O conselho de administração da Boa Safra (SOJA3) anunciou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor de R$ 15,5 milhões, conforme comunicado nesta quarta-feira (25).
Os JCP da Boa Safra equivalem a R$ 0,1323199322 por ação ordinária. A distribuição vai ser realizada em 10 de novembro de 2023.
Os proventos serão pagos aos investidores que compraram ações da companhia até o final da sessão de 30 de outubro de 2023. As ações compradas na seguinte sessão (31) não terão direito aos proventos.
Os juros sobre capital próprio da Boa Safra terão um valor líquido de R$ 13,175 milhões. O valor líquido por ação é de R$ 0,1124719424.
O valor líquido considera a incidência de 15% de imposto de renda na fonte. A exceção para essa tributação só acontece para os investidores que comprovarem ser isentos ou imunes.
Os JCP serão imputados ao montante mínimo obrigatório do exercício social que vai se encerrar em 31 de dezembro de 2023.
JCP da Boa Safra
- Valor: R$ 15.500.000,00
- Valor líquido: R$ 13.175.000,00
- Valor por ação: R$ 0,1323199322
- Valor líquido por ação: R$ 0,1124719424
- Data de corte: 30 de outubro de 2023
- Data de pagamento: 10 de novembro de 2023
Sobre o valor dos proventos da Boa Safra não haverá atualização monetária ou incidência de juros entre a data de declaração e do efetivo pagamento.
Os juros sobre capital próprio serão pagos a cada acionista de maneira proporcional ao número de ações ordinárias que eles possuem até a data de corte, conforme o domicílio bancário fornecido à Itaú Corretora de Valores, que é a instituição responsável pela escrituração das ações da Boa Safra.
Os investidores com cadastros que não tenham a inscrição do número do CPF/CNPJ ou a indicação de banco, agência e conta corrente, o valor será apenas pago após a atualização cadastral no escriturador, dentro dos prazos devidos.
Além de Boa Safra, confira outros destaques desta quarta-feira:
Neoenergia (NEOE3) lucra R$ 1,5 bilhão, três vezes mais do que o esperado
- A Neoenergia (NEOE3), uma das principais empresas do setor elétrico no Brasil, divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, o que representa um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- O consenso Bloomberg mirava R$ 550 milhões de lucro para o resultado da Neoenergia.
- Dentre os fatores que impulsionaram esse desempenho positivo no resultado da Neoenergia, a companhia destacou a conclusão da primeira etapa da parceria com o Fundo Soberano de Cingapura (GIC), que envolveu a venda de 50% de oito ativos de transmissão, resultando na entrada de cerca de R$ 1,1 bilhão em caixa em setembro.
- Além disso, a finalização da permuta de ativos com a Eletrobras também teve um impacto significativo no resultado do trimestre. A transação gerou um impacto positivo com um ganho de R$ 1,5 bilhão decorrente da aquisição de 100% do controle da usina hidrelétrica de Dardanelos (MT). Como parte do acordo, a Neoenergia transferiu para a Eletrobras sua participação nas usinas hidrelétricas de Teles Pires (PA/MT) e Baguari (MG).
- O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, ressaltou que a empresa manteve uma disciplina de custos rigorosa, apresentando um crescimento das despesas operacionais de apenas 4% no trimestre, abaixo da inflação.
- A Neoenergia também reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- No que diz respeito ao volume de energia, a empresa registrou um total de quase 20 mil gigawatts-hora (GWh) injetados no terceiro trimestre, um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- A Neoenergia encerrou o terceiro trimestre com a adição de 317 mil novos consumidores, atingindo um total de 16,3 milhões de clientes ativos, o que reforça sua posição como a maior empresa no Brasil em número de clientes na distribuição de energia.
- Em termos de investimentos, a empresa executou um Capex de R$ 2,2 bilhões no trimestre, refletindo seu compromisso contínuo com o fortalecimento e expansão de suas operações no setor de energia.
