Em atualização da sua carteira de dividendos, analistas da área de research do Santander mantiveram as ações do Banco do Brasil (BBAS3) no seu portfólio recomendado a clientes.
As ações do Banco do Brasil, aliás, são os papéis com um dos maiores peses na carteira de dividendos do banco, com 11%.
O preço-alvo das ações BBAS3 é de R$ 75, com yield estimado em 10,68%.
“Recentemente, elevamos o preço-alvo de Banco do Brasil de R$ 62,00 para R$ 75,00. Esse novo preço-alvo está diretamente ligado a um aumento da premissa de ROAE sustentável para 18% e a uma projeção de lucro líquido ajustado em 2023E de R$ 36,8 bilhões”, diz o Santader.
Segundo a casa, a visão positiva para o BB se baseia principalmente em:
- Ampla presença física
- Carteira de crédito lastreada em operações de agronegócio
- Estrutura de captação mais barat
- Gestão de fundos do setor público com taxas atrativas
- Ser o principal banco do governo para deals
Os especialistas do banco, juntamente dom os papéis, recomendam diversas outras ações. Veja abaixo:
- BTG Pactual (10%)
- CPFL (8%)
- Cury (8%)
- Eletrobras (10%)
- Klabin (10%)
- Petrobras (12%)
- São Martinho (9%)
- Telefônica Brasil (10%)
- Vale (12%)
Além de Banco do Brasil, confira outros destaques desta quarta-feira:
CEB (CEBR3) anuncia dividendos e JCP de R$ 87 milhões
- A CEB (CEBR3) anunciou dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) para os seus acionistas.
- Serão distribuídos R$ 87 milhões em dividendos da CEB e JCP.
- Dessa cifra, serão R$ 54,7 milhões em JCP e outros R$ 32,3 milhões em dividendos intercalares.
- “Serão JCP de R$ 0,729756043 brutos por ação ordinária e R$ 0,620292636 líquidos por ação ordinária ; R$ 0,729756043 brutos por ação preferencial classe A e R$ 0,620292636 líquidos por ação preferencial classe A; e R$ 0,802731647 brutos por ação preferencial classe B e R$ 0,682321900 líquidos por ação preferencial classe B”, explica a companhia.
- No caso dos dividendos, serão R$ 0,430527803 por ação ordinária, R$ 0,430527803 por ação preferencial classe A e R$ 0,473580583 por ação preferencial classe B.
Cielo (CIEL3): analistas veem 3T23 acima do esperado, mas alertam para um “dado hostil” do balanço; recomendação é de compra
- A Cielo (CIEL3) teve um resultado melhor do que o esperado para o terceiro trimestre de 2023 (3T23), avalia o BTG Pactual. Segundo o banco, os resultados do 3T23 marcaram o nono trimestre consecutivo de crescimento anual do lucro líquido recorrente, mas alertam para adquirência sob pressão.
- No trimestre, o lucro líquido recorrente da Cielo foi de R$ 456,7 milhões, valor que corresponde a uma alta de 8,3% na comparação com o mesmo período de 2022.
- “Embora a queda no volume total processado (TPV) tenha afetado negativamente a receita de aquisição (maquininhas da Cielo), novos resultados sólidos do negócio de adiantamento e da Cateno ajudaram a explicar a expansão anual dos lucros e a superação das expectativas”, explica o BTG.
- No entanto, segundo analistas, as despesas operacionais mais altas fizeram com que o resultado do 3T23 da Cielo caísse em relação ao trimestre anterior.
- O BTG Pactual recomenda compra das ações da Cielo, com preço-alvo de R$ 5 – hoje está cotada a R$ 3,58. Os analistas do banco alertam que, embora ainda gostem do valuation da Cielo, a dinâmica da adquirência está definitivamente se tornando mais hostil.
Auren (AURE3): como ficam os dividendos após prejuízo de R$ 838 milhões no 3T23?
