O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta quarta-feira (9) que registrou no terceiro trimestre de 2022 (3T22) lucro líquido ajustado de R$ 8,36 bilhões, correspondendo a um avanço de 62,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento foi de 7,1%.
O lucro do Banco do Brasil no 3T22 ficou acima das projeções do consenso Refinitiv, que previa lucro de R$ 7,36 bilhões.
Os motivos relacionados para essa alta anual no resultado do Banco do Brasil no 3T22 foram:
- Aumento de 14,7% da margem financeira bruta;
- Alta de 8,6% das receitas de prestação de serviços;
- Crescimento de 9,7% no resultado de participações em controladas, coligadas e joint ventures;
- Expansão de 53,8% na PCLD Ampliada.
No acumulado de 2022, o lucro líquido ajustado do BB obteve crescimento de 50,9% em relação ao ano passado.
O balanço do Banco do Brasil no 3T22 também mostra que a margem financeira bruta da companhia foi de R$ 19,6 bilhões, índice utilizado para mensurar o resultado com operações com rendimento de juros.
“Os resultados que apresentamos se originam do bom desempenho da margem financeira bruta, da diversificação nas receitas com serviços, despesas sob controle e capital forte”, disse em nota o presidente do banco público, Fausto Ribeiro.
Esse número representa um crescimento de 25% no 3T22, quando comparado com o segundo trimestre de 2021. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (2T22), essa alta foi de 14,7%.
O crescimento veio tanto da receita com operações de crédito, que expandiu 50,6% em base anual, para R$ 28,875 bilhões, quanto dos resultados da tesouraria, que tiveram um salto de 95,1%, para R$ 10,155 bilhões. Destes dois resultados, são subtraídas as despesas de captação para se chegar à margem.
Em setembro de 2022, o índice de inadimplência (INAD+90d), que considera a relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada alcançou os 2,34%, enquanto o índice de cobertura foi de 234,9%.
“Este comportamento é justificado, principalmente, pelo aumento no saldo das operações em atraso da carteira de Pessoas Físicas, influenciado pelo cenário macroeconômico e em linha com a estratégia de mudança de mix da carteira para linhas de melhor retorno ajustado ao risco”, diz o balanço trimestral do Banco do Brasil.
Já as provisões do BB contra a inadimplência tiveram alta de 15,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021, e de 53,8% em três meses, para R$ 4,517 bilhões. O aumento é menor que o observado em bancos privados de porte semelhante, diante do perfil mais conservador da carteira do banco, mais exposta ao agronegócio e também a grandes empresas.
Ao final do trimestre, a inadimplência da carteira do BB era de 2,34%, alta de 0,52 ponto porcentual em um ano, e de 0,34 ponto em três meses. O banco traça um comparativo com o Sistema Financeiro Nacional: em setembro, a média de mercado da inadimplência estava em 2,80%, considerando os atrasos superiores a 90 dias.
Receitas e despesas do Banco do Brasil
O crescimento das receitas do Banco do Brasil nas operações de crédito foi de 10,2%, beneficiado pela expansão e reprecificação de sua carteira de crédito.
Já as receitas de prestação de serviços foram de R$ 8,5 bilhões no 3T22, uma alta de 8,6% na comparação com o 2T22, com o bom desempenho das receitas de seguros, previdência e capitalização e de consórcios. O crescimento dessa receita em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi de 14,6%.
No terceiro trimestre de 2022, as despesas administrativas totalizaram R$ 8,4 bilhões, 1,2% maior que o registrado no 2T22, refletindo o aumento de 1,3% em despesas de pessoal, em meio ao reajuste salarial de 8,0% aos bancários no mês de setembro.
O Índice de Basileia foi de 16,72% ao final de setembro de 2022. O índice de capital nível I alcançou os 14,74%, dos quais 11,77% são de capital principal.
O Banco do Brasil tem um Plano de Capital com visão prospectiva de 3 anos e considera
- Declaração de apetite e tolerância a riscos;
- Estratégia corporativa;
- Plano diretor;
- Orçamento corporativo.
Ao final do terceiro trimestre, o BB tinha R$ 2,146 trilhões em ativos, um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em um trimestre, o crescimento foi de 2,6%.
O patrimônio líquido do Banco do Brasil ficou em R$ 157,890 bilhões, alta de 7% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 21,5%, alta de 7,2 p.p. em base anual, e de 1 p.p. em três meses.
