O Bradesco teve um lucro líquido recorrente de R$ 5,223 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), caindo 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o 2T22, a queda foi de 25,8%.
O resultado do Bradesco no formato contábil foi positivo em R$ 5,211 bilhões no 3T22, com baixa de 21,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2021.
A forte baixa nos resultados do segundo maior banco privado do País se deveu ao aumento da inadimplência, que subiu de 2,6% em setembro do ano passado para 3,9% no mesmo mês deste ano, diante da piora nos segmentos de pessoas físicas e de pequenas e médias empresas. Como resultado, o Bradesco teve de expandir em 116,4% as despesas com provisões contra a inadimplência, que chegaram a R$ 7,267 bilhões.
O presidente do banco, Octavio de Lazari Junior, disse em nota que o resultado está associado ao momento do ciclo de crédito. Segundo ele, o banco se mantém ao lado dos clientes, o que se reflete nos números.
“Entramos agora em um momento de aumento de provisões, tendência que deve se manter até parte de 2023. A inadimplência cresceu no segmento massificado, para pessoas físicas e micro e pequenas empresas”, disse.
O executivo afirma que há sinais de melhora na inadimplência, e que o banco projeta, diante dos ajustes que fez neste ano, que os atrasos vão se estabilizar e depois, melhorar no decorrer de 2023.
“Temos convicção na nossa capacidade operacional de entregar um melhor nível de retorno. Vamos perseguir essa meta e continuar os ajustes necessários para retomar a trajetória de rentabilidade”, afirmou ele, que disse ainda que no trimestre, o Bradesco seguiu focado em sua transformação digital, e que tem um posicionamento único, com operação bancária e a maior seguradora do País.
O balanço trimestral do Bradesco também mostrou um crescimento anual de 13,6% na carteira de crédito, alcançando os R$ 878,571 bilhões até o final do mês de setembro.
O total de despesas com provisões para devedores duvidosos foi de R$ 7,267 bilhões, aumentando 13,6% frente ao mesmo trimestre de 2021. O índice de inadimplência terminou o período em 3,9%. Ao final do 3T21, esse número estava em 2,6%.
O Bradesco diz que ao longo do 3T22 enfrentou “desafios com desempenho resiliente nas receitas”.
Complementou dizendo que “as principais razões para esse resultado foram o desempenho da margem financeira com mercado, negativamente afetada pelo nível atual da Selic, o aumento da PDD Expandida causado pelo cenário de inadimplência, o reforço da PDD complementar e o impacto da deflação do IPCA no resultado financeiro de seguros”.
A receita do Bradesco na área de serviços foi de R$ 8,856 bilhões no terceiro trimestre de 2022, representando uma alta anual de 1,1%. Já as despesas operacionais chegaram a R$ 12,4 bilhões, com avanço de 4,5% em relação ao 3T21.
O Retorno sobre patrimônio (ROE) registrado pelo Bradesco foi de 13% no último trimestre, apresentando alta de 18,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2021.
Mudanças nas projeções do Bradesco
Quanto à projeção de seus gastos com provisões para devedores duvidosos (PDD), o Bradesco revisou o valor para entre R$ 25,5 bilhões e R$ 27,5 bilhões, — antes estava na faixa de R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões.
Enquanto isso, houve a manutenção na projeção de crescimento da carteira ampliada de crédito na casa dos 10% a 14%, ficando em 13,6% nos três primeiros trimestres deste ano.
Quanto à estimativa de aumento da margem com clientes do Bradesco, ela ficou entre 18% a 22%, enquanto o percentual já realizado no ano é de 23,4%, considerando os nove primeiros meses de 2022.
A projeção da expansão da receita de serviços permaneceu em 4% a 8%, com 4,8% já realizado neste ano. Nas despesas operacionais, já foi realizado 4,6%, fazendo com que a estimativa continuasse em 1% a 5%.
