Radar: Banco Inter (BIDI4) mais perto da Nasdaq, Eletrobras (ELET3) deve atrair R$ 8 bi de pessoas físicas, Nubank (NUBR33) salta 15%
A reorganização societária do Banco Inter (BIDI4) foi homologada nesta quinta-feira (2) pelo Banco Central (BC), após a aprovação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pela empresa no dia 12 de maio. A informação foi divulgada pelo banco em fato relevante.
Com a aprovação da reorganização societária, o Banco Inter pretende migrar a sua base acionária para o Inter&Co, sociedade constituída conforme e legislação de Cayman, com o fim de se inserir como empresa de capital aberto nas bolsas de valores americanas, no índice Nasdaq.
O banco terá também negociação de certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs Nível I), lastreados em ações de Class A na B3 (B3SA3).
Apesar da aprovação do Banco Central, ainda é preciso verificar se o Inter cumpre com as condições pré-estabelecidas de desembolso.
Outro passo importante é cumprir as condições de financiamento com as instituições financeiras contratadas, que pode ter um valor de até R$ 1,150 bilhão.
Recentemente, no final do mês anterior, o Banco Inter chegou a movimentar um volume de R$ 1,13 bilhão com as suas opções de cash-out – quando o acionista prefere receber o valor das suas ações em dinheiro.
Com o anúncio da saída da fintech da bolsa brasileira, os acionistas do Banco Inter tiveram até o dia 20 do passado mês para informar se prefeririam receber BDRs ou dinheiro no lugar das ações BIDI11 ou BIDI4, que serão deslistadas.
A instituição pagou o cash-out com base na média ponderada dos últimos 30 dias de negociação antes do anúncio, equivalente a R$ 19,35 por unit.
Além do Banco Inter, confira outros destaques desta quinta-feira:
Eletrobras (ELET3) deve atrair R$ 8 bi de pessoas físicas que querem ser acionistas
- A oferta de ações da Eletrobras (ELET3) deverá atrair um alto volume de pessoas físicas em operação que marcará a privatização da estatal de energia.
- Estima-se que a participação do varejo chegue a R$ 8 bilhões, de um total de mais de R$ 30 bilhões previstos para a oferta, com a possibilidade de que pessoas físicas utilizem o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para investir nas ações da empresa.
- Poderá ser utilizado até 50% do saldo das contas, com o limite de R$ 50 mil por indivíduo.
- O prospecto da oferta de ações limita também que o uso do FGTS não ultrapasse o total de R$ 6 bilhões.
- Os bancos que coordenam a operação preveem que esse grupo compre até R$ 5 bilhões em ações.
- Os investidores acreditam que com a desestatização da Eletrobras, as ações da companhia podem ter uma forte valorização no mercado.
- O interesse por fatias da companhia tem aumentado nos últimos meses, com vários players do mercado aguardando pelo movimento de privatização. De acordo com apurações do Estadão, grandes investidores mostraram apetite para comprar R$ 30 bilhões em ações da estatal – ou seja, quase o total ofertado, apurou o Estadão.
- Contudo, uma regulação instaurada pelos bancos que assessoram a oferta limitam o volume que os chamados fundos âncoras podem comprar, permitindo apenas, como máximo, a aquisição da metade da oferta – ou seja, R$ 15 bilhões.
- Os chamados investidores prioritários, como os atuais acionistas minoritários, devem ficar com um volume que pode variar entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões.
Sinal de retomada? Ação do Nubank (NUBR33) salta 15%; entenda por quê
- Após várias quedas dramáticas ao longo do mês de maio, o Nubank (NUBR33) viu suas ações subirem consideravelmente do início ao fim do pregão desta quinta-feira (2), com ganhos de 15,93% nas suas ações, negociadas na Nasdaq a US$ 4,44 no encerramento do dia.
- Ainda, o BDR do Nubank negociado na B3 (B3SA3) fechou com valorização de 13,64%, a R$ 3,50.
- Para Alexandre Achui, head da Mesa Private de ações e sócio da BRA, os ativos da fintech dispararam devido ao fluxo de rotação setorial decorrente da saída de ações de bancos tradicionais e commodities, com entrada nas ações de tecnologia mais descontadas.
- Em Nova York, a Nasdaq subiu 2,69% nesta quinta-feira, a 12.316,90 pontos, com os setores de tecnologia e serviços de comunicação entre as maiores altas diárias.
- A Oanda vê investidores divididos entre o temor de uma recessão e a possibilidade de que a piora na atividade faça o Federal Reserve (Fed) moderar em sua trajetória de elevação dos juros.
- Segundo ela, alguns operadores acreditam que o payroll (dado de emprego) de hoje apresenta uma demanda por trabalho mais fraca, o que poderia “reduzir algumas das preocupações com a inflação”.
Camil (CAML3) pagará R$ 25 milhões em JCP; veja o valor por ação
- Nesta quinta-feira (2), a Camil (CAML3) anunciou que vai pagar R$ 25 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
- De acordo com o fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor bruto dos proventos por ação será de R$ 0,069, que serão pagos no dia 10 de junho de deste ano.
- Os investidores que possuíam ações da Camil ontem, 1º de junho, terão direito de receber os rendimentos.
- A partir desta quinta-feira, 2 de junho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,059 por ação.
Confira o JCP da Camil
- Valor total: R$ 25 milhões
- Valor por ação: R$ 0,069719118
- Data de corte: 1º de junho
- Data do pagamento: 10 de junho
- Rendimento (dividend yield): 3%
Pão de Açúcar (PCAR3) vende ações do Éxito e embolsa R$ 390 mi; XP vê papéis valorizados
- O Pão de Açúcar (PCAR3) aderiu ao programa de recompra de ações do Éxito e deve receber um montante próximo de R$ 390 milhões até o final do segundo trimestre pela companhia colombiana. A informação foi divulgada pelo grupo brasileiro em fato relevante.
- A a varejista de alimentos possui 96,57% do capital social da empresa colombiana, sendo 91,57% detidos diretamente, e os remanescentes 3,5% detidos pela sua subsidiária GPA2 Empreendimentos.
- De acordo com o fato relevante, o plano de recompra do Éxito possibilita que cada acionista venda até 3,4% de sua participação na empresa.
- “O valor da venda dessa participação corresponde, aproximadamente, a 7,5% do valor de mercado atual do Pão de Açúcar, o que evidencia o forte desconto embutido atualmente em suas ações,” avalia a Ativa Investimentos.
- De acordo com o Pão de Açúcar, o programa de recompra das ações foi criado para reagir à alta valorização das ações do Éxito, comparado ao preço sugerido por outra companhia que avaliou financeiramente a empresa.
- Em relação ao programa, a XP Investimentos comentou que, com ele, o valuation implícito da participação do Pão de Açúcar é de aproximadamente R$ 11,4 bilhões “vs. o valor de mercado atual de PCAR3 em R$ 5,3bi (baseado no fechamento de 1º de junho)”.
- No relatório, a XP manteve a recomendação neutra e preço alvo de R$ 32 por ação.
- Nesta quinta-feira (2), as ações do Pão de Açúcar fecharam em alta de 4,23%, a R$ 20,43. No ano, acumula perdas de 2,01%.
Do Banco Inter ao Pão de Açúcar, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.