O índice também é superior ao que os bancos privados têm apresentado no trimestre. “Quando assumi a presidência do Banco do Brasil, nossa rentabilidade trimestral era inferior a 15% e muito nos orgulha entregar um retorno sobre patrimônio líquido de 21,8%, o que consolida um novo patamar de rentabilidade, dentre os melhores retornos alcançados em comparação aos pares privados”, disse Ribeiro.
Carteira de crédito do BB
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 969,2 bilhões ao final do terceiro trimestre de 2022, com crescimento de 5,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e alta de 19,0% na comparação com o 3T21.
“Em ambos os períodos de comparação foram observados desempenhos positivos em todos os segmentos negociais”, diz o relatório de resultados do Banco do Brasil.
A carteira ampliada pessoa física (PF) cresceu 10,9% em 12 meses, com a performance positiva no crédito consignado, empréstimo pessoal e cartão de crédito.
Já a carteira ampliada pessoa jurídica (PJ) teve um avanço anual de 20,2% no 3T22, com destaque para capital de giro, TVM privados e garantias e ACC/ACE.
Enquanto isso, a carteira ampliada de agronegócios do Banco do Brasil registrou crescimento anual de 26,7% no terceiro trimestre de 2022. Nesse caso, a empresa dá destaque para as operações de custeio, de investimento e Pronaf.
Com informações do Estadão Conteúdo
Além do Banco do Brasil, confira outros destaques desta quarta-feira:
Porto Seguro (PSSA3): lucro sobe 32,1% no 3T22, para R$ 272 mi
- A Porto, ex-Porto Seguro (PSSA3), divulgou os resultados do 3T22. A seguradora registrou lucro líquido recorrente de R$ 272,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 32,1% em relação ao mesmo período de 2021. Ante o segundo trimestre, o avanço foi de 205%.
- O lucro operacional atingiu R$ 163,8 milhões, caindo 17,7% contra igual período de 2021.
- As ações da Porto Seguro fecharam esta quarta-feira (9) em queda de 0,62%, cotadas a R$ 23,91.
- A receita total da Porto seguro chegou a atingir R$ 7,550 bilhões, alta de 35,2% na comparação anual.
- O resultado financeiro de R$ 159,8 milhões no 3T22 superou o valor recorrente do 3T21, representando uma rentabilidade das aplicações financeiras (ex-previdência) equivalente a 62% do CDI. No 3T21, o resultado financeiro estava negativo em R$ 37,1 milhões.
- Segundo a companhia, “a forte deflação de 1,3% registrada no período foi fator determinante para o retorno abaixo do benchmark em uma parcela relevante da alocação de recursos, embora as alocações em renda variável e fundos multimercados tenham contribuído positivamente”.
- “A forte deflação de 1,3% registrada no 3T22 foi fator determinante para o retorno abaixo do benchmark em uma parcela relevante da nossa alocação de recursos, embora as alocações em renda variável e fundos multimercados tenham contribuído positivamente”, explicou a companhia.
- O ROAE (Retorno sobre ativos) recorrente da Porto Seguro atingiu 11,3% no trimestre, um aumento de 2,3 pontos percentuais em comparação ao 3T21.
- A sinistralidade total da Porto Seguro chegou a 64,5%, crescendo 9,2 pontos percentuais contra o mesmo trimestre de 2021. O aumento do volume de sinistros é explicado principalmente pela elevação no preço dos carros, com impacto sobre a sinistralidade do Auto, e pelo crescimento de custos e frequências no Saúde, diz a empresa.
- A carteira total de aplicações financeiras da Porto Seguro atingiu R$ 15,4 bilhões, e obteve um rendimento de 1,85% no trimestre (56% do CDI) e de 6,25% no acumulado do ano (70% do CDI).
- “No 3T22 e nos nove meses do ano, obtivemos um crescimento expressivo de receitas em todas as verticais de negócios, registrando o maior crescimento para ambos períodos em mais de 10 anos”, ressaltou a Porto Seguro.
- (Com informações do Estadão Conteúdo)
Gerdau (GGBR4): Goldman Sachs recomenda compra após ‘trimestre muito forte’
- Ao analisar o resultado trimestral da Gerdau (GGBR4), o Goldman Sachs reiterou seu otimismo com a companhia de produção de aço. Segundo a casa, o resultado operacional ficou muito acima das estimativas.