“Seguimos avançando no cumprimento de nossa meta de Negócios Sustentáveis. R$ 157,6 bilhões já foram realizados, sendo destaque nesse trimestre estruturações de operações de empréstimos para empresas que empregam ações sustentáveis, totalizando R$ 773 milhões”, conforme destaca o relatório de resultado do Bradesco no 3T22.
Bradesco: margens
A margem financeira do Bradesco subiu 3,7% no período de um ano, para R$ 16,283 bilhões. A margem com clientes, que embute ganhos com crédito, por exemplo, subiu 24,7%, para R$ 17,527 bilhões, diante do maior volume de operações, de um mix de crédito mais rentável e da melhora na margem de passivos com banco.
Este desempenho foi compensado parcialmente pela margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria. Nesta área, o Bradesco teve perda de R$ 1,243 bilhão.
Sob impacto do aumento da taxa Selic, a tesouraria do banco tem tido resultados negativos desde o segundo trimestre deste ano. Este efeito se manteve, embora o banco o tenha compensado em parte pelo resultado maior do capital de giro próprio, e por maiores ganhos em operações como as de arbitragem.
O spread foi de 10,1%, alta de 1,1 ponto porcentual em um ano, e de 0,1 p.p. em um trimestre.
Ativos e rentabilidade
No final do primeiro trimestre deste ano, os ativos do conglomerado somavam R$ 1,891 trilhão, um aumento de 10,2% em base anual, e alta de 7,6% em termos trimestrais.
O patrimônio líquido do Bradesco era de R$ 156,884 bilhões em março, variação positiva de 6,3% em 12 meses, e de 2,7% em três. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco fechou trimestre em 13%, baixa de 5,6 pontos porcentuais em um ano.
É o menor retorno desde o segundo trimestre de 2020, quando, sob o peso das provisões extras que fez diante da pandemia da covid-19, o Bradesco teve retorno de 11,9%.
Bradesco: Índice de Basileia é de 15,8% no 3º trimestre, alta de 0,6 p.p.
O Bradesco fechou o terceiro trimestre deste ano com índice de Basileia de 15,8%, um aumento de 0,6 ponto porcentual em relação ao mesmo intervalo de 2021. Ante o trimestre imediatamente anterior, a alta foi de 0,2 p.p.
De acordo com o banco, a capacidade de geração de lucro líquido absorveu, no trimestre, o pagamento de juros sobre o capital próprio. Também foi suficiente para compensar o aumento do risco do banco, medido pelo crescimento da carteira de crédito.
O capital de nível 1, de maior qualidade, foi de 13,6%, variação negativa de 0,1 ponto em 12 meses, mas positiva em 0,3 ponto em três. O capital principal ficou em 12,1%, queda de 0,6 p.p. no comparativo anual.
Cotação do Bradesco nesta terça (8)
As ações do Bradesco, negociadas com o ticker BBDC4, encerraram a sessão de hoje (8) em queda de 0,96%, a R$ 18,58.
Com informações do Estadão Conteúdo
Além do Bradesco, confira outros destaques desta terça-feira:
CVC (CVCB3) reduz prejuízo no 3T22 em 10,5%, para R$ 75 milhões
- A CVC (CVCB3) divulgou os resultados do 3T22 nesta terça-feira (8). A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 75 milhões, melhora de 10,5% ante o mesmo período de 2021 em que obteve prejuízo de R$ 83,8 milhões.
- O Ebitda da CVC (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 50,9 milhões no 3T22, revertendo o Ebitda negativo de R$ 19,5 milhões em igual período de 2021.
- Enquanto isso, a receita líquida da CVC totalizou R$ 337,6 milhões, ganho de 25,2% ante o 2T22 e 46,6% contra o 3T21. A CVC justificou o aumento pelo crescimento de 18,8% frente ao 2T22 das Reservas Consumidas.
- As ações da CVC fecharam esta terça em queda de 0,75%, cotadas a R$ 6,65.
- As reservas confirmadas da CVC apresentaram no 3T22 aumento de 34,7% em comparação ao 3T21 e 4,8% frente ao 2T22.
