O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou na noite de ontem (13) o investimento de R$ 10,5 milhões na Pagaleve. A fintech, especializada em checkout digital para o varejo, recebeu o aporte em uma rodada liderada pela Salesforce Ventures e é o segundo realizado pelo BB Ventures, fundo gerido pela MSW Capital.
O investimento na Pagaleve, segundo Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, representa um marco importante no Corporate Venture da instituição. Isso porque o objetivo do programa é “atrair startups de alto nível com soluções inovadoras, a fim de fortalecem a transformação digital tanto do BB quanto do sistema financeiro do país”.
“O BB acredita que as soluções da Pagaleve trazem importantes inovações em meios de pagamento, democratizando o acesso a novas possibilidades de pagamento em compras online pelas pessoas físicas, ao mesmo tempo em que reduz custos e aumenta a eficiência operacional dos varejistas”, comenta Ribeiro.
Ainda segundo ele, o aporte na Pagaleve pelo Banco do Brasil é um movimento que visa o futuro desse mercado. “[Que] converge para a melhoria da experiência do cliente na sua jornada de pagamento, ao mesmo tempo em que permite a aquisição de um perfil de consumidor antes inacessível às empresas que atuam no e-commerce”.
BB Ventures e o investimento em startups
De acordo com a instituição financeira, o fundo de venture capital do Banco do Brasil (BB Ventures) tem como objetivo investir e impulsionar startups de base tecnológica com foco em fintechs, agritechs, govtechs e startups com soluções que buscam melhorar a experiência digital dos clientes do banco.
A Pagaleve foi fundada em 2021 com o objetivo de proporcionar aos consumidores a possibilidade de fazer pagamentos parcelados sem a necessidade de usar um cartão de crédito, por meio de uma plataforma altamente tecnológica e regras mais amigáveis.
“Estamos muito contentes por trazer como investidor o fundo de venture capital do Banco do Brasil. Isso só reforça o nosso compromisso de continuar impulsionando a inclusão financeira e o acesso a pagamentos parcelados para milhões de brasileiras e brasileiros — estimulando significativamente as vendas no setor de varejo, por meio da tecnologia”, destaca Henrique Weaver, CEO da Pagaleve.
Além do Banco do Brasil, confira outros destaques desta quarta-feira:
BNDES não deve vender ações da Eletrobras (ELET3) em 2022, diz agência
- O BNDES poderá não vender as ações que possui da Eletrobras (ELET3;ELET6) em 2022. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, há duas fortes razões para isso: falta de tempo para a realização de uma potencial operação ainda neste ano e uma piora no cenário macroeconômico.
- Embora a privatização da Eletrobras tenha acontecido no início de 2022, uma cláusula de barreira (lock-up) para venda das ações terminou no começo de dezembro.
- Com isso, havia a expectativa de que o BNDES iria oferecer ao mercado os papéis da empresa do setor elétrico.
- No entanto, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, o banco de fomento fez avaliações internas sobre uma possível transação e a ideia não foi adiante. “O banco não vai vender essas ações da Eletrobras, decisão tomada”, disse uma delas.
- Ainda que a possibilidade tenha sido avaliada, a decisão teria pouco tempo. “E, para se achar o tamanho adequado da operação, não haveria tempo hábil. Seria muito difícil de fazer por causa da governança”, afirmou uma segunda fonte da Reuters.
- Impactos macroeconômicos na Eletrobras
- Ainda de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, “os investidores ficaram abalados com algumas das decisões de Lula”. Entre elas, está a nomeação de Aloizio Mercadante para o comando do BNDES.
- “Quando você tem uma grande mudança macro, e foi o que aconteceu agora, você precisa refazer muito do trabalho. O ‘risco Brasil‘ hoje é muito maior, os juros são maiores, então tem que refazer e atualizar as análises internas”, afirmou outra fonte.
- O BNDES detém 74,55 milhões de ações ordinárias da Eletrobras diretamente e 71,96 milhões por meio de seu veículo de investimento BNDESPar. Procurado pela Suno para comentar sobre o assunto, o banco não respondeu até o fechamento da matéria.
- Itaú BBA: risco limitado e potencial de valorização de 47%
- Após receber inúmeros questionamentos se o governo federal eleito poderia reverter a privatização da Eletrobras ou prejudicar a empresa, o Itaú BBA afirma que o risco é limitado, improvável.
- Desta forma, o banco reitera recomendação outperform (equivalente à compra) para ações ordinárias da empresa elétrica, com preço-alvo de R$ 61,60. O valor representa um potencial de valorização de 47,6% em relação a cotação de ontem em R$ 41,74.
- A Eletrobras é agora uma empresa privada e uma verdadeira corporação, pois o poder de voto de qualquer acionista, incluindo o governo federal, é limitado a 10%.