- “A Gerdau reportou um Ebitda ajustado de R$ 5,4 bilhões no 3T22,. Esse número ficou 10% acima das nossas projeções e 5% maior que o do consenso da Bloomberg. O crescimento foi mais forte do que o esperado com a operação na América do Norte, que gerou um Ebitda 40% maior do que esperávamos”, dizem os especialistas da casa.
- A recomendação do Goldman Sachs é de compra para as ações da Gerdau, com preço-alvo de R$ 35.
- Os papéis GGBR4, aliás, fecharam em queda de 4,6% em um dia extremamente negativo para o Ibovespa.
- Além dos números trimestrais favoráveis, o Goldman Sachs destacou os dividendos da Gerdau anunciados e o movimento da tesouraria. Ambos foram comunicados nesta quarta (9), minutos antes do balanço trimestral.
- “Tivemos o prazer de ver a empresa anunciando proventos de R$ 3,6 bilhões (com yield de 8%) e investimento de R$ 0,6 bilhão em recompras de ações no trimestre. O retorno da geração de caixa excedente tem sido um foco importante dos investidores e acreditamos que o mercado reagirá positivamente. Com as operações dos EUA surpreendendo pelo lado positivo e permanecendo forte no 4T, os investidores verão este negócio como uma fonte em potencial para aumentar os lucros em 2023″.
- A companhia somou lucro líquido ajustado de R$ 3,022 bilhões no terceiro trimestre de 2022. Assim, o lucro da Gerdau é 33,7% menor do que o que foi reportado em igual período do ano anterior.
- A administração da companhia explica que o resultado foi impactado pelos “menores volumes de vendas, maior pressão nos custos e variações cambiais no período”.
- A receita líquida do trimestre foi de R$ 21,149 bilhões no trimestre, com 0,8% de queda em relação ao terceiro trimestre de 2021.
- O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Gerdau no 3T22 foi de R$ 5,369 bilhões, representando uma queda de 23,6% em relação ao 3T21.
- Já a margem Ebitda ajustada foi de 25,4% no trimestre, representando uma retração de 7,6 pontos percentuais (p.p.) ante igual etapa do ano anterior.
- A empresa anunciou um montante de R$ 3,6 bilhões em proventos ainda neste ano. O valor dos proventos da Gerdau será de R$ 0,42 no que se refere a Juros sob Capital Próprio (JCP), ante R$ 1,73 por ação no que se refere aos dividendos da Gerdau.
- Dividendos da Gerdau
- Valor total: R$ 2.877.953.641,40
- Valor por ação: R$ 1,73
- Data de corte: 21 de novembro de 2022
- Data do pagamento: A partir do dia 14 de dezembro de 2022
- Rendimento (dividend yield): 6,35%
- JCP da Gerdau
- Valor total: R$ 698.693.947,62
- Valor por ação: R$ 0,42
- Data de corte: 21 de novembro de 2022
- Data do pagamento: A partir do dia 14 de dezembro de 2022
- Rendimento (dividend yield): 1,54%
- Da mesma forma, a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) também anunciou proventos, com o diferencial que o pagamento será a partir do dia 15 de dezembro, porém com a mesma data de corte. Serão cerca de R$ 500 milhões em proventos, somando JCP e dividendos.
Banco do Brasil (BBAS3) vai pagar R$ 2,296 bilhões em dividendos e JCP; veja o valor por ação
- O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou nesta segunda-feira (7), a distribuição de R$ 485,7 milhões em dividendos e R$ 1,81 bilhão sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao exercício do terceiro trimestre de 2022.
- A data de pagamento dos dividendos do Banco do Brasil e do Juros sobre Capital Próprio será em 30 de novembro de 2022. A soma desses proventos referentes ao 3T22 chega a R$ 2,296 bilhões.
- Os dividendos do Banco do Brasil representam R$ 0,1702 por ação, que serão pagos aos acionistas posicionados até o final da sessão de 21 de novembro. Sendo assim, os investidores do BB a partir do dia 22 de novembro não terão direito ao recebimento destes proventos.
- Já o Juros sobre Capital Próprio do Banco do Brasil corresponde a quase R$ 0,6345 por ação.
- No caso do JCP do Banco do Brasil, haverá retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal conforme a legislação vigente. Os acionistas que estão dispensados da tributação devem comprovar essa condição até o dia 23 de novembro em uma das agências do BB.
- De forma adicional, o banco informou que cerca de R$ 781,1 milhões foram pagos em 30 de setembro de 2022, a título de remuneração antecipada aos acionistas em na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), conforme destacado em fato relevante.
