A Cury (CURY3) informou que as vendas líquidas atingiram R$ 904,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma alta de 20,1% em relação ao mesmo período de 2022, segundo prévia operacional divulgada nesta terça-feira, 16.
No trimestre, o Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos da Cury foi de R$ 856,6 milhões, valor 54% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. No período, a Cury lançou seis empreendimentos, quatro em São Paulo, maior centro consumidor da companhia, e dois no Rio de Janeiro.
A velocidade de vendas (VSO), que mede a oferta imobiliária, foi de 38,9% no quarto trimestre do ano passado, teve baixa de 2,1 ponto percentual (p.p) na base anual, de acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em relação ao estoque da Cury, uma métrica importante para avaliar o termômetro do mercado imobiliário, não houve grande movimentação de venda por parte da Cury. No quarto trimestre de 2023, a empresa tinha o valor de R$ 1,42 bilhão em estoque, uma baixa de apenas 0,9% ante igual intervalo de 2022.
O banco de terrenos da construtora, por sua vez, encerrou o último trimestre do ano passado com uma carteira de R$ 14,50 milhões, 22,5% maior que o visto no mesmo período do ano anterior, um recorde histórico, segundo a Cury.
Por fim, outro dado positivo do quarto trimestre foi a geração de caixa da Cury, que atingiu R$ 176,1 milhões, um montante 29,7% superior do apresentado no mesmo intervalo do ano anterior.
A Cury encerrou 2023 com vendas líquidas de R$ 4,15 bilhões, uma elevação de 26,2% que o visto em 2022. No período, as vendas de lançamentos subiram 34,1% no ano ante o mesmo intervalo do ano anterior, para R$ 4,44 bilhões.
Além de Cury, confira outros destaques desta terça-feira:
Inter&Co, controladora do Banco Inter (INBR32), anuncia oferta de ações que pode alcançar US$ 184 mi
- A Inter&Co, controladora do Banco Inter (INBR32), anunciou, nesta terça-feira, 16, uma oferta de até 32 milhões de ações ordinárias classe A, com opção adicional de mais 4,8 milhões de ações, podendo alcançar o montante total de US$ 184 milhões (ou R$ 906 milhões na cotação atual).
- A oferta de ações do Banco Inter leva em consideração o preço de fechamento de hoje na Nasdaq dos papéis INTR, US$ 5,05, onde a empresa é listada e terminou a sessão com baixa de 3,81%.
- O follow on do Banco Inter tem como coordenadores o Goldman Sachs e o Bank of America. O banco explicou ainda que o recurso será utilizado para fins corporativos e que os seus acionistas não terão qualquer direito de preferência ou prioridade para subscrever as ações.
- No comunicado, a instituição ressaltou que a oferta do Inter está sujeita a condições de mercado.
Banco do Brasil (BBAS3) desembolsa R$ 195 bi em crédito rural em 2023, 8,4% mais que 2022
- O Banco do Brasil (BBAS3) desembolsou R$ 195 bilhões em 612 mil operações de crédito rural no ano passado, volume recorde e 8,4% superior ao liberado em 2022, informou o banco em nota. Do montante, R$ 22 bilhões foram para financiar a agricultura familiar.
- “Os números do crédito rural do Banco do Brasil comprovam que temos uma atuação fundamental no apoio à agricultura familiar, que exerce uma função relevante na segurança alimentar e ajuda no equilíbrio dos preços dos alimentos em todo o País”, disse a presidente do banco, Tarciana Medeiros, na nota.
- De acordo com o banco, o valor desembolsado no Plano Safra 2023/24 contribuiu para a marca recorde de 2023.
- Nos seis primeiros meses do Plano Safra, de julho a dezembro do ano passado, o BB desembolsou R$ 120 bilhões, aumento de 5,3% na comparação com igual período do ano-safra anterior.
- O banco público informou ter participado de 373 feiras agropecuárias, eventos/seminários e dias de campo no ano passado, com iniciativas de capacitação e assistência técnica alcançando 12 mil produtores rurais de pequeno porte.
Gol (GOLL4) diz que continua em discussões por “ampla reestruturação de capital”
- A Gol (GOLL4) anunciou que, conforme divulgado no dia 1º de dezembro de 2023, contratou a Seabury Capital para auxiliá-la em uma ampla revisão de sua estrutura de capital. A companhia diz que pretende captar recursos para cumprir com seus compromissos financeiros e, em conjunto com a Skyworks, continuar com as negociações em andamento com arrendadores de aeronaves, na busca de reestruturar de forma abrangente as obrigações de frota.
- A aérea também esclareceu que continua “comprometida” na busca pela captação de recursos para o fortalecimento do caixa da Gol. Além disso, a companhia segue discutindo com seus stakeholders financeiros sobre uma “reestruturação consensual”, embora não existam ainda definições sobre como será essa implementação.
- Os esclarecimentos da Gol acontecem em meio a um pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a empresa se manifeste sobre a queda no preço das ações da Gol ontem (15), ocorrida em meio à possibilidade de a empresa entrar com um pedido de recuperação judicial nos EUA.
Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3): Morgan Stanley corta preço-alvo e indica ações de outras varejistas
- Em relatório, o Morgan Stanley (MSBR34) revisou as projeções para o setor de consumo e varejo para 2024 na América Latina, com destaque para as ações de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3).
- O banco cortou a recomendação para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) de equalweight (exposição em linha com a média do mercado) para underweight (exposição abaixo da média do mercado), com preço-alvo sendo cortado de R$ 2,75 para R$ 2, ou baixa de 12% frente o fechamento da véspera.
