O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou um novo pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) complementares aos seus investidores, no valor total de R$ 2,249 bilhões, conforme comunicado nesta quarta-feira (8).
Os dividendos do Banco do Brasil somarão R$ 291,05 milhões, equivalente a R$ 0,101988 por ação.
Já os JCP do Banco do Brasil terão o montante de R$ 1,958 bilhão, correspondente a R$ 0,68622 por ação. Ambos os proventos têm como referência o terceiro trimestre de 2023 (3T23).
Os proventos serão pagos aos investidores posicionados nas ações da companhia até o fechamento da sessão do dia 21 de novembro de 2023. Sendo assim, os papéis adquiridos a partir do pregão seguinte (22) não terão direito a esse recebimento.
Os dividendos e JCP do Banco do Brasil serão igualmente distribuídos no dia 30 de novembro de 2023.
No caso dos juros sobre capital próprio, o valor está sujeito a aplicação de imposto de renda na fonte, conforme legislação vigente.
Os investidores que estiverem dispensados dessa tributação terão que comprovar tal condição até 23 de novembro de 2023 em uma das agências do Banco do Brasil.
Além de Banco do Brasil, confira outros destaques desta quarta-feira:
Méliuz (CASH3) reverte prejuízo e anuncia lucro de R$ 7,6 milhões no 3T23; Veja o que apoiou o resultado
- O Méliuz (CASH3), empresa de tecnologia especializada em cashback, reportou lucro líquido consolidado de R$ 7,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 9,1 milhões em igual período do ano passado. No trimestre anterior, o prejuízo foi de R$ 6,3 milhões.
- De acordo com o diretor de Relação com Investidores e Governança da companhia, Marcio Penna, o Méliuz não gerava lucro desde o primeiro trimestre de 2021, após ter estreado na B3 em novembro de 2020.
- O resultado do Méliuz, segundo ele, foi apoiado por redução de custos e aumento das margens, que foram o foco total dos últimos meses juntamente com o acordo para a venda do Bankly, antigo braço de pagamentos da empresa, para o banco BV.
- Já o Ebitda consolidado da companhia foi negativo em R$ 900 mil, contra número também negativo de R$ 24,7 milhões no terceiro trimestre de 2022. No critério ajustado, o Ebitda ficou em R$ 1,2 milhão, ante um valor negativo de R$ 22,6 milhões registrados entre julho e setembro de 2022. Os ajustes excluem o Bankly e os itens extraordinários.
- O balanço do Méliuz apontou que a receita líquida da empresa (sem Bankly) atingiu R$ 70,4 milhões neste trimestre, queda anual de 8% e trimestral de 2%. No terceiro trimestre do ano passado, a receita havia sido de R$ 77 milhões e, no segundo trimestre de 2023, de R$ 72,2 milhões.
- O GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,212 bilhão, 6% abaixo do mesmo período do ano passado e 1% menor que o do trimestre anterior. Enquanto isso, o net take rate (taxa líquida de serviço) foi de 2,2%, queda de 0,2 ponto porcentual na comparação com o terceiro trimestre de 2022.
Petrobras (PETR4): lucro vai cair, mas 3T23 “deve ter números sólidos” e boas perspectivas para dividendos
- Previsto para ser divulgado na próxima quinta-feira (9), depois do fechamento do mercado, o resultado do terceiro trimestre da Petrobras (PETR4) deve ser sólido, puxado por melhores volumes produzidos, bons preços do brent e melhores perspectivas para o pagamento de dividendos. O resultado também pode dar pistas sobre seu novo Planejamento Estratégico, previsto para ser anunciado ainda este mês.
- Segundo estimativas da Genial Investimentos, a Petrobras deve reportar um lucro de R$ 23 bilhões no terceiro trimestre deste ano, metade dos R$ 46 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
- A casa também projeta um Ebitda da Petrobras em torno de R$ 57 bilhões para o período, além de uma margem Ebitda de 51,4%. Já a receita líquida da Petrobras deve ficar em R$ 111 bilhões.
- Ainda de acordo com a gestora, o anúncio previsto para este mês do Planejamento Estratégico da Petrobras, que considera os anos de 2024-2029, é considerado o evento mais importante do ano, o primeiro sob a tutela do governo federal eleito em 2022.
- “Sendo assim, esperamos ver a materialização em números das ideias anunciadas pelo governo nos últimos meses (investimentos em eólicas offshore, margem equatorial, pré-sal, aquisição de refinarias, investimentos em outros países)”, pontuou Vitor Souza, analista do setor elétrico e saneamento da Genial.
- De maneira resumida, diz a gestora, o foco dessa expectativa deve ser não apenas o volume de investimentos esperados, mas também em quanto esse novo volume deve se realizar fora do negócio central da empresa, que é o segmento de exploração e produção.
Totvs (TOTS3): banco recomenda compra e vê crescimento sólido a cada trimestre; ações sobem
- A Totvs (TOTS3) liderou altas do Ibovespa nesta quarta-feira (8), após divulgar os dados do terceiro trimestre de 2023 (3T23). Para o BTG Pactual, o trimestre da companhia foi sólido em todos os aspectos. Dessa forma, o banco reitera recomendação de compra para as ações da Totvs.