Bradespar (BRAP4) vai pagar R$ 580 milhões em dividendos e JCP
- A Bradespar (BRAP4) pagará R$ 580 milhões em dividendos e Juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira (9). Os dividendos e JCP somam R$ 310 milhões e R$ 270 milhões, respectivamente.
- O valor dos dividendos por ação da Bradespar será de R$ 0,74 para ordinária e R$ 0,81 para preferencial.
- Os dividendos da Bradespar serão pagos em 21 de novembro.
- O valor dos JCP por ação será de R$ 0,64 para ordinária e R$ 0,70 para as ações preferenciais, também pagos dia 21 de novembro.
- Apenas os investidores com ações da Bradespar no dia 9 de novembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 10 de novembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
Petz (PETZ3): após balanço do 3T22, analistas veem upside de 217%; ações sobem 9%
- A Petz (PETZ3) apresentou os resultados do 3T22 nesta quarta-feira (9). A companhia registrou lucro líquido de R$ 30,6 milhões, queda de 8,2% na comparação anual.
- Após o balanço do 3T22, o BTG Pactual manteve a recomendação de “compra” para as ações da Petz, com o preço-alvo de R$ 26. O preço-alvo sugere valorização de cerca de 217% sobre o fechamento do ativo na terça, em R$ 8,16.
- A visão positiva do BTG para Petz está baseada em quatro pilares:
- exposição a um mercado grande, de alto crescimento e fragmentado para produtos e serviços pet;
- oferecer uma solução one-stop-shop focada na experiência de loja (amplo sortimento e conveniência de produtos, além de clínicas veterinárias e de tosa);
- sua crescente plataforma omnichannel, tornando a Petz mais competitiva do que players regionais e marketplaces horizontais; e
- a expansão nacional.
- Mesmo que as margens da Petz ainda estejam sob pressão, impactadas pela inflação e por aquisições recentes, a empresa continua apresentando uma expansão decente da receita, dizem os analistas do BTG.
- A pressão nas margens deve persistir nos próximos trimestres, com uma combinação negativa de inflação, mix de vendas e integração/ramp-up de aquisições.
- “Embora no curto prazo a ação deva continuar pressionada, a Petz continua sendo uma das nossas principais teses estruturais”, concluiu o BTG.
- A Petz teve uma queda de 8,2% no lucro na base anual, para R$ 30,6 milhões, no terceiro trimestre de 2022 (3T22). O resultado da Petz mostra que o lucro bruto da empresa foi de R$ 265 milhões para R$ 355 milhões, representando uma alta de 34%.
- No acumulado de 2022, considerando os nove meses reportados, a Petz teve um lucro líquido de R$ 84,5 milhões, representando um crescimento de 19,2% no comparativo com igual período do ano anterior.
- O Ebitda ajustado da Petz no 3T22 foi de R$ 72,2 milhões, representando uma queda de 0,4% no comparativo com igual etapa de 2021.
- O resultado financeiro foi negativo em R$ 644 mil no trimestre, tendo uma melhora de 84% ante os R$ 4,1 milhões vistos em igual período no ano anterior.
- A receita bruta foi de R$ 885 milhões, aumentando em 38% o mesmo indicador do ano anterior.
- A gestão destacou que a Receita Bruta Digital Petz ‘Standalone’ (ou seja, somente a Petz, sem as outras empresas do Grupo Petz) cresceu 44% no ano, para R$ 286 milhões.
- Desta forma, esse indicador anualizado ficou acima de R$ 1 bilhão pela primeira vez na história da companhia.
- As ações da Petz dispara 9% às 17h30 desta quarta-feira (9), cotadas a R$ 8,90.
Carrefour (CRFB3) tem lucro líquido de R$ 256 milhões no 3T22, queda de 58,8%
- No terceiro trimestre, o Carrefour Brasil (CRFB3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 256 milhões. O valor representa uma queda de 58,8% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado.
- O CFO da companhia, David Murciano, explica que a queda no lucro líquido do Carrefour está dentro do previsto e se deve ao impacto dos juros na dívida da companhia, assumida, em grande parte, para a compra do Grupo Big. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi impulsionado pelo crescimento robusto das bandeiras de atacarejo e pela melhoria da rentabilidade do Varejo.
- Entre julho e setembro, o Ebitda do Carrefour ajustado chegou a R$ 1,69 bilhão. Isso equivale a um aumento de 14,0% na comparação anual.