- A empresa explica que o aumento entre os trimestres é dado pela retomada por viagens, principalmente para destinos internacionais, com o aumento gradual da malha aérea, bem como de eventos e viagens corporativas.
- Além disso, o ticket médio da CVC atingiu o valor de R$ 1,701 no trimestre, alta de 8,9% frente ao mesmo período de 2021.
- O take rate alcançou 8,0% no 3T22, 0,4 ponto percentual superior ao reportado no 2T22, por “maior representatividade do B2C com uma maior representatividade do produto marítimo, que possui menor take rate nominal, porém não requer uso de capital de giro da CVC no parcelamento”, disse a companhia.
- Entretanto, o take rate é 0,9 ponto percentual inferior ao reportado no 3T21.
- As despesas gerais e administrativas da CVC aumentaram 19,5% quando comparadas ao 3T21, para R$ 223,4 milhões, pelo:
- fortalecimento, no transcurso do último ano, principalmente das áreas de Operações (atendimento a clientes) e Tecnologia da Informação;
- efeitos de acordos sindicais (reajuste de 10% a partir de novembro de 2021 no Brasil e de cerca de 65% na Argentina nos últimos 12 meses); e
- normalização da jornada de trabalho, a qual havia sido reduzida no 3T21.
- Por fim, o resultado financeiro líquido da CVC ficou negativo em R$ 69,2 milhões durante o 3T22, crescendo contra os R$ 13,9 milhões em igual período de 2021.
XP (XPBR31): lucro no 3T22 vem acima do consenso e chega R$ 1,15 bi, alta de 11%
- A XP (XPBR31) encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 1,15 bilhão, um aumento de 11% em relação ao mesmo intervalo do ano passado e 10% acima do segundo trimestre. O retorno sobre o patrimônio (ROAE) caiu para 24,4% no terceiro trimestre, de 28,8% no mesmo trimestre de 2021.
- O resultado da XP veio acima do consenso do mercado, de acordo com a Refinitiv — a média era de R$ 904 milhões). O balanço trimestral reflete um crescimento de 14% em doze meses nas receitas líquidas da companhia, para R$ 3,6 bilhões. As receitas brutas somaram R$ 3,8 bilhões no período 13% acima do mesmo trimestre de 2021.
- Segundo o release de resultados, as receitas brutas da XP foram puxadas pela diversificação do portfólio de negócios da XP, liderando pelas operações para investidores institucionais e empréstimos para empresas e seguros (Corporate & Issuer Services).
- As receitas com Corporate & Issuer Services totalizaram R$ 436 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 34% e de 30% no comparativo trimestral. As receitas com empréstimos para empresas somaram R$ 207 milhões no período, crescendo cinco vezes em base anual e 66% no trimestre. As receitas institucionais subiram 105% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 577 milhões.
- As receitas do varejo da XP ficaram em R$ 2,6 bilhões, alta de 2% em relação ao terceiro trimestre de 2021. O crescimento foi puxado por renda fixa, float e cartão de crédito. No terceiro trimestre, as receitas do varejo responderam por 66% do lucro líquido a partir de instrumentos financeiros.
- As receitas com ações caíram 22% no terceiro trimestre para R$ 1,120 bilhão, como reflexo do cenário macroeconômico, que tem feito os investidores diminuírem presença em ativos de risco. Frente ao segundo trimestre, houve alta de 5%.
- XP: aumento do programa de recompra de ações
- O total de Ativos de Clientes da XP (Client Assets em inglês) atingiu R$ 925 bilhões ao fim do 3º trimestre, uma alta de 17% em relação ao mesmo período em 2021. O terceiro trimestre também foi marcado por avanços nos números de clientes, que somaram 3,8 milhões, alta de 15% frente ao ano anterior, e de assessores autônomos conectados à rede, que totalizaram 11,6 mil profissionais, crescimento de 21%.
- O CEO Thiago Maffra comenta no relatório do 3T22: “Vemos espaço para retornar capital aos nossos investidores de forma gradual, em forma de dividendos ou recompra de ações, convergindo nosso ROE contábil para o nosso ROE marginal, que é acima da média do setor financeiro tradicional, ao longo do tempo.”
