Radar: Analistas projetam alta para dividendos de Banco do Brasil (BBAS3), Vamos (VAMO3) anuncia recompra de ações e Magazine Luiza (MGLU3) lança seguro saúde
Segundo projeções dos analistas da XP, o Banco do Brasil (BBAS3) deve beirar um patamar de 10% em dividend yield (DY) no ano de 2024.
As expectativas da casa são de que os dividendos do Banco do Brasil mostrem uma elevação de 9,3% neste ano para 9,8% no ano que vem.
Conforme dados atualizados do Status Invest, as ações BBAS3 deram direito ao recebimento de R$ 4,59 por papel nos últimos 12 meses.
Além disso, as ações do Banco do Brasil mostram uma alta de 45% no acumulado de 2023, a uma cotação atual de R$ 48,44.
A recomendação da XP para as ações, apesar disso, ainda é de compra.
Segundo os analistas, o banco deve ter o maior DY dentre os bancos e instituições financeiras da bolsa no ano que vem.
As estimativas colocam logo atrás do BB a B3 (B3SA3) e o Itaú Unibanco (ITUB4), com 7,6% e 4,8% de yield projetados para o ano de 2024, respectivamente.
Além de Banco do Brasil, confira outros destaques desta segunda-feira:
Vamos (VAMO3) abre recompra de ações e mira até 34 milhões de papéis
- A Vamos (VAMO3) anunciou nesta segunda-feira (9) um novo programa de recompra de ações. Conforme o fato relevante da companhia, serão recompradas até 34 milhões de ações.
- O montante estipulado no programa de recompra de ações da Vamos corresponde ao volume de 8% das ações em circulação no mercado – ou free float.
- Conforme comunicado pela companhia, o programa de recompra de ações terá prazo de duração de 18 meses, com início no dia 9 de outubro de 2023 e término em 31 de março de 2025.
- O objetivo, segundo a empresa, é a “maximização de valor ao acionista, sem redução do capital social, sendo as ações adquiridas utilizadas para manutenção em tesouraria, cancelamento, alienação e/ou para atender as obrigações assumidas pela Companhia perante os beneficiários dos planos de remuneração baseados em ações”.
- As recompras de ações VAMO3 serão intermediadas pela XP, Bradesco, Santander, BTG Pactual e Itaú.
- “As operações de compra das ações nos termos do Programa serão suportadas pelo montante global das reservas de lucro e de capital disponíveis (exceto aquelas indicadas nas alíneas no inciso I do §1º, do art. 7º da Instrução CVM nº 567/2015) constantes das últimas demonstrações financeiras da Companhia divulgadas anteriormente à efetiva transferência, para a Companhia, da propriedade das ações de sua emissão, podendo ser anuais ou informações financeiras intermediárias, observado o disposto na Resolução CVM nº 77/2022″, diz o fato relevante da Vamos.
Magazine Luiza (MGLU3) lança seu próprio seguro de saúde
- O Magazine Luiza (MGLU3) lançou, junto com o BNP Paribas Cardif, o seu próprio seguro de saúde com cobertura de R$ 10 mil para diagnóstico de doenças graves. O anúncio foi feito pela varejista ainda nesta segunda-feira (9).
- Ou seja, o seguro de saúde do Magazine Luiza visa o valor para casos de câncer, infarto, AVC e outros problemas de saúde graves para quem for titular do plano.
- Além disso, o produto também oferece uma rede de profissionais credenciados que atendem medicina tradicional e complementar.
- O Seguro custa R$ 22,80 mensais no plano individual, e R$ 32,40 no plano familiar – que contempla até três dependentes.
- Além disso, nas redes credenciadas ao plano, serão disponibilizados serviços de telemedicina e telepsicologia com clínico geral sem gerar custo extra.
- “Nosso propósito é o de tornar os seguros acessíveis e a ideia desse produto é dar acessibilidade à saúde online, além de benefícios em medicamentos e telepsicologia. Por isso, combinamos a nossa experiência e conhecimento em seguros, com o alcance e a confiança do Magalu para trazer uma nova opção para a população se cuidar”, diz Sheynna Hakim, CEO da Cardif Brasil.
Santander (SANB11): analistas elevam recomendação e preço-alvo: “Pior já passou”
- A Genial Investimentos elevou a recomendação para as ações do Santander Brasil (SANB11) de venda para neutra (ou manter), após reportar, em relatório, que depois de muitos trimestres sofrendo compressões sucessivas de lucro e rentabilidade, espera que a operação brasileira do banco espanhol comece a mostrar uma melhora de forma mais consistente, ainda que gradual.