- Se a operação do Grupo Big não fosse considerada, o Ebitda ajustado do Carrefour seria de R$ 1,6 bilhão, o que representaria uma elevação de 8,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
- As vendas brutas do Carrefour totalizaram R$ 29,3 bilhões no trimestre, equivalentes a um avanço anual de 41,4%.
- As venda líquidas, por sua vez, somaram R$ 26,3 bilhões, o que representa uma alta de 40,2% em relação ao terceiro trimestre de 2021.
- Segundo o CEO do Carrefour, Stéphane Maquaire, “O terceiro trimestre proporcionou uma demonstração muito forte da qualidade do ecossistema multiformato e multicanal do Grupo Carrefour Brasil”.
- O executivo destaca que, mais uma vez, o grupo registrou crescimento de vendas de dois dígitos, “ao mesmo tempo em que as margens permaneceram resilientes em um ambiente competitivo desafiador”.
- O diretor executivo da empresa afirma que este crescimento foi puxado por uma performance bastante forte em todas as unidades de negócios da companhia e em todos os canais.
- “O Atacadão e o Carrefour Varejo continuaram a aumentar suas vendas, impulsionado pela retomada do crescimento no não-alimentar, o GMV [volume bruto de mercadorias] online dobrou e o Banco Carrefour registrou faturamento mais alto e rentabilidade robusta, mantendo uma abordagem disciplinada ao risco”, complementa.
- A divisão de atacarejo do Carrefour Brasil, que envolve a bandeira principal, o Atacadão, e marca do Grupo Big, Maxxi, apresentou crescimento de 26,6% de receita líquida e atingiu R$ 17,8 bilhões, mas viu sua margem bruta cair de 15,5% um ano atrás, para 14,8% no terceiro trimestre de 2022. O Ebitda ajustado dessa divisão ficou em 1,1 bilhão, alta de 8,1%. A margem Ebitda caiu de 7,8% para 6,7%.
- Murciano diz que, com a nova margem bruta, a companhia voltou ao patamar histórico de 2021. Ele explica que, durante o período inflacionário, a companhia conseguiu fazer compras em patamares mais baixos de preço e vender melhor, mesmo com preços competitivos. Agora, porém, acontece o contrário. Mercadorias compradas em preços mais altas perdem margem para serem vendidas em preços mais competitivos.
- As despesas VG&A (com vendas, gerais e administrativas) totalizaram R$ 1,4 bilhão no trimestre, alta de 34%, impulsionadas, segundo a companhia, pela expansão acelerada no Atacadão através de aberturas orgânicas e conversões de lojas.
- A receita líquida das operações de varejo do Carrefour foi de R$ 7,4 bilhões, com alta de 55%. A margem bruta da operação foi de 25,5%, alta de 1,7 ponto porcentual. Nesse caso, Murciano diz que, como a operação permite preços um pouco mais altos, a diminuição da pressão inflacionária ajuda a melhorar a margem dessa unidade de negócios. O Ebitda ajustado dessa área foi de R$ 281 milhões, alta de 15%.
- A empresa explica que a expansão orgânica do Grupo Carrefour Brasil continuou de acordo com o previsto no terceiro trimestre com abertura de 6 lojas de Cash & Carry no período.
- Ao longo do período, a companhia ainda converteu as 7 primeira lojas do Grupo BIG (4 Maxxi para Atacadão e 3 BIG para Carrefour). Até o mês de outubro, foram convertidas 15 lojas.
- Até dezembro deste ano, o Carrefour afirma que terá mais 91 lojas Cash & Carry, sendo 20 aberturas orgânicas, 58 Maxxi (4 lojas já convertidas) e 13 conversões do BIG Hiper.
- Entre julho e setembro, o Capex total foi de R$817 milhões. Isso representa um avanço de 28,8% na base anual.
- O Carrefour justifica que o resultado foi impulsionado pela expansão dos investimentos relativos à conversão das lojas do Grupo BIG (R$ 66 milhões no 3T22) e maiores investimentos em TI com a integração e contínua digitalização do Grupo Carrefour Brasil.
- Nesta quarta-feira (9), antes da publicação do balanço do terceiro trimestre, as ações do Carrefour recuaram 1,40%, a R$ 18,29.
- Apesar da queda recente, as ações do Carrefour seguem em alta neste ano. No acumulado anual, a valorização chega a 27,72% na bolsa de valores brasileira.
Do Banco do Brasil ao Carrefour, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.