Em relatório sobre o Bradesco (BBDC4), especialistas do Santander projetaram um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões para o banco no primeiro trimestre de 2024.
Com isso, o lucro do Bradesco apresentaria uma retração de 10% na base anual, apesar de uma melhora ante o trimestre anterior.
A recomendação do Santander é neutra para as ações do Bradesco, com preço-alvo de R$ 16. Atualmente os papéis negociam a pouco abaixo de R$ 14.
“Acreditamos que as principais notícias positivas deverão advir da melhoria NPLs, embora acreditemos que não veremos o crescimento dos empréstimos acelerar ainda no 1T24. Além disso, nós esperamos outro trimestre de leve crescimento nas receitas de taxas, parcialmente compensado pelo melhor desempenho do segmento de seguros e despesas sob controle”, diz a casa.
“Ao todo, projetamos ROAE em 9,5%. A nossa visão de que embora víssemos uma potencial melhoria na proporção de NPL, bem como no esforços para acelerar o crescimento dos empréstimos e reduzir o número de funcionários, ainda assim recomendamos cautela para investidores em relação ao Bradesco, pois acreditamos que o banco poderá continuar a lutar com ROE abaixo custo de capital durante a maior parte dos próximos dois anos”, completa.
Sobre os empréstimos, os analistas esperam que a carteira de crédito do Bradesco permaneça praticamente estável em termos anuais, caindo cerca de 1%.
Sobre a qualidade dos ativos, a projeção é de que a inadimplência de 90 dias do Bradesco melhore 20 bps no trimestre, para 5%, apoiado por políticas de crédito mais conservadoras adotadas durante 2023, que provavelmente resultarão em melhores ativos qualidade.
Além de Bradesco, confira outros destaques desta quinta-feira:
Vale (VALE3): após relatório de produção e vendas, BB-BI reduz preço-alvo para as ações
- Em relatório sobre a Vale (VALE3) após a divulgação dos números de produção e vendas do 1T24, o BB Investimentos reduziu o preço-alvo para as ações ordinárias e ADRs da mineradora, mas manteve a recomendação de ‘compra’.
- Após a revisão de seu modelo financeiro, incorporando os dados do relatório de produção e vendas do 1T24 da Vale, bem como premissas atualizadas de preço de minério de ferro, metais, fretes e câmbio, o BB-BI reduziu o preço-alvo para R$ 80,00 (antes R$ 89,00) para VALE3 e as ADRs da Vale para US$ 16,00 (antes US$ 18,00).
- O relatório de produção e vendas da Vale do 1T24 trouxe volumes em geral crescentes na comparação anual, mas abaixo das estimativas do BB-BI, com exceção apenas do volume de produção de minério de ferro, de 70,8 milhões de toneladas métricas (Mt), que foi 2,7% superior à projeção do banco e representa um crescimento anual de 6,1% – puxado pelo melhor desempenho na operação de S11D mesmo durante o período de chuvas e por maiores compras de terceiros.
- A Vale também atualizou os preços de minério de ferro de US$ 115 por tonelada para US$ 103 por tonelada em 2024; US$ 103 por tonelada para US$ 92 por tonelada em 2025 e US$ 90 por tonelada para US$ 86 por tonelada em 2026.
- O BB-BI listou alguns fatores de risco para a Vale:
- atividade industrial global em ritmo mais lento que o esperado e expectativa de retomada na China não se concretizando, afetando a demanda de minério de ferro;
- aumento na oferta de minério de ferro pelos principais produtores mundiais, desequilibrando a relação oferta e demanda;
- novos eventos de rompimentos de barragem, passivos relacionados a Brumadinho ou Samarco e/ou perda de licenças que impactem as operações.
Vibra Energia (VBBR3) anuncia pagamento R$ 1,6 bi em dividendos e JCP; veja o valor por ação
- A Vibra Energia (VBBR3) comunicou nesta quinta-feira (18) que vai pagar dividendos complementares aos seus acionistas no valor total de R$ 1.604.581.530,06, equivalentes a R$ 1,438911205 por ação e 35,7% do lucro líquido ajustado até 2023.
