As ações da BRF (BRFS3) e da Marfrig (MRFG3) fecharam em queda no Ibovespa hoje desta terça (23). O movimento ocorre após o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmar a declaração do estado de emergência zoossanitária em todo o País por 180 dias devido à confirmação de casos de gripe aviária em aves silvestres.
No fechamento do Ibovespa hoje, as ações da BRF caíram 4,91%, ao preço de R$ 7,75. Os papéis da Marfrig também foram à lona, com queda de 5,18%, a R$ 6,59. A Minerva (BEEF3) também cedeu: 1,26%, a R$ 10,16.
Acompanhando esse movimento negativo, as ações da JBS (JBSS3) recuaram 0,93% (R$ 16,98).
Além de BRF e Marfrig, confira outros destaques desta terça-feira:
Apple (AAPL34) fecha acordo multibilionário com Broadcom para produzir chips nos EUA
- A Apple (AAPL34) anunciou nesta terça-feira (23), um novo acordo multibilionário com a Broadcom para fabricar componentes de radiofrequência 5G e chips sem fio.
- Conforme divulgado pela Apple, o acordo prevê que alguns dos componentes 5G serão feitos em várias localidades dos Estados Unidos – incluindo Fort Collins, Colorado.
- “Estamos entusiasmados em assumir compromissos que aproveitam a engenhosidade, a criatividade e o espírito inovador da manufatura americana”, disse o CEO da gigante de tecnologia, Tim Cook.
- No início da tarde desta terça (23), as ações da companhia caíram 0,66%, enquanto as ações da Broadcom subiram 2,08%.
- No início deste ano, alguns analistas do setor estavam preocupados com a possibilidade de a Broadcom perder parte do negócio de chips da Apple.
Shutterstock compra rede social Giphy, da Meta (M1TA34), por US$ 53 mi
- A Shutterstock concordou em comprar a rede social Giphy, que pertence ao conglomerado da Meta (M1TA34), controladora do Facebook. Segundo informações divulgadas nesta terça (23), a operação será fechada em US$ 53 milhões em caixa líquido, cerca de R$ 263 milhões na cotação atual.
- Fornecedora de conteúdo licenciado de Nova York, a Shutterstock disse que o acordo adiciona uma plataforma de conteúdo móvel com 1,7 bilhão de usuários diários e parceiros globais que incluem Instagram, Facebook, WhatsApp, Microsoft, TikTok, Samsung, Twitter, Slack e Discord.
- A Shutterstock disse que planeja financiar o acordo, previsto para fechar em junho, com dinheiro em mãos e sua linha de crédito rotativo, acrescentando que a Meta está entrando em um contrato de API para garantir o acesso contínuo ao conteúdo do Giphy em sua plataforma.
Petrobras (PETR4): ministra diz que decisão contra licença para perfuração na bacia da Foz do Rio Amazonas será respeitada
- A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (23) que o governo federal vai respeitar a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de indeferir o pedido da Petrobras (PETR4) para realizar atividade de perfuração marítima na bacia da Foz do Rio Amazonas, entre o Pará e o Amapá. A licença foi oficialmente negada na semana passada, e o caso gerou grande repercussão política, com críticas de aliados do governo, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Senado.
- O objetivo da Petrobras era avaliar a existência de jazidas de petróleo na costa do Amapá, próximo à foz do Rio Amazonas, o que poderia gerar investimentos e pagamento de royalties ao estado no futuro.
- “O parecer do Ibama, considerando a posição unânime de dez técnicos que analisaram o pedido de licença para fazer a perfuração de um poço exploratório foi contrário. A partir de agora, o que está estabelecido é o cumprimento da lei”, disse a ministra, após se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto. Ela estava acompanhada do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
- Segundo Marina Silva, a equipe técnica que elaborou o parecer entendeu que a Petrobras não apresentou uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS). Essa avaliação, prevista em portaria que vigora desde 2012, permite identificar áreas em que não seria possível realizar atividades de extração e produção de petróleo e gás em razão dos graves riscos e impactos ambientais associados.
- “É uma decisão técnica, e a decisão técnica em um governo republicano e democrático é cumprida e respeitada, com base em evidências. Foi uma reunião exatamente para trazer as evidências. O procedimento que está estabelecido para o conjunto das ações dos investimentos que serão feitos, envolvendo processos de licenciamento, terão que cumprir esse requisito, que foi estabelecido pelo próprio governo em 2012”.
Marisa (AMAR3) deve R$ 13,8 mi para PMEs e negocia acordos com fornecedores, diz jornal
- Enquanto protagoniza uma crise financeira, a Marisa (AMAR3) deve R$ 13,8 milhões para pequenas e médias empresas (PMEs). Segundo informações divulgadas nesta terça (23) pelo jornal O Estado de São Paulo, a maior parte destes débitos são com fornecedores de artigos de moda e acessórios. A varejista afirma que já conseguiu renegociar seus débitos com 90% dos credores.
- Segundo o Estadão, apenas neste ano, 511 protestos por inadimplência contra a Marisa foram protocolados — número 14 vezes maior do que o registrado nos últimos cinco anos.