- Já para as ações de Casas Bahia (BHIA3), o Morgan Stanley manteve a recomendação underweight, com preço-alvo cortado de R$ 11,40 para 10 (queda de 1,1%). A preferência no segmento é pelas ações do Mercado Livre (MELI34) negociadas na Nasdaq. “Nós vemos tendências divergentes que continuam entre as operadoras de comércio eletrônico da América Latina”, avaliam os analistas do banco americano.
- No caso de Magazine Luiza e Casas Bahia, os analistas do Morgan esperam que a pressão de lucros persista, em meio a uma ainda lenta recuperação do setor eletrônico e tração em categorias mais recentes que as varejistas apostam.
- Ainda no relatório, o banco lembrou que enquanto Mercado Livre emergiu como o maior ganhador incremental de participação com o enfraquecimento da Americanas (AMER3), a equipe de análise vê a liderança em escala de mercado apoiando a monetização contínua da taxa de juros e a expansão das margens.
- Sobre a Americanas, inclusive, os analistas permanecem sem recomendação em meio ao processo de recuperação judicial em curso.
Eletrobras (ELET3): analistas reduzem preço-alvo, mas veem ação com forte potencial de valorização; entenda
- O Itaú BBA manteve recomendação de compra para as ações da Eletrobras (ELET3), mas reduziu o preço-alvo de R$ 61,6 para R$ 53,5. Segundo os analistas, o preço atual das ações apresenta mais potencial de valorização (upside de 24,4%) do que risco de desvalorização, já refletindo uma baixa curva de preços de energia.
- “Estamos otimistas em relação à velocidade do processo de recuperação, dadas as recentes mudanças na alta administração, e há a possibilidade de a empresa chegar a um acordo com o Governo Federal sobre a disputa de direitos de voto no STF”, afirma o BBA.
- Quanto à disputa com o governo em relação aos direitos de voto na Eletrobras, os analistas citam que um acordo com o governo federal no STF eliminaria uma grande incerteza para as ações.
- “Acreditamos que um acordo pode ocorrer mais cedo do que o mercado espera. Muitos investidores internacionais com os quais interagimos em 2023 estavam cautelosos em comprar ações da Eletrobras, temendo o risco de um desfecho negativo desta disputa. Portanto, acreditamos que, uma vez resolvido, pode haver influxos de capital estrangeiro nas ações”, explica a equipe do BBA.
- Sobre o mercado de energia, a casa avalia que os preços se recuperam parcialmente, mas abaixo do custo marginal de expansão. No entanto, o BBA acredita que o valor atual das ações já reflete o pior cenário para os preços de energia. “Antecipamos volatilidade intradiária nos preços spot impulsionada pela forte demanda (ondas de calor), mas acreditamos que a perspectiva de médio a longo prazo permanece muito estável devido ao excesso de oferta e aos níveis elevados de reservatórios. “
- Como catalisadores de curto prazo, os analistas citam:
- Potencial acordo com o governo federal sobre a disputa de direitos de voto.
- Venda de ativos térmicos em termos atrativos.
- Reduções adicionais de provisões compulsórias.
- Assinatura de novos PPAs em termos atrativos.
- Próximo leilão de capacidade.
- Por sua vez, entre os principais riscos destacam: desfecho desfavorável na disputa de direitos de voto no STF, perdas decorrentes da não realização ou condições desfavoráveis do projeto Angra 3; subsídios adicionais para o desenvolvimento de energias renováveis aumentando a sobreoferta e pressionando os preços de energia.
Petrobras: PETR4 deve se tornar menos atrativa que PETR3, diz BBA
- Em novo relatório, analistas do Itaú BBA destacaram que o spread entre as classes de ações da Petrobras (PETR4) nunca esteve tão baixo. No parecer, a casa reiterou sua recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 38.
- Segundo os analistas, nos últimos 10 anos, o spread entre ações ordinárias da Petrobras – negociadas sob o ticker PETR3 e preferenciais – PETR4 – ficaram próximas de 16%, na média. Agora, o spread caiu para cerca de 4%.
- “O estreitamento do spread entre as ações da Petrobras acompanhou o anúncio do novo política de remuneração acionistas, divulgada em julho de 2023, e a execução do programa de recompra de ações, que começou em agosto do mesmo ano”, explica o BBA.
- A projeção do BBA é que o spread entre os papéis deva retornar retornar aos níveis históricos e que este movimento pode ser catalisado pelo fim do programa de recompra de ações da petroleira.
- “No ritmo recente da recompra (cerca de 25 milhões de ações por mês), o programa poderá ser concluído até fevereiro (antes da data de fechamento em agosto), tornando a ação preferencial menos atrativa que a ordinária”, explica o BBA.
- Os especialistas ainda acrescentaram que o spread também pode ser afetado pelos fluxos de negociação, dado que o fluxo de investidores internacionais tende a ter maior impacto nas ações ordinárias, enquanto as posições de investidores locais afetam mais as ações preferenciais.
- “Por exemplo, a propagação tende a aumentar após uma entrada internacional superior a uma entrada local”, detalham.
- Além disso, os dados mostram que historicamente o spread tende a ficar acima da média durante períodos de maior percepção de risco para a tese de investimentos da empresa – como foi o caso durante a Investigação da Operação Lava Jato e greve dos caminhoneiros.
Da Cury ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.