- A decisão, diz a companhia, foi tomada após reunião do conselho de administração.
- Conforme condições estabelecidas, os dividendos complementares da Vibra serão imputados aos dividendos obrigatórios a serem declarados com base no balanço levantado até 31 de dezembro do ano passado. A empresa não divulgou quantos acionistas devem ser contemplados pelas ações ordinárias.
- Do montante, foi informada a distribuição a título de juros sobre capital próprio (JCP) declarados no valor de R$ 928.421.090,24, que devem ser pagos até o dia 31 de agosto de 2024.
- O restante representa a distribuição de dividendos no valor de R$ 676.160.439,82, equivalente a R$ 0,60634801971 por ação. A Vibra diz que esse valor será pago até o dia 30 de novembro deste ano.
- Terão direitos de receber os dividendos da Vibra os acionistas com posição na empresa até esta quinta-feira (18). A partir desta sexta-feira (19), os papéis serão consideradas “ex-direitos”, segundo comunicado.
CCR (CCRO3) vai pagar R$ 536,2 milhões em dividendos; veja valor por ação
- A CCR (CCRO3) aprovou um novo pagamento de dividendos, no valor total de R$ 536,2 milhões. A aprovação foi realizada em nova Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da empresa, que aconteceu hoje (18).
- Os dividendos da CCR vão ser pagos no dia 30 de abril de 2023 e são relativos ao exercício social terminado em 31 de dezembro do ano passado. Os proventos equivalem a R$ 0,26586176875 por ação ordinária.
- Desse total, quase R$ 404,9 milhões serão distribuídos a título de dividendo mínimo obrigatório. O valor remanescente, de R$ 131,32 milhões, vai ser pago a título de dividendos adicionais.
- Os proventos da CCR serão pagos aos investidores que encerraram o pregão de hoje (18) na Bolsa de Valores com ações da companhia em suas carteiras. Dessa forma, as ações compradas amanhã (19) não serão contabilizadas no pagamento de rendimentos.
Sabesp (SBSP3): analistas veem chance maior de privatização atrair investidor estratégico; ações sobem
- A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na quarta-feira (17), em primeiro turno, o projeto que abre caminho para a privatização da Sabesp (SBSP3). Para o Itaú BBA, o modelo da oferta da Sabesp aumenta a chance de atrair um investidor estratégico, o que é visto como crucial para aumentar a eficiência da empresa e alcançar a universalização dos serviços até 2029.
- Os termos são muito positivos, oferecendo uma solução inteligente para a maior questão levantada pelos investidores nos últimos meses: como o governo atrairá um investidor estratégico se o preço das ações da Sabesp aumentar significativamente?”, afirma o BBA, que recomenda a compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 120.
- De acordo com a research, existem alguns potenciais investidores estratégicos, incluindo Aegea, Equatorial (EQTL3), Cosan (CSAN3), Votorantim e IG4. A Sabesp estipula o prazo para a precificação da oferta para agosto, tendo como referência o resultado do primeiro trimestre de 2024.
- Na mesma linha, o Safra vê o modelo de oferta como um desenvolvimento positivo e importante para o processo de privatização da Sabesp: “O modelo proposto para selecionar investidores em dois blocos pode abordar um dos principais desafios desta oferta, que é garantir a participação e seleção de um investidor estratégico.”
- Além disso, o banco também considera como positivas as regras de governança, pois incluem limites de votação de 30%, estabelecendo um limite para o poder do Estado, e cláusulas de bloqueio adicionadas para os investidores estratégicos que permanecerão em vigor até que a meta de universalização seja alcançada (2029), garantindo assim compromisso com a qualidade das operações.
- “Também vemos a aprovação do projeto de lei proposto pelo município de São Paulo (para permitir a privatização da Sabesp) na primeira (de duas) rodadas de votação como um marco positivo para o processo”, cita o Safra.
