis, e também às condições macroeconômicas no Brasil e no exterior.
Além disso, a realização da oferta depende do fechamento de contratos definitivos e de procedimentos necessários relacionados à realização de ofertas públicas, fatores que independem da vontade da Copel.
A empresa ressalta que o comunicado tem caráter meramente informativo e não deve ser interpretado como uma recomendação de investimento ou como uma oferta de venda, solicitação ou oferta de compra de valores mobiliários da companhia.
A Copel diz que se dispõe a manter o mercado e os investidores informados sobre eventuais atualizações sobre a potencial oferta em seus canais de divulgação de informações.
Além de Copel, confira outros destaques desta segunda-feira:
Ferbasa (FESA4) aprova R$ 72,7 milhões em JCP; confira valor por ação e quem receberá proventos
- A Companhia de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa (FESA4) aprovou o pagamento de R$ 72,7 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). De acordo com as informações publicadas nesta segunda (29) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os detentores dos papéis ordinários (FESA3) e preferências (FESA4) terão direito a esses proventos.
- Os proventos da Ferbasa estão divididos da seguinte forma:
JCP DA FERBASA | FESA3 | FESA4 |
Valor bruto | R$ 0,80241851527 | R$ 0,88266036679 |
Valor líquido | R$ 0,68205573798 | R$ 0,75026131177 |
- Como determina a legislação, os pagamentos de juros sobre capital próprio são tributados em 15% via a incidência de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
- “Os referidos pagamentos serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício social de 2023, e os créditos individualizados terão como base as posições acionárias existentes no fechamento do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo, do dia 07/06/2023″,
- A partir do dia 09 de junho, os papéis serão negociados “ex-direitos”. O pagamento dos dividendos da Ferbasa será realizado no dia 22 de junho.
Ibovespa hoje: Veja os destaques do fechamento
- O Ibovespa terminou o pregão desta segunda (29) em queda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos. Nas últimas horas, o volume financeiro registrado na Bolsa brasileira chegou na casa dos R$ 11,7 bilhões. Por causa do feriado nos Estados Unidos, o pregão operou com menor liquidez ao longo do dia e um dos destaques negativos foi a Vale (VALE3), que caiu mesmo com a alta do minério de ferro. O dólar voltou a ficar acima dos R$ 5.
- “Apesar do minério estar subindo, mesmo assim, as ações da Vale caem, o que mostra que realmente o mercado não está comprador para o setor de mineração. O desempenho da Vale é negativo no ano junto com o Ibovespa caindo hoje, mas em um mês de maio bem positivo para a Bolsa”, destaca Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed.
- As ações da Ferbasa terminaram o pregão desta segunda em queda de 0,83%, aos R$ 52,38. Ao longo dos últimos doze meses, os papéis recuaram 0,30%.
Vibra (VBBR3) lidera quedas no Ibovespa hoje; ações caem após ‘não’ da Petrobras (PETR4)
- As ações da Vibra Energia (VBBR3) fecharam em forte queda nesta segunda (29) no Ibovespa hoje. O movimento ocorre após a Petrobras (PETR4) classificar como “inverídicos” os rumores de que compraria ações da antiga BR Distribuidora.
- “A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia, informa que não está participando de qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa Vibra Energia e que são inverídicas as matérias acerca do assunto”, comentou a empresa em comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta (26).
- No fecahmento, as ações da Vibra cairam 3,91%, ao preço de R$ 16,45. Essa foi a maior queda do Ibovespa hoje.
- No comunicado, a Petrobras reforçou que “eventuais ações em relação à aquisição de participação em qualquer empresa exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.
- “A companhia reforça o seu compromisso com a ampla transparência dos processos de gestão de seu portfólio e que fatos relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”.
- De acordo com as informações publicadas pela plataforma TC Scoop, o Governo Federal teria solicitado que a Petrobras e a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil (BBAS3), fizessem um estudo sobre a possibilidade de compra de participação na empresa de energia.
Itaú BBA reduz preço-alvo das ações da Ambev (ABEV3) em 5,5%; Veja as preocupações dos analistas
- O Itaú BBA manteve sua recomendação de market perform para as ações da Ambev (ABEV3), o equivalente a uma posição neutra, e com expectativa de performance alinhada com a média de mercado.
- Apesar disso, o banco reduziu o preço-alvo das ações da Ambev de R$ 18 para R$ 17, o equivalente a uma diminuição de 5,55%.
- A queda no preço-alvo da ação da Ambev ocorre em meio a preocupação dos analistas em relação às expectativas futuras da empresa. “Esperamos que as discussões em andamento sobre questões não operacionais compensem o momento operacional positivo”, afirma o analista Gustavo Troiano.
- Além disso, a revisão no preço-alvo também foi motivada pelos números observados no último balanço trimestral da Ambev,referente ao primeiro trimestre de 2023 (1T23), assim como o cenário macroeconômico.