- Além disso, os analistas do Itaú BBA enxergam catalisadores positivos de curto prazo para as ações da Eletobras:
- a contratação de gestores qualificados para posições-chave, como o negócio de comercialização de energia;
- eventual liquidação de contingências em valor inferior ao registrado em seu balanço;
- venda de ativos;
- simplificação da estrutura acionária, resultando em menor custo e maior agilidade na utilização dos créditos tributários.
- “Terminado o mandato, nova eleição será realizada, mas o governo federal participará da discussão da nova diretoria, com apenas 10% dos votos. Os acionistas minoritários terão, portanto, mais poder do que o governo federal para escolher a nova diretoria”, destacam os analistas.
- Cotação Eletrobras
- As ações da Eletrobras fecharam em perto da estabilidade, em leve alta de 0,09% quarta-feira (14), negociadas a R$ 41,98. Nos últimos doze meses, o papel ELET3 apresentou uma valorização de 23,29%.
Oi (OIBR3): Justiça decreta fim da recuperação judicial
- Chegou ao fim a recuperação judicial da Oi (OIBR3). Nesta quarta-feira (14), a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou o fim do processo. De acordo com o juiz Fernando Viana, todas as obrigações foram cumpridas pela empresa de telecomunicação. A empresa entrou em recuperação judicial em 2016 com dívidas de R$ 65 bilhões e 55 mil credores.
- Segundo a decisão sobre a recuperação judicial da Oi, foi determinada a prestação de contas da gestão da Administrador Judicial da Oi no prazo de 30 dias. Além disso, a apresentação deverá ser feita no prazo de 90 dias no quadro geral de credores “rerratificado”.
- “Com o encerramento da recuperação judicial, e composição de seu bilionário endividamento, a gigante de telecom nacional ingressa hoje em sua nova fase, focada em modernos serviços digitais, com perspectiva de ser importante gerador de caixa e de empregos, de relevante atuação social – situação diametralmente oposta quando do ingresso da recuperação, quando a dívida acumulou o vertiginoso patamar de R$ 65 bilhões”, escreveu Viana na decisão judicial sobre a Oi.
- A Oi deu entrada no pedido de recuperação judicial em 20 de junho de 2016. Na ocasião, as negociações com 55 mil credores fracassaram e as dívidas da empresa somavam R$ 65,38 bilhões — uma das maiores da história do país. Nove dias depois, o pedido foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro.
- O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado por credores em dezembro de 2017. Nele, a companhia projetou uma redução de 40% na dívida bruta com a conversão de passivos em participação acionária. Em pouco mais de seis anos de processo, a dívida teve uma redução acentuada: passou para R$ 21,92 bilhões com a venda de ativos.
- Bancos escutam “não” da Justiça em processo de recuperação judicial da Oi
- Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Caixa Econômica Federal levaram um “não” da Justiça no processo de recuperação judicial da Oi. Na última quinta (8), o juiz Fernando Viana, responsável pelo caso, rejeitou os argumentos das instituições financeiras, contrárias ao término desse período na companhia telefônica.
- Credores da Oi, os bancos haviam pedido a prorrogação do processo de recuperação judicial da companhia. Queriam bloquear o valor recebido com a venda de ativos da Oi, para garantir o pagamento de dívidas da companhia.
- O magistrado da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro argumentou que a alegação dos bancos de que a Oi estaria realizando um esvaziamento patrimonial é infundada, pois as vendas de ativos estão previstas no plano de recuperação judicial da companhia.
- Além disso, na decisão publicada na quarta (7), o juiz destacou que, nos documentos da recuperação judicial, não existe a obrigação de que os valores das vendas desses ativos fossem reservados para o pagamento dos credores.
- CEO da Oi abre o jogo sobre recuperação judicial
- No dia 7, Rodrigo Abreu, CEO da Oi, defendeu que o fim da recuperação judicial “poderia ser decretado a qualquer momento” pelas autoridades.
- “Do nosso ponto de vista, a gente cumpriu até hoje 100% das obrigações de recuperação. Então, do ponto de vista formal, o fim da recuperação judicial poderia ser decretado a qualquer momento. A análise está na mão do juiz, a empresa continua entregando todos os compromissos de recuperação”, argumentou ele durante participação no podcast da Genial Investimentos.
- Contudo, o executivo detalhou aos acionistas que a disputa pelo término do processo de recuperação judicial da OI contou com percalços adicionais nos últimos meses.
- “O que acabou acontecendo ao longo dos dois últimos meses foi a disputa pelo ajuste de preço com os três compradores da Oi Móvel, um elemento que fazia parte do plano e obviamente ainda não foi recebido – está lá com depósito judicial. O juiz pediu para entender o que significa isso, se vai ser recebido ou não, demos todas as informações”, reforçou.
- Cotação da Oi nesta quarta-feira
- As ações da Oi fecharam em estabilidade nesta quarta-feira (14), negociadas a R$ 00,17. Nos últimos doze meses, o papel teve queda de 79,76%.