Hypera (HYPE3) aprova R$ 61 milhões em dividendos; veja o valor por ação
- O grupo farmacêutico Hypera (HYPE3) disse em comunicado desta quinta-feira (18) que vai pagar os dividendos complementares aos seus acionistas no valor total de R$ 61.5.835,08, equivalentes a R$ 0,09724 por ação.
- Segundo a empresa, a decisão foi tomada após reunião do conselho de administração.
- Conforme condições estabelecidas, os dividendos complementares da Hypera serão imputados aos dividendos obrigatórios a serem declarados com base no exercício deste ano. A empresa não divulgou quantos acionistas devem ser contemplados pelas ações ordinárias.
- Terão direito de receber os dividendos da Hypera os acionistas com posição na empresa até 23 de abril deste ano. No dia 24 deste mês, os papéis serão consideradas “ex-direitos”, segundo comunicado.
- Sem data fixa, a Hypera diz que o pagamento “será realizado até o final do exercício social de 2025, em data a ser oportunamente definida pela companhia.
TIM (TIMS3) antecipa dividendos e anuncia nova data de pagamento; veja quando
- A TIM (TIMS3) informou que vai antecipar o pagamento da primeira parcela de seus dividendos complementares para o dia 22 de abril de 2024, no valor de R$ 437 milhões.
- Antes da mudança, os dividendos da TIM seriam pagos inicialmente no dia 23 de abril de 2024. Apesar da alteração da data de pagamento, as outras condições informadas originalmente foram mantidas.
- Os dividendos serão distribuídos somente aos investidores com posição comprada nas ações da empresa até a data de corte, que foi em 9 de abril de 2024.
- Em outras palavras, as ações da TIM que foram compradas depois desta data de corte serão consideradas como “ex-direitos”, ou seja, sem direito a distribuição desses proventos.
- Os proventos da TIM terão o valor de R$ 0,180559931 por ação, o que representa apenas a primeira parcela a ser distribuída.
- Até 23 de julho de 2024, outro montante de R$ 437 milhões também será distribuído, equivalente aos mesmos R$ 0,180559931 por ação. Por fim, até 22 de outubro deste ano, vai ser pago um outro montante de R$ 436 milhões, correspondente a R$ 0,180146751 por ação.
Oi (OIBR3): Plano de recuperação judicial é atualizado e ações sobem mais de 4% com assembleia suspensa
- A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, apresentou nesta quinta-feira (18) à Assembleia Geral de Credores, a versão atualizada do Plano de Recuperação Judicial das Recuperandas.
- Em comunicado ao mercado e aos acionistas de OIBR3, a empresa de telecomunicação entregou o documento em conjunto com as suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance e Oi Brasil Holdings Coöperatief, parte do Grupo Oi e todas em RJ.
- O documento do plano de recuperação judicial da Oi está disponível para consulta dos acionistas e credores, com respectivos anexos, nos websites da Companhia (em www.oi.com.br/ri ou https://recjud.com.br).
- “O plano atualizado apresentado é resultado da continuidade das extensas negociações mantidas entre a Companhia e um grupo relevante de credores financeiros internacionais titulares de notas emitidas pelo Grupo no exterior (Noteholders) e agências de fomento internacionais (Export Credit Agencies – ECAs, em conjunto com os Noteholders, ‘o Ad Hoc Group’), torreiras, credor fornecedor de capacidade satelital e da V.tal – Rede Neutra de Telecomunicações S.A., além de melhorias e contribuições de credores em relação à versão anteriormente apresentada”, detalhou a companhia no comunicado ao mercado.
- De acordo com a tele, o plano de recuperação judicial da Oi atualizado estará sujeito à apreciação dos credores ou representantes presentes na Assembleia Geral de Credores (AGC) que aconteceu nesta quinta-feira (18 de abril), às 14 horas, na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
- A companhia se compromete a manter seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Fato Relevante.
Do Bradesco à Vibra Energia, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.