- O BTG destaca que as receitas principais do negócio da Totvs no 3T23 aumentaram 18% em relação ao ano anterior, superando a expectativa dos analistas em 1,2%. A receita recorrente de gestão, que cresceu 17,5%, também superou as expectativas.
- A receita recorrente anualizada (ARR) foi de R$ 4,1 bilhões; Segundo o BTG, o número é robusto, considerando a inflação e o cenário macroeconômico.
- “As novas vendas contribuíram com 88% do crescimento da ARR nos últimos 12 meses, em comparação com 85% no segundo trimestre e 82% no primeiro trimestre de 2023”, pontua o banco.
- Outro ponto de destaque apontado por analistas foi a margem Ebitda da Totvs de 26,6% na vertical de gestão, um aumento de 40 pontos base em relação ao ano anterior.
- Neste contexto, o banco recomenda compra das ações da Totvs, com preço-alvo de R$ 38.
- “Vemos que ela está sendo negociada a 20 vezes o lucro por ação estimado para 2024, uma avaliação atraente para uma ação que oferece crescimento sólido e defensividade”, conclui o banco.
Lucro da Ultrapar (UGPA3) sobe mais de 10 vezes no 3T23 e vai a R$ 891 milhões
- A Ultrapar (UGPA3) registrou lucro líquido de R$ 891 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 973,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 83 milhões. O resultado é decorrente do maior desempenho das operações continuadas, aponta o release de resultados divulgado pela empresa nesta quarta-feira (8).
- O Ebitda da Ultrapar (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 2,001 bilhões, avanço de 139% na comparação anual. Já o Ebitda ajustado recorrente das operações continuadas totalizou R$ 1,992 bilhão, alta de 123% ante um ano. A Ultrapar aponta que o resultado é decorrente da melhora no indicador em todos os negócios, principalmente na Ipiranga.
- A receita líquida da Ultrapar no período ficou em R$ 32.484 bilhões, queda de 18% na comparação anual, decorrente principalmente do menor faturamento da Ipiranga e da Ultragaz na base anual, apontou o balanço.
- A companhia apresentou no 3T23 da Ultrapar despesa financeira líquida de R$ 301 milhões, uma melhora de R$ 28 milhões quando comparada com o mesmo período de 2022. Segundo a Ultrapar, o desempenho é reflexo principalmente do resultado pontual positivo de R$ 4 milhões de marcação a mercado dos hedges no trimestre encerrado em setembro, comparado ao resultado pontual negativo de R$ 40 milhões em igual intervalo do ano anterior.
- A companhia encerrou o período com dívida líquida de R$ 7,082 bilhões ante R$ 8,007 bilhões no segundo trimestre de 2023 e R$ 7,446 bilhões nos três meses imediatamente anteriores. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e Ebitda, foi de 1,4 vez, menor ante o apurado nos três meses imediatamente anteriores, em 2,1 vezes e inferior na comparação anual, quando a empresa apurou 1,9 vez no indicador.
- A Ultrapar destacou que a alavancagem do terceiro trimestre de 2023 atingiu o menor patamar dos últimos 10 anos. “Reflexo da racionalização do portfólio, e do crescimento de Ebitda das operações continuadas com geração de caixa e consequente redução da dívida líquida”, afirmou a empresa.
MRV (MRVE3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 136,5 milhões no 3T23
- A MRV (MRVE3) – conglomerado que reúne MRV, Sensia, Luggo, Urba e Resia – teve prejuízo líquido consolidado de R$ 136,5 milhões no terceiro trimestre de 2023. O resultado representa uma piora na comparação com o lucro de R$ 2 milhões registrado no mesmo período de 2022. Os dados consideram o resultado líquido atribuível aos acionistas da controladora.
- O que pesou no 3T23 da MRV foi o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que gerou uma despesa de R$ 128,8 milhões, contra uma receita de R$ 113,8 milhões de um ano antes.
- Esta linha do balanço da MRV foi afetada por itens considerados não recorrentes. Entram aí a operação de recompra de ações da companhia via derivativos, ou equity swap, (R$ 34,6 milhões) e a marcação a mercado de dívidas (R$ 55 milhões). Além disso, houve perda na venda de terreno em Curitiba (R$ 20,2 milhões), cujo zoneamento passou de residencial para comercial, portanto, saindo do foco da companhia.
- A receita operacional líquida da MRV consolidada totalizou R$ 1,973 bilhão, crescimento de 16,4% na mesma base de comparação anual, impulsionada pelo volume recorde de venda de imóveis. A margem bruta consolidada foi a 23,3%, melhora de 4 pontos porcentuais na comparação anual. Já as despesas consolidadas do grupo foram de R$ 436,2 milhões, aumento de 5,5%.
- Todas as operações da MRV&CO tiveram prejuízo no terceiro trimestre do ano: MRV (R$ 87,6 milhões), Urba (R$ 25,9 milhões), Luggo (R$ 8,9 milhões) e Resia (R$ 14,0 milhões).
Do Banco do Brasil à Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.