O conselho de administração da Cemig (CMIG4) anunciou nesta quarta-feira (22) o pagamento juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 424 milhões referentes ao exercício de 2023.
O valor bruto dos proventos do Cemig é de R$ 0,1927 por ação, porém a empresa reforça que haverá a dedução de 15% do Imposto de Renda no pagamento — sendo excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
Além disso, apenas os investidores da Cemig na base acionária da próxima segunda (27) terão direito de receber os rendimentos. A partir da terça (28), as ações serão negociadas sem direito ao JCP.
Segundo o fato relevante, o pagamento do JCP da Cemig ocorrerá em duas parcelas em 2024: a primeira até junho e a segunda, até dezembro. Confira os detalhes abaixo:
JCP da Cemig (CMIG4)
- Valor total do JCP: R$ 424.226.000,00
- Valor bruto por ação: R$ 0,19278403644
- Data de corte: 27 de março
- Data do pagamento: 1ª parcela: até 30 de junho de 2024 / 2ª parcela: até 30 de dezembro de 2024.
Além do Cemig, confira outros destaques desta quarta-feira:
Via (VIIA3) está em crise? CEO avisa que ‘não’ e detalha estratégia da varejista
- Com um cenário delicado no varejo nacional, termos como “prejuízo” e “fechamento de loja” acabam virando sinônimos de crise na cabeça dos investidores da Via (VIIA3). Roberto Fulcherberguer, CEO da varejista, abre o jogo sobre a situação da companhia e é enfático ao falar sobre o tema.
- “A resposta objetiva é não! Não tem absolutamente nenhuma crise aqui, é a vida como ela é, o nosso dia a dia”, argumenta o executivo em entrevista ao Suno Notícias.
- Nas últimas semanas, o fechamento da megaloja da Casas Bahia no edifício João Brícola, no centro de São Paulo, fez com que esse imaginário de crise voltasse a pairar na cabeça do investidor. Contudo, Fulcherberguer explica que essa operação foi encerrada porque a unidade “não estava rentável”.
- “O tempo inteiro estamos avaliando a performance das lojas, temos planos A, B e C para cada uma das unidades. Começou a não performar, damos uma dose de remédio, avaliamos em um mês. Não performou? No segundo mês, damos outra dose. No terceiro mês, se não performar, a gente fecha”, detalha.
- “A vida no varejo é assim para nós. Gostamos de ter no parque lojas rentáveis, fechar loja é parte do nosso dia a dia”.
- Segundo Fulcherberguer, a Via fechou 21 lojas em 2022, mas abriu outras 63 unidades neste mesmo período: “Então, fizemos o encerramento de 2% do total de lojas que temos, isso é absolutamente marginal”.
- Com o esclarecimento feito, o gestor afirma que não se surpreendeu ao ver os números da Via em 2022. “De fato, é uma grande construção que a gente vem fazendo, absolutamente comprometidos com o longo prazo”, projeta.
- “A gente vem de um ano de grande organização. Então, estamos começando a colher todos os investimentos que essa companhia fez em tecnologia, estamos ganhando muita produtividade, complementa.
Vibra (VBBR3): BTG recomenda compra apesar dos resultado do 4T22
- Em análise acerca dos resultados da Vibra (VBBR3) os especialistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram resultados ‘com volatilidade’ e mantiveram recomendação de compra.
- O preço-alvo do BTG para as ações da Vibra é de R$ 28, ante uma cotação atual de R$ 13,40.
- Os papéis VBBR3 chegaram a cair 8% no intradia desta quarta-feira (22), após a divulgação do balanço.
- “Os resultados do 4T22 da VBBR foram fortemente afetados por fatores não recorrentes, muito mais do que seus concorrentes, relacionados à volatilidade de preços e um mercado com excesso de oferta. O
O EBITDA ajustado foi sólido em R$ 1,4 bilhão”, destaca o BTG sobre o resultado da Vibra.
- Segundo a casa, os fatores não recorrentes contemplam:
- Perdas de estoque e hedge (-R$756 milhões)
- Venda de Ativos (R$ 350 milhões)
- Ganhos fiscais (R$ 680 milhões)
- “Até certo ponto, o trimestre ressalta o quão diferentes são as estratégias entre principais empresas de combustível foram. A perda de estoque de R$ 27 por metro cúbico da Vibra foi pelo menos duas vezes maior do que a de seus concorrentes, enquanto a perda de R$ 47/m3 de hedges não realizados
indica um perfil de negociação de combustível diferente (mais arriscado), já que a VBBR procurou monetizar a arbitragem de oportunidades”, destaca o BTG.
Copel (CPLE6): XP vê trimestre neutro e segue recomendando compra
- Segundo a XP Investimentos, os resultados trimestrais da Copel (CPLE6) apresentados nesta semana foram ‘neutros’ e em linha com algumas projeções da casa.
- Apesar disso, a recomendação da XP ainda é de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 8 ante uma cotação atual na casa dos R$ 6,60.
- “A Copel apresentou resultados neutros no 4T22, em linha com nossas expectativas. O destaque positivo veio da Copel Geração e Transmissão devido ao cenário hidrológico mais favorável na comparação anual e à redução de -49% na base anual nos custos com pessoal como resultado de um programa de PDV bem-sucedido. O EBITDA ajustado do braço de Distribuição aumentou 10% no comparativo anual, também refletindo os resultados do PDV parcialmente compensados pela redução de 2,4% na energia faturada”, analisa Maíra Maldonado, da XP.
- O Ebitda da Copel veio cerca de 3% acima das projeções da XP Investimentos. Além disso, o segmento de geração e transmissão cresceu quase 50% ante igual etapa do ano anterior.
Da Cemig à Vibra, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.