O conselho de administração da B3 (B3SA3) aprovou o programa de recompra de ações da companhia, conforme anunciado em comunicado nesta quinta-feira (8).
Com o programa de recompra de ações da B3, o conselho autorizou a empresa a celebrar novos contratos de derivativos relacionados a ações de sua própria emissão, prática conhecida como equity swap.
O objetivo da B3 com o programa de recompra é a administração de sua estrutura de capital, combinando a recompras de ações e distribuições de proventos para trazer retorno aos seus acionistas.
O programa de recompra aprovado pelo conselho de administração B3 prevê que sejam adquiridas até 250 milhões de ações ordinárias da empresa.
Atualmente, a operadora de infraestrutura de mercado financeiro possui mais de 5,79 bilhões de ações em circulação, sendo 300 milhões de ações em tesouraria.
A companhia não estimou os impactos da negociação sobre a composição acionária ou sobre sua estrutura administrativa.
As ações da B3 adquiridas no programa de recompra serão canceladas ou utilizadas para a execução do plano de concessão de ações da empresa ou de outros planos aprovados em sua assembleia geral.
O prazo máximo para compra de ações da B3 no programa de recompra é de 365 dias corridos, contados a partir de 1 de março de 2023, tendo como termo final o dia 29 de fevereiro de 2024.
Apesar disso, cabe à Diretoria Executiva Financeira, Administrativa e de Relações com Investidores definir as datas em que a recompra será efetivamente executada.
Na lista de instituições financeiras que poderão atuar como intermediárias no programa de recompra de ações da B3 estão:
- Bradesco (BBDC4)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Credit Suisse Brasil
- Goldman Sachs do Brasil
- Itaú (ITUB4)
- JP Morgan
- Merril Lynch
- Morgan Stanley (MSBR34)
- UBS Brasil
- XP Investimentos
B3 estima desembolsos totais de até R$ 2,775 bilhões no ano de 2023
De acordo com as informações financeiras mais recentes da B3, relativas ao terceiro trimestre de 2022 (3T22), a empresa tinha reservas de capital no valor de R$ 7,9 bilhões.
A B3 também divulgou nesta quinta-feira as projeções em relação ao seu desempenho financeiro para 2023, prevendo desembolsos totais entre R$ 2,435 bilhões e R$ 2,775 bilhões.
Desse valor, a estimativa da B3 é de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,5 bilhão que devem ser destinados a despesas ajustadas no negócio principal.
Além disso, os investimentos da B3 no negócio principal devem totalizar entre R$ 180 milhões e 230 milhões.
O valor estimado que pode ser consumido por despesas com novos negócios é de R$ 595 milhões a R$ 665 milhões, além de R$ 20 milhões a 60 milhões em investimentos.
Para 2023, a estimativa de recursos que devem ser destinados a despesas relacionadas ao faturamento é de R$ 240 milhões a 320 milhões.
Outra estimativa da B3 é de que os valores para depreciação e amortização totalizem de R$ 975 milhões a R$ 1,055 bilhão, com a projeção de ter uma alavancagem financeira de 1,9 vez, resultante na divisão entre a dívida bruta da B3 e seu Ebitda recorrente.
A B3 também projeta distribuir de 110% a 140% do lucro líquido aos seus acionistas no ano que vem.
Fleury (FLRY3) aprova aumento de capital e anuncia venda da Papaiz para a Odontoprev (ODPV3)
- A Fleury (FLRY3) anunciou que o conselho de administração da companhia aprovou a homologação parcial do aumento de capital social, mediante emissão, para subscrição privada, no valor de R$ 847,2 milhões.
- Em razão do aumento de capital da Fleury, 49.059.216 novas ações ordinárias foram subscritas, sendo o montante total de emissão de R$ 847.252.660,32. Desse montante R$ 282.090.492,00 serão destinados ao capital social e R$ 565.162.168,32 à reserva de capital.
- Assim, o capital social da Fleury passou de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,7 bilhão, representado por 367.197.096 ações ordinárias.
- Além disso, a Fleury anunciou que realizou a venda de 51% da Papaiz, de diagnósticos odontológicos por imagem, para a Clidec, controlada pela Odontoprev (ODPV3), por meio de compra e venda de ações.
- O valor pago à Fleury pelo controle da Papaiz corresponde a R$ 19,2 milhões.
- Nos últimos 12 meses encerrados em outubro de 2022, a Papaiz totalizou receita líquida de R$ 29,5 milhões.
- A aquisição ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Fleury fecha contratos de energia renovável
- O Grupo Fleury fechou contratos de fornecimento de energia fotovoltaica para as suas unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo informações do Valor Econômico.
- O acordo de fornecimento de energia renovável da Fleury foi firmado com a Voltx Energia e prevê dez anos de parceria com 14% de desconto lastreado.
- As duas plantas no estado de SP, uma em Pirapora e a outra em Vargem Grande Paulista, ficaram prontas recentemente.
- No Rio de Janeiro, há uma fazenda solar. Um acordo com outras duas plantas deve ser assinado nos próximos dias, diz o Valor.
- As usinas em SP entraram em operação após trâmites de licença ambiental, parecer de acesso em áreas de concessão e implantação de placas fotovoltaicas da China, conta o o diretor de Expansão e Facilities da Fleury, Clóvis Porto ao jornal.
Gerdau (GGBR4): “não há planos de voltar a investir fora das Américas”, diz CEO
- A Gerdau (GGBR4) realiza hoje sua reunião anual pública com investidores e, em meio a apresentação de resultados e projeções, a companhia destacou que não há mais planos de investir fora do continente americano.