- O resultado da Auren Energia (AURE3) no terceiro trimestre de 2023 (3T23) veio em linha com as estimativas, diz a Genial Investimentos, mesmo após um revés em relação ao lucro do mesmo período no ano anterior. A recomendação da corretora é manter as ações, e os analistas lembram que ainda existe espaço para dividendos extraordinários.
- A Auren Energia divulgou seus resultados revelando um prejuízo líquido de R$ 838,1 milhões. De acordo com os analistas da Genial, o prejuízo da Auren no 3T23 foi principalmente em virtude do reconhecimento de IR/CSLL sobre a atualização do ganho relativo à indenização da UHE Três Irmãos.
- O ganho totalizou R$ 912 milhões, dos quais R$ 608 milhões se referem a despesas correntes e R$ 303 milhões pela parcela dos tributos diferidos. “Excluindo esse efeito, teríamos um lucro líquido de R$74 milhões”, menciona a corretora.
- No trimestre passado, a Auren concluiu a securitização da indenização referente à Usina Três Irmãos, que adicionou R$ 4.2 bilhões ao caixa da empresa.
- Atualmente, o caixa da Auren é de R$ 4.9 bilhões, com endividamento líquido de R$ 1.2 bilhão. “Soma-se a isso o tímido pipeline de investimentos e a falta de novos projetos, ainda acreditamos que exista espaço para o pagamento de mais dividendos extraordinários, para além deste que foi pago recentemente“, destaca a Genial.
- Segundo a corretora, aos atuais níveis de preços, a empresa negocia a uma taxa implícita de retorno de 9,5% em termos reais. Conforme relata a equipe da Genial, os números são interessantes, mas a avaliação é de que a Eletrobras (ELET3) seja um case mais interessante para pagamento de proventos.
- Dessa forma, a corretora recomenda manter as ações da Genial, com preço-alvo de R$ 15.
Magazine Luiza (MGLU3): o que esperar da varejista após mais um corte da Selic?
- Apesar de confirmada mais uma queda na taxa Selic, segundo a decisão do Copom divulgada nesta quarta-feira (1º), os juros altos ainda impactam as expectativas de resultados do Magazine Luiza (MGLU3) – cujas ações lideraram as perdas do Ibovespa no mês passado – e colocam em dúvida o futuro de uma das companhias mais importantes do setor varejista no Brasil.
- Os papéis da Magazine Luiza caíram 37,26% em outubro no Ibovespa, liderando as quedas entre as empresas listadas, seguida por sua principal concorrente, a Casas Bahia (28,57%). Mas esse não foi o único recorde negativo.
- Na semana encerrada no dia 20 do mês passado, por exemplo, as ações do Magazine Luiza terminaram em baixa de 15,38% – neste dia em específico, os papéis alcançaram a menor cotação de fechamento desde o dia 10 de novembro de 2017, ou seja, em quase 6 anos. Já nos primeiros nove meses do ano, a queda das ações do Magalu foi de 74%.
- Os números comprovam, portanto, um cenário bem diferente para o setor comparado há dois anos, quando o mundo ainda vivia a pandemia de Covid-19. Naquela época, a concentração na aquisição de bens acabou expandindo de forma expressiva as vendas das empresas do segmento, mas agora, com grande parte do consumo sendo destinado para serviços, as companhias estão tendo que recalcular a rota.
- “Além de um custo de capital mais elevado, essas empresas têm operações financeiras que tiveram aumento de inadimplência no decorrer do pós-pandemia e da alta da Selic. Fizeram que com que as companhias apresentassem um resultado pior do que no passado”, lembra Nilo Galvani, cogestor de portfólio da TM3 Capital.
- As vendas do Magazine Luiza, por exemplo, assim como de outras varejistas, também acabam sendo impactadas, já que elas não podem oferecer condições de pagamento interessantes. “As empresas têm que subir um pouco a régua do que entendem como um bom perfil para se dar crédito”, reforça Galvani.
Do Banco do Brasil à Cielo, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.