- O advogado Renato Leopoldo e Silva, do escritório DSA Advogados, explicou que quando a dívida líquida supera 40 salários mínimos, este credor pode pedir a falência da empresa na Justiça. Quando o débito é menor, a alternativa é realizar um protesto.
- Neste mês, alguns credores pediram à Justiça a falência da Marisa. Na apresentação dos números do primeiro trimestre de 2023, o atual CEO da varejista de moda, João Pinheiro Nogueira Batista, ressaltou o alto nível de renegociação: “Não negamos nossas dívidas, reconhecemos”.
- Ao Estadão, a empresa disse que negociou acordos com 300 fornecedores estratégicos e 1 mil fornecedores indiretos desde o início do ano. A taxa de 90% citada anteriormente está associada a esses números. “Com os acordos formalizados, a companhia entrará com pedido de baixa de protestos em cada um dos cartórios acionados – trabalho intenso, já em curso pela área financeira”, reitera.
Luiza Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3), desabafa: “Está bem difícil. Espero um sinal do BC para o corte de juros”
- Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Trajano disse que está “lutando” para que que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) comece a cortar a Selic, a taxa de juros no Brasil. De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico nesta terça (23), a empresária disse que “espera pelo menos um sinal” desse corte na próxima reunião do Copom, marcada para 20 e 21 de junho.
- “Eu estou lutando para abaixar os juros. Espero [que venha na próxima reunião] pelo menos um sinal. Se não vier, vai ser muito triste. O pequeno e o médio estão sofrendo muito”, comentou Luiza Trajano ao conversar com jornalistas após participar de um seminário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
- “Minha expectativa atualmente é de que [o BC] abaixe os juros porque senão nada [muda] a curto prazo. Se não fizer o curto prazo, o longo prazo não vai existir”.
- No bate-papo com os jornalistas, a empresária ressaltou que a alta dos juros reflete na operação do Magazine Luiza, tendo em vista que o poder de compra dos consumidores é retraído.
- “Está bem difícil para o consumidor. Quando não há compra, não há fabricação, não há desenvolvimento”, complementou a empresária.
Suzano (SUZB3) fecha em alta no Ibovespa hoje; empresa aumenta preço da celulose para Ásia
- As ações da Suzano (SUZB3) fecharam em alta no Ibovespa hoje desta terça (23). O movimento ocorre após a empresa informar a seus clientes na Ásia que reajustará o preço da celulose fibra curta nos pedidos a partir de junho. Com essa mudança, o preço será de US$ 30/tonelada.
- No fechamento do Ibovespa hoje, os papéis da Suzano acabaram no positivo, depois de liderar altas no intradia: 1,5%, ao preço de R$ 45,86.
- De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Suzano apresentaram uma desvalorização de 7,30%. Neste mês, os papéis já subiram 14,82%.
- De acordo com os analistas da Genial Investimentos, esse movimento ocorre enquanto os tradicionais clientes chineses da empresa realizam um forte movimento de recomposição de estoques. Além disso, os produtores locais diminuíram a produção própria e passaram a buscar mais insumos no mercado.
- “Após uma correção acentuada durante o ano, o pequeno reajuste de aproximadamente +5% deve causar uma recuperação de preço de curto prazo, fugindo parcialmente do movimento pessimista da curva de celulose no mercado”, analisam os especialistas da Genial Investimentos.
É hora de desistir da Oi (OIBR3)? Analistas respondem e sugerem estratégia com ações
- Em meio à segunda recuperação judicial da Oi (OIBR3) e um prejuízo quase cinco vezes maior no quarto trimestre de 2022 (4T22) ante o terceiro trimestre de 2022 (3T22), os analistas da Genial Investimentos mudaram de ideia e acreditam que chegou a hora de vender esses papéis. Nesta terça (23), os analistas Antonio Cozman, Felipe Mattar e Iago Souza disseram que os números da empresa foram novamente decepcionantes e, por isso, chegou a hora de desistir do investimento.
- “A empresa apresentou mais um resultado decepcionante, abaixo das nossas expectativas. Porém, é positivo o fato de a recuperação judicial ter sido aprovada pelo conselho. No entanto, devido à atual situação da empresa, com baixa geração de caixa e perspectivas incertas para o futuro, além de uma relação dívida líquida/Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 48,2x, estamos alterando nossa recomendação de ‘manter’ para ‘venda’ e reduzindo o preço-alvo de R$ 2,30 para R$ 1,40″, ressaltaram os especialistas em relatório.
- O trio destacou que as despesas financeiras da empresa de telecomunicações foram beneficiadas pelo impacto positivo do câmbio.
- “Resultado poderia ser melhor. A Oi apresentou um prejuízo de R$ 17,7 bilhões, porém a maior parte desse prejuízo é devido aos itens não recorrentes. Se excluirmos o impacto dos itens não recorrentes, a empresa apresentaria um prejuízo de R$ 3,4 bilhões”, detalharam eles.
- Nos últimos seis meses os papéis da companhia desvalorizaram mais de 50%. As ações da companhia estão cotadas no intradia desta terça a R$ 2,46, com queda de 1,60%.
Do BRF à Meta, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.