Klabin (KLBN11): mesmo com cenário externo desfavorável e queda no lucro, analistas veem dados positivos no 3T23
- Os analistas do Itaú BBA e Santander avaliam que a Klabin (KLBN11) apresentou, apesar da queda no lucro, “resultados sólidos no terceiro trimestre de 2023 (3T23), com destaque a divisão de papel e embalagem que permaneceram resilientes”.
- Com isso, o Santander reiterou recomendação outperform, equivalente a compra, para os papéis da Klabin, afirmando que Ebitda (Lucro antes dos juros, impostos, taxas, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,352 bilhão ficou em linha com a estimativa do banco. O preço-alvo fixado pelo banco é de R$ 29.
- “No geral, a Klabin no 3T23 apresentou resultados sólidos, apesar dos preços mais fracos de celulose/kraftliner e do tempo de paralisação para manutenção em sua unidade de Monte Alegre”, informa o banco.
- Para os analistas do Santander, embora a divisão de celulose da Klabin tenha apresentado um desempenho sólido em custos e volumes, ela continuou sendo o principal ponto negativo devido aos preços realizados mais fracos.
- O Ebitda da divisão de celulose atingiu R$ 439 milhões (32% do Ebitda total do 3T23), queda de 64% aos níveis do ano anterior.
- No lado positivo, os resultados da divisão de papel/embalagem permaneceram resilientes, apesar do tempo de paralisação para manutenção em sua unidade de Monte Alegre e dos ventos contrários persistentes nos mercados de kraftliner.
- A divisão de papel/embalagem da Klabin representou 68% do Ebitda total do 3T23 (em comparação com 48% no 3T22), totalizando R$ 2,8 bilhão.
- A equipe do BBA também destacou o segmento de celulose da Klabin, afirmando que os resultados foram resilientes. “O bom resultado sequencial deveu-se principalmente ao desempenho sólido de caixas de papelão ondulado no trimestre, compensando embalagens industriais mais fracas.”
- Por sua vez, o BBA conferiu recomendação market perfom para as ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 24, mas ressaltou que os dados foram melhores do que o esperado no 3T23, 7% acima da expectativa da casa.
CCR (CCRO3) vai pagar mais de R$ 316 milhões em dividendos; Veja o valor por ação
- O conselho de administração da CCR (CCRO3) aprovou uma nova distribuição de dividendos intermediários, no valor total de R$ 316,198 milhões, conforme anunciado nesta quarta-feira (25).
- Os dividendos da CCR correspondem a R$ 0,15678141843 por ação ordinária. Esse valor foi retirado da totalidade do saldo da conta de reserva de lucros. O pagamento será feito em 30 de novembro de 2023.
- Os proventos da CCR têm como base a posição acionária de 30 de outubro de 2023. Em outras palavras, essa é a data limite para que os investidores possam se posicionar nas ações da empresa e ter direito a receber esses dividendos.
- Assim, as ações da CCR compradas a partir de 31 de outubro de 2023 não terão direito ao recebimento de proventos.
- Os novos dividendos foram aprovados por unanimidade no conselho de administração, conforme reunião realizada nesta quarta-feira (25).
Dividendos da CCR
- Valor: R$ 316.198.578,18
- Valor por ação: R$ 0,15678141843
- Data de corte: 30 de outubro de 2023
- Data de pagamento: 30 de novembro de 2023
Gol (GOLL4) adia divulgação do resultado do 3T23
- A Gol (GOLL4) anunciou nesta quarta (25) que a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2023 foi adiada. O balanço estava previsto para sair nesta quinta (26), antes da abertura do mercado. A companhia decidiu passar a data para 6 de novembro, antes do pregão na B3.
- “O calendário anual de eventos corporativos de 2023 foi reapresentado nesta data, para refletir o adiamento da apresentação de suas informações contábeis intermediárias revisadas para o próximo dia 6 de novembro”, diz a companhia sobre o 3T23 da Gol.
- O adiamento do balanço da Gol se deu “em função da avaliação contábil de transações ocorridas próximo ao fim do trimestre e que requereu prazo adicional para a conclusão da revisão dos auditores independentes”, explica a companhia aérea em fato relevante desta quarta.
Banco do Brasil (BBAS3) favorito e Bradesco (BBDC4) abaixo dos pares: o que esperar dos bancos no 3T23?