- O retorno sobre patrimônio líquido médio (na sigla em inglês, ROAE) chegou a24,4% no terceiro trimestre, ante 28,8% no mesmo intervalo do ano passado e comparado aos 22,8% no 2T22.
- Ele acrescenta: “Por avaliar recompra de ações como a forma mais adequada de retorno atualmente, anunciamos hoje um aumento no programa existente de recompra no valor de mais R$ 1 bilhão, em adição ao programa anunciado em maio. Como sócios concentrados da XP Inc. e convictos no seu sucesso, estamos 100% alinhados com todos nossos acionistas e ansiamos por dividendos, novas recompras de ações e maiores retornos para o nosso negócio, desde que preservados nossos princípios de gestão e risco, fundamentais à frente da nossa companhia.”
- A margem bruta foi de 72,2%, 0,4 p.p. acima em relação ao mesmo trimestre de 2021. A receita com cartões de crédito e débito foi um dos principais componentes para o aumento na frente de Varejo, chegando a R$ 146 milhões, alta de 171% ano contra ano. Já a frente de previdência privada da XP registrou faturamento de R$ 85 milhões, crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita de Seguros teve um aumento de 45% ano contra ano, chegando a R$ 21 milhões.
- Com informações do Estadão Conteúdo
Grupo Soma (SOMA3) tem receita forte no 3T22 e uma surpresa na lucratividade, dizem analistas
- No terceiro trimestre, o Grupo Soma (SOMA3) apresentou uma receita bruta recorde de R$ 904 milhões. Isso representa um crescimento de 35,5% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. O valor ficou 4% acima do previsto pelos analistas do BTG Pactual.
- Na interpretação do banco, o Grupo Soma registrou outro conjunto de resultados trimestrais sólidos no 3T22. Os analistas destacam que o desempenho foi impulsionado por “um número maior de vendas a preço integral e das iniciativas de turnaround da Hering”.
- O Ebitda ajustado do Grupo Soma (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) chegou a R$ 214,2 milhões. O valor equivale a uma alta de 120,6% na base anual.
- A margem Ebitda ajustada ficou em 16,6%, o que representa uma alta de 6,4 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2021. O percentual veio em linha com a estimativa do BTG.
- O Grupo Soma alega que a expansão da margem Ebitda ajustada foi decorrente de uma performance bem combinada de marcas, que continuam em forte expansão, com elevação do giro a preço cheio das coleções e melhorias dos níveis de eficiência, que resultou em forte alavancagem operacional.
- O Grupo Soma reportou lucro líquido ajustado de R$ 103 milhões, equivalente a um aumento de 59,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste caso, a expectativa do banco era de R$ 106 milhões.
- O Grupo Soma cita que o aumento do lucro líquido ocorreu apesar do “cenário diferente de estrutura de capital, após a aquisição da Hering e significativo aumento da taxa de juros, o que impactou as despesas financeiras”.
- Os analistas do BTG lembram que os resultados obtidos entre julho e setembro “reforçam o bom momento do Grupo Soma”.
- Segundo o banco, no ponto de vista top-down, mesmo com um panorama macro difícil para o nicho da Hering, a companhia “reconhecidamente registrou números sólidos no trimestre, mostrando sinais encorajadores sobre a recuperação da marca”.
- Ao mesmo passo, os analistas comentam que “a proposta de valor do Grupo Soma de gerenciar com eficiência várias marcas e sua exposição a consumidores de renda mais alta oferece maior poder de precificação e mais proteção contra a inflação do que a maioria dos pares”.
- A BTG possui recomendação de compra para as ações do Soma, com preço-alvo de R$ 19,00.
- “Negociando a 20x P/L 2023 e com um CAGR de LPA de 2022-25 consolidado de 31%, o valuation ainda oferece potencial de valorização”, comentam os analistas.
- Nesta terça-feira (8), dia posterior à divulgação do balanço do terceiro trimestre, os ativos do Grupo Soma fecharam com leve queda de 0,07%, a R$ 14,12.