- O banco também atualizou suas estimativas para a margem Ebtida da Ambev, revisando-a para baixo em 30 pontos percentuais para 2023. Nas projeções para o ano de 2024, o Itaú BBA reduziu a projeção em 90 pontos percentuais.
- O analista diz que uma elevação no custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro relacionado a América Latina poderá compensar a boa rentabilidade das operações da Ambev em território brasileiro. Ele acredita que as margens na América Latina neste ano e no próximo devem ser afetadas por um hedge menor no 2º semestre.
- Uma das maiores preocupações do Itaú BBA em relação a maior cervejaria da América Latina seria um regresso em sua tese de investimentos, embora a empresa esteja passando por um momento bom na questão operacional. Nesse sentido, os maiores riscos estariam associados aos impactos vindos da hiperinflação da Argentina, além de passivos relevantes que estão de fora do balanço de resultados da Ambev.
Volta do carro popular pode prejudicar duas ações da Bolsa, dizem analistas; veja quais
- As medidas de incentivo do governo para a volta do carro popular podem prejudicar duas ações da Bolsa brasileira, na visão da Genial Investimentos. Em relatório assinado pelos analistas Ygor Bastos, Igor Guedes, Renan Rossi e Bernardo Noel, os especialistas demonstram preocupação com os rumos da Movida (MOVI3) e da Localiza (RENT3).
- “O setor de locação de veículos poderá se beneficiar com a redução do Capex dos próximos 12 meses. Nesse sentido, a Localiza tem uma vantagem em relação à Movida, uma vez que continua a adquirir mais carros e segue trabalhando no giro da frota. No 1T23, a Localiza comprou 48 mil enquanto a Movida comprou 8,9 mil”, contextualizam os profissionais.
- No entanto, eles avisam que os investidores podem esperar uma maior pressão nas margens dos seminovos “devido ao aumento na oferta de veículos a preços relativamente mais baixos”.
- “Uma vez que os carros 0 km subsidiados entram no mercado, o apetite do consumidor pelos seminovos da mesma faixa de preço muda. No fim do dia, isso resultaria em novas quedas nas FIPEs dos veículos impactando ainda mais as últimas linhas dos resultados das locadoras de veículos”.
- “Um risco que na nossa visão está fora do radar diz respeito a quais setores serão prejudicados no futuro como forma de compensação à redução de arrecadação prevista. Avaliamos que o setor de locação é um dos possíveis alvos na ótica do governo para aumento de impostos. Portanto, a sinalização positiva para indústria pode ser um prelúdio do que vem a seguir. Segundo informações, o governo já estuda taxar a venda de imobilizado e aumentar as alíquotas de PIS/Confins para o setor de locação, o que na nossa seria extremamente negativo para o setor”, complementam os profissionais.
Banco do Brasil (BBAS3) está entre os ‘prediletos’ da XP; entenda os motivos
- Em linha com uma temporada de balanços considerada “mista”, analista da XP destacaram que o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB4) como as empresas preferidas do setor de bancos.
- “Em relação aos bancos incumbentes, embora todos tenham aumentado as provisões, alguns deles ainda conseguiram entregar resultados resilientes e forte lucratividade (como o Itaú e Banco do Brasil), enquanto outros apresentaram NII (receita líquida de juros, na sigla em inglês) mais fraco e aumento de NPLs. No segmento de mercados de capitais, por mais um trimestre, os resultados foram afetados negativamente pela atividade econômica mais fraca”, diz a XP.
- “No entanto, essas empresas conseguiram compensar isso com outras fontes de receita e controle de custos. Por fim, os Neobanks e Fintechs continuaram a mostrar melhorias operacionais sequenciais. Contudo, apenas o Nubank conseguiu acelerar seu aumento na rentabilidade. Vimos as ações do setor apresentarem uma série de desempenhos distintos neste mês, mas podemos dizer que a maioria do setor superou o Ibovespa”, acrescenta a casa.
- Os analistas destacaram o ROAE acima de 20% do Banco do Brasil e do Itaú, ainda que impacto da inadimplência.
- “Olhando para o futuro, esperamos que os efeitos adversos continuem a se dissipar e que os players ajustem gradualmente suas emissões de crédito para um ritmo consistente com as projeções”, diz a casa.
- “Como a lucratividade está demorando mais para ser alcançada pelo lado das receitas, as empresas têm se concentrado nos custos. Embora apreciemos os esforços, ficaríamos mais satisfeitos em ver um ritmo mais rápido de crescimento das receitas. Isso nos levaria a ampliar nossa convicção na tese de potencial alavancagem operacional“, completa.
- Atualmente a recomendação de compra é somente para as ações do Banco do Brasil e do Itaú dentro da cobertura de bancos, com preços-alvo de R$ 61 e R$ 34.
- Já dentro do mercado de capitais, o BR Partners (BRBI11) segue como a única recomendação de compra, com R$ 14,20 de preço-alvo.
Do Copel à Vibra, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.