- “Estimamos uma melhora trimestral no lucro no balanço do terceiro trimestre de 2023 do Santander, impactado positivamente por uma avanço na margem com mercado (tesouraria) devido aos efeitos de reprecificação de ALM (Asset Liability Management) e queda dos juros, despesas em um nível mais controlado, mas principalmente por uma redução das provisões para perdas de crédito (PDD) com as novas safras performando melhor que as antigas”, diz o relatório.
- Para a provisão de devedores duvidosos (PDD), a corretora estimam uma queda tanto na comparação trimestral, quanto na anual, sendo primeira queda anual nesse ciclo de piora de crédito, possivelmente sinalizando um ponto de inflexão.
- Assim, a Genial estima um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões para o Santander, alta 25,4% ante o segundo trimestre, embora não seja suficiente para gerar um crescimento anual com queda de 7,3% ante o terceiro trimestre de 2022.
- Apesar da melhora na comparação trimestral do Santander, o indicador de rentabilidade (ROE) ainda deve ficar em patamares mais baixos que outros pares como Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3). Nas projeções, o ROE do Santander deve atingir 13,5%, um aumento de 2,6 ponto percentual ante o 2T23, mas ainda abaixo dos 15,2% reportado no 3T22 e bem abaixo dos pares mencionados que vem entregando algo próximo de 20%.
- “Para o ano que vem, esperamos que a receita total do Santander apresente uma retomada impulsionado por: margem com mercado voltando a patamares positivos beneficiada pela queda da Selic; crescimento da margem com clientes beneficiada por maiores volumes de crédito e melhoria do mix com maior spread devido a retomada de apetite de risco; e receitas com tarifas voltando crescer acima da inflação”, diz o documento assinado por Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Lorenzo Giglioli e Eyzo Lima.
Vulcabras (VULC3) vai pagar R$ 98 milhões em dividendos; veja o valor por ação
- A Vulcabras (VULC3) anunciou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos de R$ 98 milhões, equivalente a R$ 0,40 por ação, referente ao exercício social de 2022.
- “De fato, a Companhia pretende continuar a realizar trimestralmente o pagamento de dividendos a seus acionistas, mantendo recorrência e constância adotada ao longo de 2023, porém reservando-se ao direito de fazê-lo mais de uma vez por trimestre”, finaliza.
- No dia 6 de junho, a Vulcabrás pagou rendimentos de R$ 0,15 por ação aos seus acionistas.
- Dividendos de ações, assim como rendimentos de Fundos Imobiliários são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, mas devem estar na declaração anual de Imposto de Renda. Já os Juros Sobre Capital Próprio têm 15% de imposto.
- Vale destacar que esta matéria de agenda de dividendos não é uma recomendação de compra ou venda de ativos.
Klabin (KLBN11): banco recomenda compra, mas alerta para baixo crescimento no curto prazo
- A Klabin (KLBN11) continua a ter um potencial de valorização relevante, diz o BTG Pactual, que recomenda a compra dos papéis. A análise do banco usa como base o fluxo de caixa descontado e as várias opções de crescimento da companhia. No entanto, analistas apontam falta de catalisadores a curto prazo.
- Segundo o BTG, a Klabin está focada na execução e finalização de Puma 2 e Figueira, mas está adotando uma abordagem mais cautelosa em relação à aprovação de novos projetos devido à volatilidade do mercado.
- “Uma decisão sobre um potencial novo projeto de celulose fluff só poderia ser tomada no final de 2024, o que, acreditamos, é uma abordagem prudente e bem recebida pelos investidores”, explica o banco.
- De acordo com analistas, os principais mercados enfraqueceram e a demanda brasileira por embalagens ficou aquém das expectativas, mas há sinais de recuperação na celulose, pois a alta no curto prazo com preços em torno de US$ 600 por tonelada.
- A Klabin, conforme relata o BTG, não vê os preços subindo bem acima de US$ 650/tonelada, uma vez que ainda está sendo adicionada muita capacidade ao sistema.
- Neste contexto, o banco recomenda compra das ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 30. Nesta segunda, a Klabin fechou em alta de 0,47%, cotada a R$ 23,61
Lucro da Ambev (ABEV3) pode encolher em 23% se JCP acabar, diz BB Investimentos
- Segundo analistas do BB, a Ambev (ABEV3) pode ter um impacto já no próximo ano com o fim dos Juros sobre Capital Próprio (JCP).
- Segundo a casa, a Ambev está entre as maiores pagadoras de JCP (juros sobre capital próprio) da bolsa, cujo benefício tributário da dedutibilidade da base de cálculo do IRPJ e CSLL pode se extinguir a partir já do dia 1º de janeiro do ano que vem.
