O Carrefour (CRFB3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 29 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado é 95% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.
Sem o ajuste, que descontou principalmente gastos com imposto de renda ligados à venda de imóveis (operação de sale and leaseback) e reestruturação de pessoal em razão da integração com o grupo Big, o Carrefour teria prejuízo de R$ 249 milhões.
O CFO da companhia, Eric Alencar, explica que, como esses itens são ajustados com frequência, é possível que as casas de análise considerem os números ligeiramente acima de suas projeções, que indicavam prejuízo para o grupo no terceiro trimestre.
O Ebitda ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, com queda de 21,7% em relação ao apresentado um ano antes. Alencar diz que o número foi impactado pelos gastos de integração do Big, mas também pelas vendas mais fracas em razão da queda da inflação. Com os preços em queda, a bandeira de atacarejo do Grupo, o Atacadão, tende a vender menos para os clientes que compram no atacado.
A perspectiva de que os produtos tendem a ficar mais baratos desestimula esse segmento a fazer grandes estoques. Porém, os gastos das lojas, mesmo com vendas menores, continuam os mesmos, afetando a margem do negócio.
De todo modo, o que mais pesou nas margens ainda foi a integração do Grupo Big, já que a companhia terminou, no segundo trimestre, a conversão de lojas para os formatos das marcas do Carrefour e do Atacadão. A margem Ebitda ajustada consolidada caiu 2 pontos porcentuais (p.p.), mas, se retirados os efeitos do grupo Big, a queda teria sido de 0,3 p.p.
Para endereçar essa questão incômoda aos investidores, o grupo abriu dados de maturação das lojas convertidas. Na projeção apresentada, depois de um ano, esses pontos passam de uma margem Ebitda negativa para patamar positivo de 2%, podendo chegar a até 9% depois de 36 meses de operação.
Além de Carrefour, confira outros destaques desta terça-feira:
Telefônica (VIVT3) anuncia lucro bilionário no 2T23 e resultado supera expectativas; Veja o valor
- A Telefônica (VIVT3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A empresa proprietária da Vivo teve um lucro líquido de R$ 1,121 bilhão nesse período, conforme comunicado ao mercado hoje (25).
- O lucro da Telefônica no 2T23 foi 50,3% maior que o divulgado no mesmo período do ano passado. Esse número também superou em 22,5% a estimativa do mercado financeiro do consenso Refinitiv, que era de R$ 915 milhões.
- A empresa atribui esse lucro ao forte avanço do Ebit da empresa no segundo trimestre deste ano, que foi 26,8% superior ao registrado no 2T22. Além disso, também impactou positivamente o resultado da Telefônica a redução das despesas financeiras.
- Já o Ebtida da empresa, que representa o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 5,085 bilhões no segundo trimestre de 2023, com alta de 11,1% em relação ao período análogo em 2022. Nesse ponto, a projeção do Refinitiv era de R$ 4,97 bilhões.
- A margem Ebitda da Telefônica alcançou a marca de 39,9%, o que corresponde a um crescimento anual de 1,2 ponto percentual. Enquanto isso, foram R$ 12,733 bilhões em receitas líquidas somadas no 2T23, com avanço de 7,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
- A receita de serviço móvel cresceu 10,4%, principalmente em razão da receita de pós-pago, com o crescimento da quantidade de clientes, nível de cancelamento na mínima histórica e pelos reajustes de valor realizados anualmente.
- A receita oriunda de pré-pago teve uma baixa de 1,6% no 2T23, quando comparada ao segundo trimestre de 2022.
Rede D’Or (RDOR3) confirma venda de corretora e mira R$ 1 bilhão
- Após informações divulgadas na imprensa, a Rede D’Or (RDOR3) divulgou um fato relevante comunicando que avalia a venda de sua corretora de planos de saúde, dental, seguros de vida e previdência, a D’Or Consultoria.
- Segundo informações do jornal Valor Econômico, a venda da corretora da Rede D’Or estaria avaliada em R$ 1 bilhão. As partes interessadas na compra, por sua vez, incluem os concorrentes MDS, Mercer Marsh e It’sSeg.
- A companhia destacou que ainda “não há qualquer compromisso ou documento vinculante, ou, ainda, decisão final acerca de qualquer transação neste sentido”, mas confirmou que analisa o desinvestimento na subsidiária em questão.
- Atualmente a D’Or Consultoria tem uma carteira com 2,5 milhões de beneficiários, principalmente de convênio médico. No total, esse volume de milhões de usuários está espalhado por 3,4 mil empresas que estão em todas as regiões do país.
- A carteira movimenta uma cifra de mais de R$ 4 bilhões em prêmios.
Neoenergia (NEOE3): lucro tem queda de 32% no 2T23, para R$ 728 milhões
- O lucro líquido da Neoenergia (NEOE3) recuou 32% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 728 milhões. De janeiro a junho, o lucro da companhia totalizou R$ 1,943 bilhão, montante 15% menor do que o reportado no primeiro semestre de 2022.
- O resultado da Neoenergia foi influenciado pelo crescimento orgânico das distribuidoras do grupo, com expansão das redes e avanço também em projetos de transmissão. A companhia também destacou que o período foi marcado pela disciplina financeira e pela conclusão das obras do complexo eólico Neoenergia Oitis.
- Entre abril a junho, a receita líquida da Neoenergia foi de R$ 10,534 bilhões, elevação de 9%. Já no semestre a receita alcançou R$ 21,641 bilhões, montante 11% maior do que o reportado um ano antes.
- O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado (caixa) ficou em R$ 2,366 bilhões, alta de 5% em relação ao segundo trimestre de 2022. Já no acumulado dos primeiros seis meses do ano, a variação positiva foi de R$ 4,975 bilhões, elevação de 6%.
- De acordo com a empresa, os investimentos da Neoenergia alcançaram R$ 2,2 bilhões no trimestre e R$ 4,3 bilhões no acumulado do ano. A maior parte dos aportes foi para o segmento de distribuição para expansão de redes nas cinco concessionárias geridas pela Neoenergia.
Alphabet, dona do Google (GOGL34), surpreende com alta de 14,75% no lucro do 2T23, para US$ 18,37 bi; ação dispara após o pregão em NY
- A Alphabet, dona do Google (GOGL34), informou hoje que registrou lucro líquido de US$ 18,37 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 14,75% ante o resultado de US$ 16,002 bilhões de igual período do ano passado.
- O lucro por ação ajustado da dona do Google ficou em US$ 1,44, de US$ 1,21 anteriormente, acima da previsão de US$ 1,34 dos analistas ouvidos pela FactSet. Após o balanço, a ação avançava 5,90% no after hours em Nova York, às 17h12 (de Brasília).
- A companhia controladora do Google registrou receita de US$ 74,6 bilhões no segundo trimestre, de US$ 69,685 bilhões em igual período de 2022. Neste caso, a previsão dos analistas era de US$ 72,854 bilhões.
- Em comunicado, a Alphabet destaca sua “liderança continuada em inteligência artificial”, mas diz que os resultados foram fortes em geral. A receita operacional com os serviços do Google ficou em US$ 23,454 bilhões, de US$ 21,621 bilhões anteriormente, a o Google Cloud reverteu prejuízo de US$ 590 milhões do segundo trimestre do ano passado para gerar lucro de US$ 395 milhões.
Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e mais varejistas sobem no Ibovespa nesta terça. Quais os motivos?
- As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) figuraram no campo positivo do Ibovespa desta terça-feira (25), impulsionadas pela divulgação do IPCA-15, que representa a prévia da inflação oficial do Brasil.
- No fechamento os papéis da Via avançaram 1,95%, cotados a R$ 2,09, enquanto os ativos do Magazine Luiza também subiam 1,99%, a R$ 3,07. Já as ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) tiveram perdas de 1,17%, a R$ 18,64. As da Petz (PETZ3) ficaram no positivo: 0,64%, cotadas a R$ 6,29.
- Em resumo, o IPCA-15 variou -0,07% no mês de julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25).
- O indicador teve sua primeira deflação desde setembro do ano passado, quando o índice recuou 0,37%. O consenso Refinitiv projetava uma baixa de 0,01% do índice no mês, portanto, o resultado veio melhor que o esperado pelos analistas.
- No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 variou +3,19%, enquanto a prévia da inflação acumulava +3,40% no intervalo de 1 ano até junho. A expectativa do mercado financeiro era de 3,26% para esse período.
- O resultado também influencia nas ações de empresas de outros setores, como de construção, por exemplo. Por volta do mesmo horário, os papéis de Eztec (EZTC3) subiam 5,66%, cotados a R$ 21,27, os de MRV (MRVE3) subiam 1,57%, a R$ 14,20, enquanto os de Cyrela (CYRE3) avançavam 4,95%, a R$ 23,77.
- “Todas as ações que são sensíveis a juros, principalmente em relação a consumo doméstico, estão refletindo esse IPCA-15 de hoje, pois as apostas por um corte maior na Selic (de -0,25% pra -0,50%) aumentaram e isso impacta diretamente as ações de consumo doméstico, como empresas de educação, varejistas e construtoras”, pontuou Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital.
Taesa (TAEE11) amarga queda e fica entre maiores baixas do Ibovespa; veja por quê
- As ações da Taesa (TAEE11) ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira (25), apresentando uma retração de 1,39%, cotada a R$ 36,24.
- Assim, as ações da Taesa rumam na direção contrária do Ibovespa, que fechou em alta de 0,55%, aos 122.460 pontos.
- A companhia tem apresentado quedas sucessivas nos últimos pregões e soma 4,3% de queda no acumulado dos últimos 30 dias, a uma cotação atual de R$ 36,17.
- No acumulado de 12 meses, os papéis TAEE11 caem 10,9%.
- Segundo dados da bolsa de valores, a B3 (B3SA30 o volume de Opções de Venda de ações da empresa com vencimento em agosto é de 1.398.100, considerando os dados de fechamento da véspera – incluindo contratos cobertos e vendas a descoberto.
- Além disso, são 198.600 contratos de opções de venda em aberto com vencimento para setembro.
Segundo dia seguido de alta: Vale (VALE3) e mineradoras disparam no Ibovespa. O que aconteceu?
- As ações da Vale (VALE3) terminaram o pregão do Ibovespa nesta terça-feira (25) em alta, assim como as demais mineradoras e siderúrgicas, com a promessa da China de providenciar mais suporte para sua economia, o que acabou melhorando o sentimento do mercado.
- No fechamento, as ações da Vale subiram 3,09%, ao preço de R$ 72,01, em linha com as ações de mineradoras e siderúrgicas. Confira:
- Usiminas (USIM5): alta de 2,18%, aos R$ 7,51;
- Gerdau (GGBR4): alta de 3,50%, aos R$ 29;
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): alta de 2,66%, aos R$ 13,53;
- CSN (CSNA3): alta de 5,90%, aos R$ 13,82;
- CSN Mineração (CMIN3): alta de 2,31%, aos R$ 4,42.
Ambev (ABEV3): de olho em “ventos favoráveis”, analistas recomendam ações; veja os motivos
- A Ambev (ABEV3) deve reportar resultados medianos, com margens relativamente fracas, no segundo trimestre de 2023 (2T23), avaliam os analistas da Genial Investimentos. No entanto, de olha em uma melhora sequencial da companhia no restante do ano, a Genial recomenda manter as ações.
- “Esperamos um resultado mediano da Ambev, com pequeno crescimento de top-line impulsionado pela melhora na receita líquida por hectolitro (ROL/hl) e margens relativamente fracas. Destaques positivos devem vir do Brasil, em especial da operação Cerveja Brasil, e os negativos da Argentina, pertencente ao segmento LAS, e do Canadá”, diz a Genial em relatório.
- Segundo a equipe da Genial, a Ambev deve atingir uma receita total de R$ 19,3 bilhões no 2T23, um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Diante desse cenário, é projetado um Ebitda de R$ 5 bilhões, recuo de 9,0% na base anual.
- Quanto ao lucro líquido da Ambev, a estimativa é de R$ 2,3 bilhões, o que representa uma queda significativa de 38,3% frente ao trimestre anterior.
- “Nossas estimativas encontram-se um pouco abaixo do consenso em termos de receita e de margem. Dessa forma, nossa receita projetada está 1,8% abaixo do consenso, e nossa margem Ebitda menor em 0,9 p.p”, alertam os analistas.
- Com isso, a recomendação da Genial Investimentos é manter as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 15,00. A Casa enxerga pouco upside em relação ao preço atual.
- No fechamento, os papéis da Ambev caíram 0,60%, cotadas a R$ 15,03.
Sabesp (SBSP3) pega novo empréstimo de R$ 470 milhões com BID para despoluir Tietê
- A Sabesp (SBSP3) contratou uma segunda parcela de empréstimo junto ao BID Invest, que por sua vez é vinculado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
- O empréstimo contratado pela Sabesp é de R$ 470 milhões, e foi autorizado pelo Conselho de Administração da empresa ainda em meados de março.
- A primeira parcela do empréstimo com o BID Invest fora assinada em meados de junho de 2022 e tem o mesmo valor – ou seja, o financiamento total junto ao banco já soma R$ 940 milhões.
- Desta vez, a Proparco, subsidiária da Agência Francesa de Desenvolvimento, será a garantidora do empréstimo.
- Segundo a companhia, a cifra tomada como empréstimo será utilizada na quarta etapa do projeto de despoluição do Rio Tietê, somando-se a outros financiamentos já existentes como o mesmo intuito.
- “O projeto traz impactos positivos múltiplos, entre eles: redução de doenças de veiculação hídrica, benefícios ambientais e contribuição para reduzir emissões de gases de efeito estufa”, diz a companhia.
- A iniciativa foi lançada em março e visa recuperar o Rio Tietê, o principal do Estado de São Paulo. A ideia é investir R$ 5,6 bilhões até 2026. Desse total, R$ 3,9 bilhões serão destinados pela Sabesp ao saneamento.
- Além disso, parte do dinheiro que foi captado com o BID Invest deve ser utilizado também para expandir a capacidade de três estações de tratamento de esgoto e na construção de uma nova estação.
Do Carrefour à Sabesp, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.