- No acumulado deste ano, as ações do Grupo Soma ainda operam em alta, próxima a 10%.
C&A (CEAB3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 61,4 milhões no 3T22
- A C&A (CEAB3) reportou nesta terça-feira (8) os resultados do terceiro trimestre de 2022. O prejuízo líquido foi de R$ 61,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 243,9 milhões apurado no terceiro trimestre de 2021.
- A companhia lembra, porém, que um ano atrás houve o reconhecimento de um crédito fiscal relevante (no valor de R$ 298 milhões) que resultou no lucro reportado. Se fosse excluído o efeito não recorrente, o resultado do terceiro trimestre da C&A do ano passado teria sido um prejuízo de R$ 54,2 milhões.
- O Ebitda Ajustado foi de R$ 139 milhões, 61% maior do que um ano atrás. Enquanto a receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, com alta de 5,1%.
- A margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada foi de 9,9% entre julho e setembro, representando alta de 3,4 p.p. em comparação com o mesmo período de 2021. O EBITDA ajustado (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) reportado foi R$ 139,7 milhões no neste trimestre, alta de 60,9% em relação ao 3T21. A alavancagem financeira ficou em 3,2 vezes em setembro/22.
- O lucro bruto da C&A foi 15,8% maior na comparação entre trimestres, somando R$ 693,8 milhões. A margem bruta foi de 49,3% no 3T22 registrando alta de 4,6 p.p. frente a margem do mesmo período de 2021.
- “Os resultados da C&A no terceiro trimestre continuam a mostrar o progresso da companhia em suas operações e sua competitividade em um ambiente macroeconômico incerto, com inflação pressionando despesas e poder de compra do consumidor”, avalia a gestão da companhia.
- A receita líquida da C&A neste trimestre avançou 5,1%, somando R$ 1,407 bilhão. Já o resultado financeiro foi negativo, com perda de 142,8% maior do que o terceiro trimestre do ano passado, registrando R$ 101,5 milhões, principalmente em função do aumento da despesa financeira com juros sobre empréstimos – consequência do aumento da dívida e do aumento da taxa CDI.
- A receita líquida de serviços financeiros foi de R$ 73,4 milhões, aumento de 48% em relação mesmo período do ano passado.
- “Além dos juros com empréstimos, houve aumento em outras despesas financeiras refletindo o ajuste a valor presente das compras de fornecedores dado aumento na taxa Selic e a contabilização da correção monetária do valor devido ao Bradesco pela recompra do direito de ofertar crédito, que não existia no terceiro trimestre de 2021 e representou R$ 16,3 milhões”, afirma a companhia.
- As despesas operacionais recuaram 0,5% em relação mesmo período do ano anterior, somando R$ 498,8 milhões no 3T22. Na questão de investimentos, a C&A investiu R$ 93,4 milhões no trimestre, 23,9% a menos do que o investido no 3T21.
- A dívida líquida da C&A finalizou o terceiro trimestre em R$ 1,146 bilhão, 184,1% maior do que o reportado no 3T21.
- Neste trimestre a C&A somou cerca de 2 milhões cartões de crédito, que representam cerca de 14% das vendas da companhia. No quesito expansão, a companhia têxtil abriu quatro nova unidades, sendo 16 novas unidades no acumulado do ano.
- “Os resultados da C&A no 3T22 continuam a mostrar o processo da companhia em suas operações e sua competitividade em um ambiente macroeconômico incerto, com inflação pressionando despesas e poder de compra do consumidor”, justificou a companhia no report.
- A C&A encerrou esta terça-feira (8) em queda de 1,74%, sendo negociada por R$ 2,83/por ação.
SNAG11 pagará R$ 1,20 por cota em dividendos em novembro
- O SNAG11, Fiagro da Suno Asset em parceria com a Boa Safra (SOJA3), pagará R$ 1,20 por cota em dividendos no mês de novembro, referente ao exercício de outubro.