- “Desde 2015 montamos um programa de desinvestimento pragmático. Retiramos os nossos investimentos de países como Chile, Guatemala e Índia, pois não havia condições geográficas para aquelas instalações atraírem a rentabilidade esperada”, disse Guilherme Werneck, CEO da Gerdau.
- Werneck afirmou ainda que a companhia entrou em um “ciclo complicado”, fazendo referência às altas nas taxas de juros globais: “A empresa está muito saudável, austera e preparada mesmo para enfrentar ambientes mais complexos.”
- Recentemente, a Gerdau informou que vai investir até R$ 1,5 bilhão na geração de energia renovável.
- A companhia anunciou que sua controlada, a Gerdau Next, e o Fundo Newave Energia I Advisory (NW Capital), assinaram instrumentos vinculantes com a Newave, visando a aquisição de 30% da energia gerada pelos projetos detidos pela empresa e suas controladas, em regime de autoprodução.
- Além disso, o acordo assinado pela controlada da Gerdau prevê a subscrição de participação societária no capital social da Newave pela Gerdau Next e pelo NW Capital, nas proporções de 33,33% e 66,67%, respectivamente.
- A operação representa um investimento em desenvolvimento de projetos greenfield de geração de energia elétrica com capacidade de cerca de 2,5 Gigawatts (GW), de forma exclusiva de fonte solar ou eólica.
- A expectativa para o início da geração é nos anos 2025 e 2026, por meio de projetos brownfield e em atividades de comercialização de energia elétrica, tanto na modalidade varejista e direcional, como nas transações de pré-pagamento.
Petrobras (PETR4) amplia perdas após declarações de Mercadante sobre preço do combustível
- As ações da Petrobras (PETR4) fecharam em queda nesta quarta-feira (8). Em meio a uma semana volátil, com altas e baixas diárias, os papéis da petroleira caíram 2,41%, negociados a R$ 24,74. As baixas das ações da companhia, que operavam no negativo durante o dia, aumentaram após a fala do governo de transição sobre manutenção da desoneração dos impostos sobre os combustíveis.
- Segundo afirmou o coordenador dos Grupos Técnicos do gabinete de transição, Aloizio Mercadante, a decisão ainda não está definida e depende do preço internacional do petróleo, da dinâmica do câmbio e do ICMS.
- O ex-ministro destacou ainda que o preço internacional do petróleo tem caído e disse apostar em uma melhora no nível do câmbio a partir de janeiro para reduzir a pressão sobre os preços dos combustíveis.
- Ele também voltou a defender investimentos para aumentar a capacidade de refino da Petrobras, reduzindo assim a necessidade de importação de gasolina e diesel. “Tentaremos ‘abrasileirar’ preço do combustível no próximo governo”, afirmou.
- Na legislação atual, estão zeradas as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre os combustíveis. Além disso, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina também foi reduzida.
- “A discussão sobre (a lei que criou um teto para) o ICMS está no Supremo Tribunal Federal (STF) e vamos aguardar uma decisão se vai flexibilizar a tarifa ou não. Estamos bastante atentos a isso. A prorrogação da desoneração de PIS/Cofins sobre combustíveis também depende disso”, afirmou Mercadante, em entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).
- Caso a medida seja renovada em 2023, a renúncia fiscal seria de R$ 52 bilhões, por isso os integrantes do GT de Economia da transição já sinalizaram que a cobrança de PIS/Cofins deve retornar de forma gradual.
- “É um problema, porque a situação fiscal está muito difícil. O País está em colapso fiscal, Bolsonaro quebrou o Estado”, acrescentou, Mercadante hoje.
- O prazo de validade é 31 de dezembro e o gabinete de transição ainda não bateu o martelo sobre o fim da desoneração de impostos sobre a gasolina. Enquanto a nova gestão não tomar a decisão, os papéis da Petrobrás poderão seguir sendo afetados.
Direcional (DIRR3) aprova dividendos de R$ 104 milhões; veja valores
- A Direcional (DIRR3) pagará um volume total de R$ 104.289.634,40 em dividendos, segundo aviso aos acionistas divulgado hoje. Por ação, os dividendos intermediários serão de R$ 0,70 e devem ser pagos em 9 de janeiro.
- Apenas os investidores com ações da Direcional no dia 16 de dezembro poderão receber os dividendos. A partir do dia 19 de dezembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
Dividendos da Direcional (DIRR3)
- Valor total: R$ 104.289.634,40
- Valor por ação: R$ 0,70
- Data de corte: 16 de dezembro
- Data do pagamento: 9 de janeiro de 2023
- Rendimento (dividend yield) do pagamento: 3,24 %
- No pregão de hoje, a cotação das ações da Direcional caiu 2,09%, para R$ 14,49. Apesar disso, no ano, o papel acumula alta de 20,85%.
Dexco (DXCO3) anuncia dividendos de R$ 249 milhões; confira preço por ação
- O conselho de administração da Dexco (DXCO3) aprovou o pagamento de dividendos no valor total de R$ 249 milhões, conforme anunciado pela companhia nesta quinta-feira (8).
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,32721698168 e serão pagos no dia 30 de junho de 2023. Porém, considerando a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, o valor de juros líquidos será de R$ 0,27813443443 por ação. Serão excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
- Apenas os investidores com ações da Dexco em 14 de dezembro poderão receber os rendimentos. A partir dessa data, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
Dividendos da Dexco (DXCO3)
- Valor total: R$ 249.000.000,00
- Valor por ação: R$ 0,32721698168
- Data de corte: 14/12/2022
- Data do pagamento: 30/06/2023
- Rendimento (dividend yield): 17,12%
- No pregão de hoje, a cotação das ações da Dexco teve queda de 6,50%, a R$ 7,48. No ano, o papel acumula baixa de 51,24%.