Rede D’Or (RDOR3) aprova dividendos de R$ 158 milhões; veja valores por ação
- A Rede D’Or (RDOR3) pagará um volume total de R$ 158 milhões em dividendos, segundo aviso aos acionistas divulgado hoje.
- Os dividendos serão de R$ 0,08 por ação e devem ser pagos em 28 de dezembro.
- Apenas os investidores com ações da Rede D’Or no dia 19 de dezembro poderão receber os dividendos. A partir do dia 20 de dezembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos da Rede D’or fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- Dividendos da Rede D’Or (RDOR3)
- Valor total: R$ 158.327.527,00
- Valor por ação: R$ 0,08020510654
- Data de corte: 19 de dezembro
- Data do pagamento: 28 de dezembro
- Rendimento (dividend yield) do pagamento: 1,65 %
- No pregão de hoje, a cotação das ações da Rede D’Or tiveram alta de 4,819%, para R$ 25,47. Apesar disso, no ano, o papel acumula queda de 45,23%%.
- Cade aprova aquisição da SulAmérica
- Ainda nesta quarta-feira (14), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou oficialmente a aquisição da SulAmérica (SULA11) pela Rede D’Or (RDOR3), sem restrições e de forma definitiva.
- A aquisição da SulAmérica (SULA11), avaliada em R$ 15 bilhões, foi anunciada em fevereiro pela Rede D’Or. Em novembro, o Cade recomendou aval à transação sem restrições. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) também aprovou a fusão entre as empresas em agosto.
- Em seu voto, o relator do caso, Luiz Hoffmann, destacou que a participação de mercado da Rede D’Or e da SulAmérica, na grande maioria dos municípios em que elas atuam, não ultrapassa os 20%, limite acima do qual o Cade considera que pode haver excesso de concentração.
- Em comunicado, a empresa destaca que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre as etapas relevantes relacionadas à consumação da operação. “inclusive no que diz respeito às decisões finais eventualmente proferidas pelas demais autoridades governamentais competentes, conforme aplicável, na forma da lei e da regulamentação da CVM”, disse a Rede D’Or.
Nubank (NUBR33): UBS projeta lucro bilionário em 2023 e recomenda compra
- Em nova análise sobre o Nubank (NUBR33), os especialistas do UBS-BB mantiveram recomendação de compra para as ações do banco listadas na NYSE citando uma receita média por usuário ativo (ARPAC, na sigla em inglês) mais alta, o que catapultou projeções de ganhos futuros.
- Apesar do otimismo mantido com as ações do Nubank, a casa cortou o preço-alvo de US$ 7,50 para US$ 8.
- A projeção é de que o Nubank tenha ‘resultados sólidos’ no próximo trimestre.
- “Após o bom resultado registrado pela empresa no 3T22, acreditamos que o lucro líquido ajustado do banco deve ser ainda mais forte no próximo trimestre, ficando próximo de US$ 100 milhões”, destaca o UBS-BB.
- As projeções da casa são de que o Nubank feche o acumulado de 2022 com lucro líquido ajustado de US$ 191 milhões (R$ 988 milhões). Na revisão anterior, a projeção era de US$ 47 milhões (R$ 245 milhões).
- Já para 2023, o UBS projeta que o resultado do Nubank apresente uma cifra bilionária na moeda brasileira, com US$ 447 milhões em lucro líquido ajustado (R$ 2,381 bilhões).
- Os analistas do UBS também destacaram os movimentos recentes de internacionalização do banco, dado que o Nubank realizou uma capitalização de US$ 330 milhões para expandir suas operações no México.
- “A receita média por usuário operacional (ARPAC) no México é maior que no Brasil; no entanto, a base de clientes no México ainda é pequena (3 milhões, que representam 4,2% da base total de clientes)”, destacam os especialistas.
- A receita média por cliente no México foi de US$ 8,3 no México, ante US$ 5,2 no Brasil, considerando os resultados reportados no terceiro trimestre.
- Mudança no câmbio e remuneração do CEO afetaram projeções para o Nubank
- Nas projeções para os próximos resultados do Nubank, os analistas destacam que incorporaram outros fatores além do último resultado visto como ‘acima do esperado’.
- Um dos pontos citados foi o “cancelamento do plano de remuneração de longo prazo do CEO da empresa”.
- Vale lembrar que a remuneração de diretores, em meses passados, já foi um gatilho para que o banco fosse alvo de críticas.
- Além disso, o câmbio foi citado como um dos pontos que afetaram a revisão das projeções.
- “A expectativa de um real mais desvalorizado ante o dólar impulsionou nossa redução no preço-alvo, de US$ 8 para US$ 7,50”, conclui o UBS sobre o Nubank.
Do Banco do Brasil ao Nubank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.