Radar: Bradesco (BBDC4) diz que tem interesse na recuperação da Americanas (AMER3), JCP da Multiplan (MULT3) e banco recomenda Cosan (CSAN3)
O Bradesco (BBDC4) informou nesta quarta-feira, 13, que tem total interesse no sucesso da recuperação judicial da Americanas (AMER3), e que não se manifestou contra a aprovação de qualquer plano.
O Bradesco divulgou nota após a publicação de notícias que davam conta de uma suposta exclusão da instituição de um plano, algo que estaria sendo cogitado pela rede de varejo, segundo as informações.
“Tendo em vista as notícias publicadas nos últimos dias em vários veículos de imprensa, o Bradesco esclarece que tem total interesse no sucesso da recuperação judicial da Americanas, e que jamais se manifestou contra a aprovação de qualquer Plano de Recuperação Judicial da Americanas”, diz o banco.
Segundo fontes, há um dissenso entre os bancos sobre a forma como as fianças bancárias deveriam ser tratadas no processo.
O Bradesco é um dos bancos que defendem que este crédito é extraconcursal, ou seja, que não deve ser tratado no âmbito da recuperação judicial.
Na nota, o Bradesco afirma que, oficialmente, a Americanas não submeteu nenhum plano de recuperação para apreciação em assembleia de credores, “uma vez que as contas da referida companhia ainda não foram devidamente auditadas, aprovadas e apresentadas”.
Além de Bradesco, confira outros destaques desta quarta-feira:
Multiplan (MULT3) pagará R$ 100 milhões em JCP na próxima semana
- A Multiplan (MULT3) pagará R$ 100 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo comunicado nesta quarta-feira (13).
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,1, que serão pagos na próxima quarta, dia 20 de setembro.
- Apenas os investidores com ações da Multiplan no dia 27 de setembro de 2022 terão direito aos JCP.
- Ou seja, as ações são negociadas sem direitos aos rendimentos desde o pregão do dia 28 de setembro.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,145 por ação.
Cosan (CSAN3): banco vê valorização das ações e chama atenção para um indicador operacional
- O BTG Pactual manteve recomendação de compra para as ações da Cosan (CSNA3), após o Investor Day realizado nesta terça-feira (12). Para os analistas do BTG, a Cosan continua sendo uma gestora ágil de ativos, buscando investir e desinvestir em setores com vantagens competitivas. O banco ainda cita que grupo deve passar por uma desalavancagem mais intensa.
- “A nossa sensação é de que a maioria das grandes jogadas estratégicas já foi feita, e a empresa parece estar pronta para colher os benefícios do ciclo de crescimento mais recente”, diz o BTG.
- Segundo o banco, isso é verificado pelo nível de alavancagem da Cosan e a restrição para captar capital adicional para crescimento. No entanto, após o evento, o BTG avalia que a partir do crescimento garantido pela maioria das subsidiárias da Cosan, a companhia deve passar por um processo mais intenso de desalavancagem.
- Além disso, analistas avaliam que o grupo está exposto a algumas das tendências de longo prazo e tem uma sensibilidade às taxas de juros, o que significa que o ambiente atual de taxas decrescentes deve permitir que a ação comece a reduzir o desconto de avaliação embutido nos preços das ações.
- Diante deste cenário, o BTG recomenda compra para ações da Cosan, com preço-alvo de R$ 30 – ante os quase R$ 18 da cotação atual.
Oi (OIBR3), Claro e Telefônica (VIVT3), dona da Vivo: Cade reduz multa aplicada às teles por infração em licitação dos Correios
- O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reduziu nesta quarta-feira, 13, o valor de multas impostas às teles Claro, Oi (OIBR3) e Telefônica Brasil (VIVIY3), dona da Vivo, por infração à ordem econômica, de um total de R$ 782 milhões para R$ 112,8 milhões.
- No ano passado, as teles foram condenadas após os conselheiros entenderem que elas teriam feito um conluio ao formar um consórcio para participar de uma licitação promovida pelos Correios em 2015 para contratação de serviços de telefonia.
- À época, o Cade condenou a Claro a pagar R$ 395 milhões. A Oi foi condenada a desembolsar R$ 266 milhões e a Vivo, R$ 121 milhões. As empresas, contudo, entraram com embargos de declaração no órgão, que foram parcialmente acolhidos pelo conselho nesta quarta.
- Relator do caso, o conselheiro Sérgio Ravagnani acatou parte da argumentação e atualizou as multas para os seguintes valores: R$ 98,8 milhões para a Claro, R$ 66,5 milhões para a Oi, e R$ 30,4 milhões para a Vivo. Mas o voto vencedor foi o do presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, que já havia defendido em maio do ano passado multas menores, de R$ 30,9 milhões para a Claro, R$ 53,6 milhões para Oi e R$ 28,3 milhões para a Telefônica.
- O processo teve início em 2015 depois de denúncia da BT Brasil Serviços de Telecomunicações de que as três operadoras agiram de forma associada para reduzir a competição e impedir a atuação de outros concorrentes em licitações públicas, especificamente uma concorrência dos Correios.
Via (VIIA3): ações lideram perdas após entrar em leilão no Ibovespa. Magazine Luiza (MGLU3) fecha no positivo
- As ações do Grupo Casas Bahia – nova denominação da Via (VIIA3) que valerá a partir de 20 de setembro – tiveram um dia de forte oscilação. Abriram em queda nesta quarta-feira (13) no Ibovespa, com o mercado repercutindo as últimas decisões da companhia, com destaque para a aprovação em assembleia do aumento de capital para até 3 bilhões de ações ordinárias. Chegaram a virar para alta e, no meio da tarde, voltaram para o negativo. Os papéis entraram em leilão por volta das 15h45. Fecharam em baixa, liderando as quedas do Ibovespa.
- No fechamento, as ações ordinárias da Via recuaram 5,9%, cotadas a R$ 1,10. Os papéis ordinários da Magazine Luiza (MGLU3), uma de suas principais concorrentes, fecharam em alta de 0,38%, a R$ 2,63.
- Em assembleia nesta terça-feira (12), a Via discutiu e aprovou por maioria de votos na assembleia de acionistas a alteração de seu capital autorizado, assim como a mudança no caput do artigo 6º do estatuto social. Com isso, o capital social da Via pode ser aumentado para até 3 bilhões de ações ordinárias, sem valor nominal.
- “É um aumento de capital com uma diluição muito grande. A empresa já está com um valor de mercado baixo e, mesmo com essa diluição, o valor em si do follow-on da Via não é algo que resolve muito o problema da empresa. É uma solução temporária. O problema está no próprio operacional da companhia, que não consegue gerar resultado para pagar todo o custo dessa dúvida”, disse Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed.
Do Bradesco à Cosan, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.