Radar: banco recomenda venda de ações de Casas Bahia (BHIA3), Petrobras (PETR4) bate recorde e analistas elevam preço-alvo de BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3)

Em relatório, o BB Investimentos revisou o valuation do Grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, para incorporar o resultado do terceiro trimestre de 2023 e o grupamento de ações realizado em dezembro do ano passado. A casa manteve a recomendação de venda para as ações.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/11/1420x240-Banner-Home-3.png

No texto, a analista Georgia Jorge pontua que as ações BHIA3 despencaram 81% em 2023, refletindo a piora da situação econômico-financeira do Grupo Casas Bahia ao longo do ano aliada a um processo de follow-on ‘desastroso’ que chancelou um novo patamar de preço para as ações.

Ela explica, ainda, que após a divulgação do resultado referente ao 3T23, o BB Investimentos rebaixou sua recomendação para ‘venda’, diante da apresentação de números fracos que, em conjunto com o momento delicado vivenciado pela companhia, com rebaixamento de ratings corporativos e de crédito, acendeu um alerta quanto ao elevado risco de execução de seu plano de recuperação.

“Considerando a incorporação de premissas ainda mais conservadoras de crescimento e rentabilidade em 2024 e 2025, entendemos que Grupo Casas Bahia segue em um momento desafiador, com desequilíbrio entre a relação risco-retorno, razão pela qual mantemos nossa recomendação de venda”, destacou Georgia.

O BB Investimentos tem preço-alvo de R$ 9,80 ao final de 2024 para as ações de Casas Bahia.

Além de Casas Bahia, confira outros destaques desta segunda-feira:

Petrobras (PETR4) bate recorde pelo terceiro ano seguido em depósito de patentes

  • A Petrobras (PETR4) bateu o recorde de depósito de patentes pelo terceiro ano consecutivo, com 142 pedidos registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), superando as marcas obtidas nos dois últimos anos: 119 e 128 depósitos. A empresa informou que passou do 5º lugar no ranking de depositantes, em 2019, para o 2º, em 2020 e, desde o ano passado, lidera os pedidos de patente.
  • A companhia também superou a marca de 1.200 patentes ativas, mantendo a liderança entre depositantes nacionais, incluindo empresas e universidades, e aguarda a confirmação do INPI para saber se alcançou o recorde nacional, informou a companhia.
  • “Esse resultado de depósito em patentes da Petrobras comprova a importância do nosso crescente investimento em pesquisa, que gera benefícios para a sociedade, com aumento da segurança e descarbonização das nossas operações e contribui significativamente para o movimento de transição energética justa que empreendemos”, disse em nota o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
  • De acordo com o Plano Estratégico 2024-2028 da estatal, a área de (PD&I) receberá US$ 3,6 bilhões no quinquênio, o maior valor da história da Petrobras. Os aportes em descarbonização e novas energias devem crescer 30% ao final do Plano, em 2028, de acordo com a empresa.
  • “Para a Petrobras, tecnologia e conhecimento são fundamentais para um desenvolvimento sustentável, isso está no DNA da companhia. Nossas metas de PD&I visam à eficiência assim como a diversificação de negócios futuros, por meio da inovação e o portfólio de patentes será cada vez mais robusto em consequência disso”, destacou o diretor de Engenharia Tecnologia e Inovação da companhia, Carlos Travassos.

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3): analistas elevam preço-alvo, mas pregam cautela de olho no cenário internacional

  • O BB Investimento manteve recomendação neutra para BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), mas elevou o preço-alvo das duas companhias. Os analistas avaliam que um cenário mais favorável para o consumo de processados no Brasil e a queda de preços dos grãos corrobora com expectativas mais positivas em relação à rentabilidade da BRF, empresa cuja Marfrig tem participação de 50,06%.
  • No entanto, segundo o BB-BI,  a casa prefere adotar uma tese mais conservadora no segmento internacional, cuja recuperação de margens parece desafiadora no curto prazo, com os fatores positivos do cenário mais benéfico e dos resultados da reestruturação já refletidos no desempenho recente da BRF.
  • Neste contexto, o BB Investimentos atualizou o preço-alvo da BRFS3 para R$ 16,00/ação (antes R$ 14,00). A cotação atual é de R$ 12,69.
  • Em relação a Marfrig, as margens dos negócios na América do Norte devem continuar pressionadas em 2024 diante de um quadro de menor disponibilidade de animais para abate, informa o BB-BI.
  • “O momento de virada do ciclo pecuário na região ainda é incerto, o que nos mantêm cautelosos em relação às estimativas para esta unidade de negócios, que impactam de forma relevante o resultado consolidado da empresa”, comentam os analistas.
  • De acordo com a expectativa da Marfrig, a venda das unidades de abate da América do Sul à Minerva (BEEF3) pode ser concluída ao longo do primeiro semestre deste ano e, assim, a Marfrig estará mais concentrada na produção de processados. Os analistas observam o movimento como um alinhamento estratégico da Marfrig em focar no portfólio de processados e na desalavancagem financeira.
  • Por sua vez, diz o BB-BI, as decisões de alocação de capital da Marfrig, como o valor de R$ 1,5 bilhão para aumentar sua participação na BRF, não se alinham ao cenário adverso dos negócios da América do Norte que demandariam maior cautela e preservação da liquidez.
  • Diante disso, o BB-BI atualizou o preço-alvo para MRFG3 em R$ 12,00/ação (antes R$ 10,90). A cotação da Marfrig é de R$ 9,51.