- “Estimamos que o lucro líquido da Ambev possa ser 23% menor em caso de extinção do benefício fiscal do JCP, sem considerar, por ora, as possíveis alterações nos benefícios fiscais oriundos de subvenções governamentais relativas aos impostos sobre vendas e a possibilidade de alteração na estrutura de capital e/ou reorganização societária da companhia – medidas que poderiam compensar o aumento de alíquota efetiva para preservar o retorno para o acionista”, diz a casa.
- Os analistas chamam atenção para o fato de que, mesmo que discussões sobre os impactos de mudanças tributárias sejam complexas e levem um tempo significativo para surtir efeitos, ainda há uma certa cautela com as ações da Ambev por conta desse tema.
- A recomendação da casa segue neutra para ABEV3, com preço-alvo de R$ 16 – ante R$ 15 no último relatório sobre a companhia.
Boa Safra (SOJA3) deve expandir atuação para a região Sul e fazer novas aquisições
- A Boa Safra Sementes (SOJA3), do ramo de sementes de soja, pretende estabelecer suas operações na região Sul do país, começando pelo estado do Paraná, maior mercado da região.
- Segundo a assessoria de imprensa da companhia, que confirmou as informações publicadas no Estadão, a Boa Safra contratou um gerente regional com uma equipe que ficará encarregada de identificar oportunidades no Estado e estabelecer um atendimento mais próximo da região sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.
- De acordo o CEO da companhia, Marino Colpo, o objetivo é entrar no Paraná em 2024 e em Santa Catarina e Rio Grande do Sul em 2025.
- O mercado do Paraná representa 45% das vendas do setor na região Sul, o que equivale a 14% do mercado nacional.
- O objetivo da empresa é ampliar sua liderança em sementes de soja, saltando dos atuais 8% de participação de mercado para 15% em 2027, após implementar as operações no Sul.
- A soja, que hoje representa 95% do lucro da companhia, deverá dividir espaço com o milho, que até 2027 deverá ter 25% do resultado.
Petrobras (PETR4): BBA mantém cautela e vê ‘falta de clareza’ sobre dividendos
- Em nova análise sobre as ações da Petrobras (PETR4), analistas do Itaú BBA destacaram que preferem seguir “às margens” até terem uma visão mais clara sobre alguns pontos da empresa.
- No relatório, especialistas mantiveram a recomendação marketperform – equivalente à neutra – para as ações da Petrobras.
- Atualmente, o preço-alvo da casa é de R$ 38 para PETR4.
- “Este ano, adotamos uma abordagem mais cautelosa que nos levou a ficar à margem até termos uma visão mais clara sobre alguns pontos que são, a nosso ver, cruciais para o investimento da Petrobras, como as alterações na política de preços dos combustíveis, a nova política de remuneração de acionistas, a expansão do plano de investimentos e possíveis negócios de M&A”, diz a casa.
- “Ao longo dos últimos meses, os anúncios dos novos preços e política de remuneração de acionistas descartaram os piores cenários que nos preocupavam desde no ano passado, apoiando a percepção de uma redução do risco da história e alimentando um ganho excelente nas ações, de 46% em 2023 (71% se considerarmos a remuneração total dos acionistas)”, completa.
- Especialistas ainda apontam que os requisitos de governança interna da empresa para aprovação e implementação de novos projetos de capital implicam que os projetos de energias renováveis anunciados estejam muito longe da maturidade (especialmente na energia eólica offshore).
- Com isso, o BBA não espera que o Novo Plano Estratégico previsto para ser lançado em novembro vá introduzir quaisquer mudanças importantes nos planos de despesas de capital para um futuro próximo.
- “No entanto, ainda não temos clareza sobre um componente crucial na empresa: o potencial pagamento de dividendos extraordinários. Vemos expectativas de um dividendo extraordinário significativo pagamento como um atual fator decisivo na preferência dos investidores pela Petrobras (entre ambos locais e investidores internacionais)”, observa o BBA.
- “A intenção declarada da empresa de expandir os investimentos em energias renováveis poderia gerar um caixa retenção no final do ano para ajudar a enfrentar esses desafios futuros, levando a uma expansão das reservas de lucros da empresa e limitando qualquer potencial dividendo extraordinário este ano”, segue.
- Os especialistas ainda citam que um potencial acordo com a União Federal para resolver algumas disputas fiscais de longa data em O CARF também poderia limitar um potencial dividendo extraordinário.
Do Banco do Brasil a Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.