- O pagamento dos dividendos do SNAG11 será em 25 de novembro. A distribuição de proventos é isenta de Imposto de Renda, como prevê a legislação dos Fiagros.
- É o terceiro anúncio de dividendos do fundo. A remuneração foi de R$ 1,20 e R$ 0,60 em outubro e setembro, respectivamente.
- Ou seja, o pagamento atual mantém o mesmo patamar de proventos do Fiagro visto no mês anterior.
- A Data Com para o pagamento dos dividendos em novembro será o dia 14. Quem adquirir as cotas do SNAG11 do pregão do dia 15 de novembro em diante não terá direito aos proventos.
- O dividend yield (DY) desta distribuição é de cerca de 1,8%.
Santos Brasil (STBP3) pagará R$ 195,7 milhões em dividendos e JCP; confira o valor por ação
- A Santos Brasil (STBP3) vai pagar R$ 65,1 milhões em dividendos aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado hoje (8). A empresa vai remunerar ainda R$ 130,6 milhões em Juros sobre capital próprio (JCP).
- O valor dos dividendos da Santos Brasil por ação será de R$ 0,075487759, que serão pagos em 23 de novembro. O valor dos JCP por ação será de R$ 0,151296593, que serão pagos em 30 de novembro .
- Apenas os investidores com ações da Santos Brasil até o final do pregão em 10 de novembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 11 de novembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
Méliuz (CASH3): prejuízo aumenta no 3T22 e atinge R$ 18 milhões
- A Méliuz (CASH3) divulgou os resultados do 3T22 nesta terça-feira (8). A companhia de cashback registrou prejuízo líquido de R$ 18 milhões. Foi um aumento de 510% (seis vezes mais) em relação às perdas de igual período de 2021, quando a empresa anotou prejuízo de R$ 2,95 milhões.
- O Ebitda do Méliuz (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 40,3 milhões negativos no 3T22, uma melhora de 23% em relação ao 2T22, quando chegou aos R$ 52 milhões negativos. Entretanto, contra o 3T21 de R$ 9,3 milhões, o Ebitda triplicou.
- A receita líquida do Méliuz totalizou R$ 97,8 milhões no 3T22, um aumento de 67% em relação aos R$ 58,7 milhões reportados no 3T21 .
- “O 3T22 foi o primeiro trimestre com 100% dos números do Bankly consolidados nos resultados do Méliuz, já que obtivemos o controle das operações no final do 2T22. Desta forma, quando analisamos o resultado do 2T22, é importante destacar que ele contempla apenas o resultado do Bankly do mês de junho de 2022”, ressaltou o Méliuz.
- As ações do Méliuz fecharam esta terça em queda de 3,91%, cotadas a R$ 1,23.
- Do total da receita líquida, R$ 60 milhões foram referentes ao segmento Shopping Brasil, R$ 5,9 milhões do Shopping Internacional, R$ 4,7 milhões em serviços financeiros, R$ 20,8 milhões do Bankly e R$ 6,4 milhões em outros.
- No 3T22, as despesas operacionais do Méliuz totalizaram R$ 142,8 milhões, mais que o dobro dos R$ 69,5 milhões reportados em igual período do ano anterior.
- “Continuamos com nossas despesas sob controle, mantendo a Companhia financeiramente saudável enquanto aumentamos nossas receitas e investimos em produtos e features que irão gerar valor no longo prazo. Crescimento e eficiência trabalhando juntos”, disse o Méliuz.
- O GMV (volume bruto de mercadorias) do Méliuz alcançou R$ 1,191 bilhão, um crescimento de 7% em relação ao 3T21, quando atingiu R$ 1,108 bilhão.
- O Méliuz encerrou o 3T22 com um total de 26,2 milhões de contas totais, alta de 26% em relação ao 3T21.
- “Na divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano, informamos nossa ambição de melhorar a eficiência nos próximos trimestres, desta forma, nossa estratégia no Shopping Brasil e em todas as linhas de negócios visa otimizar as margens durante os próximos trimestres”, salientou o Méliuz.
Do Bradesco à Méliuz, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.