Carrefour (CRFB3) aprova oferta bilionária de debêntures

  • O conselho de administração do Carrefour Brasil (CRFB3) aprovou a realização da 7ª emissão de debêntures, no valor inicial de R$ 1 bilhão.
  • As debêntures do Carrefour são simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, e a emissão será realizada em até 5 séries.
  • O montante representa a emissão inicial de 1 milhão de debêntures do Carrefour Brasil, com valor de R$ 1.000,00 cada.
  • A quantidade inicialmente ofertada ainda poderá ser aumentada em até 25%, o que representa até 250 mil debêntures adicionais, desde que haja exercício da opção de lote adicional no âmbito da emissão dos CRA.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/11/1420x240-Banner-Home-2-1.png

Cosan (CSAN3): Cade aprova criação de joint venture com Nuveen

  • A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a criação de uma joint venture entre as companhias Cosan (CSAN3) e Nuveen.
  • A aprovação do Cade para a criação da joint venture da Cosan está na edição desta segunda-feira (8) do Diário Oficial da União (DOU).
  • Segundo parecer do Cade, a joint venture Radar Gestora será criada para gestão conjunta de terras agrícolas e ativos florestais localizados na América Latina.
  • “A Radar Gestora, atualmente uma empresa não-operacional detida de forma integral pela Cosan, será formada a partir da contribuição de determinados ativos das Requerentes”, diz o parecer.
  • Ainda de acordo com informações do Cade, a Nuveen é atualmente a gestora de propriedades rurais detidas pela Cosan, pela TIAA (Grupo Teachers Insurance and Annuity Association of America) e demais investidores.
  • “Após a operação, a gestão de ativos de propriedades rurais localizadas na América Latina será aportada para a Radar Gestora, que passará a ser controlada conjuntamente pela Cosan e pela Nuveen”, diz o documento.

Itaúsa (ITSA4) passará a integrar mais índices da bolsa de valores, além do Ibovespa

  • As ações da Itaúsa (ITSA4), holding financeira que detém o Itaú (ITUB4) e outras companhias, passarão a integrar diversos índices da bolsa de valores.
  • Conforme comunicado pela companhia nesta segunda (8), as ações da Itaúsa foram “selecionadas para compor as carteiras dos seguintes índices da B3 para o ano de 2024: Carbono Eficiente (“ICO2”) pelo 15º ano, Sustentabilidade Empresarial (“ISE”) pelo 17º ano, Great Place to Work (“IGPTW”) e Diversidade (“IDIVERSA”) pelo 2º ano, e Governança Corporativa (“IGC”) pelo 23º ano”.
  • Segundo documento arquivado pela Itaúsa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a participação da Itaúsa nestes índices “reflete o seu compromisso com a conduta ética nos negócios, a transparência, a conformidade, a responsabilidade social, cultural e ambiental”.
  • “A companhia seguirá comprometida com o aprimoramento constante de sua jornada ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês), cujo propósito é atuar como agente de mudança para a construção de negócios que criem valor e tenham impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, diz a holding financeira.
  • Veja como funcionam os índices que a ITSA4 passará a integrar:
  1. ICO2 reúne empresas comprometidas com a transparência de suas emissões de gases de efeito estufa e que se preparam para uma economia de baixo carbono
  2. ISE: reúne empresas com os melhores desempenhos em dimensões que avaliam a sustentabilidade empresarial
  3. IGPTW: reúne empresas que foram certificadas pela Great Place to Work como os melhores ambientes para trabalhar
  4. IDIVERSA: reúne empresas com as melhores práticas de diversidade e inclusão, de acordo com metodologia desenvolvida pela B3
  5. IGC reúne empresas com as melhores práticas de governança corporativa, de acordo com metodologia desenvolvida pela B3

De Casas Bahia à Itaúsa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias, clique aqui.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/11/1420x240-Banner-Home-4.png

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno