Radar: Carrefour Brasil (CRFB3) anuncia JCP milionário, analistas pedem cautela com a Braskem (BRKM5) e Santander (SANB11) lidera quedas entre os bancos

Carrefour Brasil (CRFB3)  vai pagar R$ 179 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado hoje (12).

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valor dos proventos por ação do Carrefour será de R$ 0,0849 por ação, que serão pagos em 31 de dezembro de 2023 pela companhia.

Apenas os investidores com papéis do Carrefour no dia 15 de junho terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 16 de junho, as ações serão negociadas sem direito aos JCP.

Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos do Carrefour fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.

valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,072 por ação.

JCP do Carrefour

  • Valor total: R$ 179.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,084924093
  • Data de corte: 15 de junho de 2023
  • Data do pagamento: 31 de dezembro de 2023
  • Rendimento (dividend yield): 0%

Além de Carrefour, confira outros destaques desta segunda-feira:

Braskem (BRKM5) salta 6% no Ibovespa hoje, mas propostas de venda exigem cautela com as ações, diz BTG Pactual

  • Em relatório divulgado nesta segunda-feira (12), analistas do BTG Pactual (BPAC11) avaliaram a proposta feita pela Unipar (UNIP6) para compra do controle da Braskem (BRKM5), aconselhando cautela para quem deseja capturar vantagens da venda da petroquímica. Apesar disso, os papéis da petroquímica valorizaram 6%, cotados a R$ 27,15 – chegando a disparar mais de 13% nas primeiras horas do pregão de hoje no Ibovespa.
  • Braskem (BRKM5) comunicou que recebeu formalmente a proposta da Unipar (UNIP6) de compra do controle e uma fatia de 34,3% por um preço de R$ 36,50 por ação. Com a concretização, a Novonor, controladora da Braskem e ex-Odebrecht, permaneceria com uma participação minoritária, com cerca de 4% de ações da petroquímica.
  • No relatório, os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte destacaram que apesar da proposta feita pela Unipar parecer menor do que a da Apollo e Adnoc – feita há pouco mais de um mês, de R$ 47 por ação –, a operação envolverá dinheiro, com valor presente líquido abaixo dos R$ 30 por ação. A proposta anterior seria feita via troca de ações.
  • oferta da Unipar seria, portanto, 22% superior à da Apollo e Adnoc e oferece 43% de valorização em relação ao preço de fechamento da Braskem na última sexta-feira (9).
  • Soares e Duarte também aconselharam cautela por algum tempo para quem deseja capturar vantagens da venda da Braskem, “pois as propostas anteriores falharam em alinhar os interesses de todas as partes, mas principalmente daquelas dos credores da Novonor, que ainda precisam receber R$ 14-15 bilhões”, disseram.
  • Embora a suposta oferta de R$ 10 bilhões da Unipar pareça mais favorável aos credores, ela ainda implica um grande corte de dívida, disseram os analistas. Segundo o texto, a companhia também relatou que sua oferta depende de uma liquidação total de um passivo geológico em Alagoas.
  • Eles ponderaram, ainda, que a aquisição da Braskem é uma boa estratégia para a Petrobras (PETR4), que sinalizou recentemente sua intenção de realizar mais investimentos no setor petroquímico.
  • “Se a Petrobras decidir comprar a participação da Novonor, acreditamos que os acionistas minoritários não obterão vantagens dos direitos de ‘tag along’, uma vez que não envolve uma mudança de controle da Braskem”.
  • O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Braskem, com preço-alvo em R$ 36.

Banco do Brasil (BBAS3) sobe na expectativa de julgamento no STF; Santander (SANB11) tem maior queda entre os bancões. Entenda

  • As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em alta nesta segunda-feira (12), na expectativa do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a incidência de PIS e Cofins sobre receitas financeiras. Em direção oposta, os papéis de bancões como Santander (SANB11), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuaram.
  • O Santander registrou a maior baixa: 3,24%. Analistas explicam o motivo: “Hoje temos Banco do Brasil subindo bem, com investidores monitorando o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à incidência de PIS/COFINS sobre receitas. Por outro lado, a Febraban indicou que o Santander pode ser o banco mais impactado e por isso a ação da instituição caiu com força no Ibovespa hoje”, disse Leandro Petrokas, mestre em Finanças, diretor de Research e sócio da Quantzed.

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Cielo (CIEL3): banco recomenda compra de ações e vê valorização de 63%; veja o motivo

  • A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria dos votos, de que as empresas devem pagar o Imposto Sobre Serviços (ISS) nas cidades onde estão localizadas proporcionará à Cielo (CIEL3) uma reversão de R$ 405 milhões provisionados em seu balanço, de acordo com BTG Pactual, que recomenda a compra das ações.
  • “É uma boa notícia [decisão sobre o ISS] e pode ajudar a ação a se recuperar um pouco após uma recente liquidação provocada por preocupações com o fraco TPV [volume de pagamentos processados] e uma potencial piora do cenário competitivo”, afirmam os analistas do banco sobre os papéis da Cielo.
  • Em relatório divulgado na última sexta-feira (9), o BTG avalia que a decisão do Supremo deve melhorar o potencial dos papéis. “Com reversão de provisão acima de R$ 400 milhões, a Cielo registrará ganho equivalente a 3% do valor de mercado e 2% do patrimônio líquido, e não precisará mais provisionar com ISS mais alto nos próximos trimestres. Seu patrimônio também aumentará, aumentando também o potencial de pagamentos de dividendos no futuro, o que pode ser um importante gatilho para as ações da Cielo.”

Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) caem no Ibovespa hoje; veja por quê

  • As ações da Vale (VALE3) fecharam em queda na tarde desta segunda-feira (12), assim como as demais mineradoras e siderúrgicas, antes de uma série de divulgações de dados de maio na China, incluindo a taxa de juros. A semana também conta com as decisões de política monetária do Federal Reserve (EUA) na quarta-feira e também do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. O cenário piorou com a baixa do minério nesta segunda.
  • Os contratos futuros do minério de ferro caíram em meio à realização de lucros, com o índice de referência de Cingapura recuando após oito sessões consecutivas de ganhos, e os preços em Dalian cedendo a uma máxima de 10 semanas, impactando também as ações da Vale e das mineradoras.

Lemann, Telles e Sicupira aceitam ficar 3 anos sem vender ações da Americanas (AMER3)

  • O ‘trio’ de bilionários da 3G Capital – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles – aceitou ficar um período de cerca de três anos com restrição na venda de ações da Americanas (AMER3). As informações são da Bloomberg.
  • O acordo que envolve Lemann e os demais acionistas da Americanas faz parte de um plano de reestruturação da varejista.
  • Bancos e credores ainda não firmaram o período de lock-up, mas a exigência é de que ele seja de ao menos até 2027, segundo fontes a par do assunto.
  • O plano de reestruturação integra a estratégia de reerguer a Americanas após a companhia revelar um rombo contábil bilionário no início do ano, entrar em recuperação judicial e travar uma briga acirrada com bancos credores na Justiça.
  • O plano deve conter uma injeção de R$ 10 bilhões de imediato por parte do trio da 3G Capital, com mais R$ 4 bilhões adicionais divididos em duas parcelas, em 2026 e 2027, que ficaram condicionados aos patamares de alavancagem e liquidez da empresa.
  • Atualmente o trio soma uma participação societária de cerca de 30% no capital social da Americanas. Com a injeção de capital via oferta de ações, os empresários teriam uma fatia ainda maior da varejista, a depender da demanda pelos papéis.
  • Os bancos credores devem entrar na jogada, com a conversão de dívida em ações, aderindo ao pacote de R$ 10 bilhões, segundo as informações da Bloomberg.

UBS (UBSG34) conclui compra do antigo rival Credit Suisse

  • A negociação, feita de forma emergencial após o banco afirmar que enfrentava uma forte crise financeira, foi fechada após o UBS finalizar as negociações com o governo suíço sobre uma garantia de 9 bilhões de francos suíços – cerca de US$ 10 bilhões – contra possíveis perdas com ativos do Credit Suisse.
  • Com a conclusão da aquisição, os dois bancos criam um gigante global, com um balanço patrimonial estimado em US$ 1,6 trilhão, informou a Reuters. Ainda de acordo com a agência de notícias, ao todo, o UBS administrará US$ 5 trilhões em ativos, dando à instituição uma posição de liderança em mercados-chave.
  • A fusão também encerra a história de 167 anos do Credit Suisse, marcada por escândalos e prejuízos.
  • Em comunicado à imprensa, Colm Kelleher, presidente do UBS Group AG, falou sobre o impacto de reunir, pela primeira vez, dois bancos globais sistematicamente importantes. “À medida em que começamos a operar o grupo bancário consolidado, continuaremos a ser guiados pelos melhores interesses de todas as partes interessadas, incluindo investidores”.
  • Na nota, o UBS afirmou esperar que seu índice CET1, uma medida importante da força do capital, fique em torno de 14% no segundo trimestre de 2023 e permaneça nesse nível ao longo do ano. “As perdas operacionais do Credit Suisse e os encargos de reestruturação serão compensados por reduções nos ativos ponderados pelo risco”, acrescentou.

Do Carrefour à UBS, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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