- Nesta quarta-feira (25), o Santander (SANB11) iniciou a temporada de resultados dos bancos com um lucro líquido recorrente de R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre, queda de 12,5% na comparação anual. Na base sequencial, no entanto, o avanço foi de 18,2%. Os dados indicam uma melhora, mas o Santander não está entre os favoritos dos analistas, que apontam Nubank (ROXO34) e Banco do Brasil (BBAS3) como top picks. Mas o que faz com que esses bancos saiam na frente? O que o investidor pode esperar dos números do setor?
- Boa parte das atenções do segmento – incluindo as fintechs – está voltada para o Nubank, que divulga seus resultados no dia 14 de novembro. O banco recebeu rating máximo AAA da agência de classificação de risco Moody’s, que cita uma expectativa de contínua expansão da Nu Financeira, empresa líder do conglomerado. Nesse sentido, a fintech já havia solicitado, dias antes, uma licença bancária para ampliar sua gama de produtos no México. Já no Brasil, começou nesta semana a oferecer empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS.
- Nessa linha, o Bradesco BBI informou que realizou reunião com investidores nos Estados Unidos, e que eles afirmaram que a fintech continua crescendo e implementando bons controles sobre a qualidade e os custos dos ativos.
- O Itaú BBA coloca Nubank (ROXO34) como top pick no setor de bancos e instituições financeiras. Para o terceiro trimestre, a casa espera um ROE de 20%, com avanço de 27% em receita líquida de juros frente ao trimestre anterior. Segundo os analistas, o lucro líquido ajustado deve ser de R$ 1,6 bilhão, com R$ 7,9 bilhões de receita e uma inadimplência de 90 dias de 6,2%.
Vale (VALE3): resultado do 3T23 deve refletir cenário de recuperação, mas analistas se dividem sobre lucro da mineradora
- Previsto para ser divulgado nesta quinta-feira (26), depois do fechamento do mercado, o resultado do terceiro trimestre da Vale (VALE3) deve refletir um cenário de recuperação para a mineradora, impulsionada por fatores como sazonalidade e preços mais atrativos para o minério de ferro.
- No segundo trimestre de 2023, a Vale (VALE3) reportou um lucro líquido de US$ 892 milhões, queda de 78% sobre igual período de 2022, quando obteve US$ 4,093 bilhões.
- Em relatório, a Genial Investimentos pontuou que para o cenário projetado para o 3T23 da Vale há uma forte perspectiva de recuperação para a mineradora, impulsionada por fatores positivos, como:
- sazonalidade natural, com precipitações reduzidas, possibilitando o aumento da produção;
- preço do minério 62% Fe, que continua resiliente, e com efeitos positivos dos provisionamentos, apesar das condições desafiadoras na China.
- Além disso, a casa acredita em uma evolução no desempenho da companhia em comparação com trimestres anteriores do ano, com destaque para a recuperação nas vendas da Vale – especialmente pelas interrupções temporárias de embarques durante o 1º semestre de 2023, que levaram ao aumento nos estoques e agora no terceiro trimestre estão sendo revertidos.
- “Nossa análise é de que o processo de desestocagem no 3T23 levou a um aumento atípico de vendas de minério de ferro. Antes da divulgação de ontem, nossa estimativa era de 7,5Mt, ou 20% do total do estoque acumulado. Reforçamos que é difícil ter uma noção precisa desse número diante da falta de abertura de dados que a Vale disponibiliza sobre o estoque”, acrescentou.
- A Genial projeta um lucro líquido de R$ 2,638 bilhões para a Vale no terceiro trimestre, com queda de 41,2% na base anual, mas 84,7% maior em comparação com o 2T23.
- Já a receita líquida da Vale deve ser de R$ 10,732 bilhões, 7,8% acima da registrada no 3T22, e 11,4% superior ao reportado no 2T23. Já o Ebitda ajustado da Vale deve ficar em R$ 3,466 bilhões, alta de 18,7% na base anual e de 11,6% na base trimestral.
Da Boa Safra à Klabin, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.