O lucro líquido do Assaí Atacadista (ASAI3) subiu 76,3% no quarto trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período de 2020, somando R$ 527 milhões. No total do ano o lucro foi de R$ 1,6 bilhão, aumento de 61%.
“O lucro líquido reportado inclui créditos fiscais de R$ 241 milhões no trimestre e de R$ 470 milhões no ano. Desse montante, R$ 95 milhões são créditos de subvenção para investimentos recorrentes e referentes ao exercício de 2021. Excluindo o efeito dos créditos fiscais extemporâneos, o lucro líquido cresce 23,1% no acumulado do ano”, explicou o balanço do Assaí.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 3,3 bilhões ao longo de 2021, um avanço de 23%. No quarto trimestre, o avanço foi de 7,8%, registrando R$ 911 milhões. Segundo a companhia, a alta conversão de EBITDA em caixa operacional tem permitido o financiamento da expansão e o crescimento.
A receita líquida do Assaí atingiu patamares recordes no 4T21, totalizando R$ 11,6 bilhões, 8,1% acima do 4T20 e 44,5% superior ao 4T19. A companhia atribui à consistente performance das lojas abertas nos últimos 12 meses e aceleração das inaugurações no trimestre, com 21 novas lojas em relação às 9 aberturas realizadas no 4T20.
No ano, a receita líquida foi de R$ 41,8 bilhões, alta de 16,5%.
Por outro lado, a dívida do Assaí aumentou. A alavancagem (relação entre dívida líquida/EBITDA ajustado) da empresa registrou -1,91x ao final de 2021, ante o valor de -1,76x de 2020.
A companhia justificou o aumento da dívida por conta da “aceleração dos investimentos em expansão, que totalizaram mais de R$ 3 bilhões no ano, o equivalente a 1,1x EBITDA ajustado, incluindo desembolso parcial da aquisição de pontos comerciais do Extra Hiper“.
Além do Assaí, confira outros destaques desta segunda-feira:
Americanas (AMER3) perde R$ 1 bi em valor de mercado e desaba no Ibovespa hoje
- Após o site da Americanas (AMER3) ficar fora do ar por mais de 24 horas, as ações da empresa figuraram no ranking de quedas do Ibovespa hoje, fechando em queda de 6,61%, a R$ 31,49.
- O site do Submarino, controlado pela companhia, também estava fora do ar.
- Com a queda no site da Americanas, a empresa perdeu aproximadamente R$ 1,27 bilhão em valor de mercado nesta segunda-feira (21), montante total de R$ 28,64 bilhões. No último fechamento, na sexta-feira passada, o valor era de R$ 29,91 bilhões.
- A Americanas soltou dois comunicados, arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O primeiro foi divulgado na madrugada de sábado, quando a empresa informou que havia suspendido parte dos servidores, como prevenção, por causa de tentativa de acesso não autorizado à página da Americanas.
- No sábado, os sites Americanas e Submarino já tinham apresentado instabilidade, mas a operação foi retomada por volta das 15h.
- Na opinião da Ativa Investimentos, apesar da queda ser intensa no momento, a Americanas agiu positivamente com a situação e até então, não parece ter sofrido com vazamento de dados sensíveis.
- “Supondo que a Americanas consiga voltar para ficar 100% online, nós temos um upside bastante relevante para o papel”, afirma o analista de renda variável Felipe Vella, da Ativa Investimentos. “[A situação] é mais ruído de curto prazo. O papel marcou uma máxima de R$ 36,19, chegou a cair mais de 10% dessa nível por conta de tudo que aconteceu, mas a gente vê espaço de voltar ali para a casa de R$ 35 no curto prazo, caso não tenhamos novos desenrolares na história”.
- “A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”.
- O segundo comunicado foi pouco antes do início da tarde desta segunda, informando que “voltou a suspender proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce na madrugada deste domingo e acionou prontamente seus protocolos de resposta assim que identificou acesso não autorizado”.
- As lojas físicas da Americanas não tiveram suas atividade interrompidas e permanecem operando.
Movida (MOVI3) tem lucro líquido de R$ 276,7 mi no 4T21, alta de 99,5%, com demanda aquecida
- A Movida (MOVI3) registrou lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2021 de R$ 276,7 milhões, uma alta de 99,5% na comparação do mesmo período do ano passado. Também houve um aumento de 250%, de R$ 233,6 milhões em 2020 para R$ 819,4 milhões, no acumulado de 2021.
- Já a receita líquida consolidada registrada somou R$ 1,7 bilhão, valor recorde em um trimestre e avanço de 75,7% no ano a ano. No acumulado de 2021, o montante foi de R$ 5,3 bilhões, aumento de 30,5% em relação a 2020.
- Um destaque para o aumento do consolidado do balanço foi a receita líquida de locação de veículos, que totalizou R$ 932 milhões no 4T21, alta de 86,4% em relação ao 4T20.
- O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 776,6 milhões no trimestre, avanço de 154,4% frente ao mesmo período do ano passado. Do valor total, R$ 595,1 milhões vieram apenas de locação. Já a margem Ebitda sobre o valor consolidado foi de 44,6%, aumento de 13 pontos percentuais ante o quarto trimestre de 2020.
- Para os valores acumulados do ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,083 bilhões, elevação de 132,8% contra o total de 2020. A margem foi de 39,1%, crescimento de 17,2 p.p.
- O Retorno sobre Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) subiu 7,5 p.p. na comparação anual, para 15,3%. Já o Retorno sobre o Patrimônio (ROE, na sigla em inglês) avançou para 29%.
- “O ano de 2021 marcou o fim de uma fase de adaptação e desenvolvimento em função da pandemia, em que solidificamos ainda mais nossas bases com fundamentos perenes, nos deixando prontos para um novo ciclo de expansão”, diz o CEO da companhia, Renato Franklin, em mensagem da apresentação de resultados.
Marfrig (MRFG3) terá membros no conselho da BRF (BRFS3) e direitos de acionista
- A Marfrig (MRFG3) anunciou nesta segunda-feira (21) que o Conselho de Administração decidiu que a companhia vai exercer seus direitos de acionista para passar a influenciar na administração da BRF (BRFS3), com seus próprios representantes.
- Como a Marfrig tem uma fatia acionária de 33,25%, que vem aumentado desde o ano passado, não bate o patamar de 33,33%, o que obrigaria a empresa a fazer uma oferta de aquisição.
- A participação implica que a Marfrig poderia indicar a maior parte dos membros do conselho da BRF, um colegiado de dez integrantes. “O seu Conselho de Administração decidiu que a companhia deve exercer seus direitos de acionistas para passar a influenciar na administração da BRF. Em razão disso, a Marfrig, apresentará à BRF chapa de candidatos a serem indicados para o Conselho de Administração na próxima assembleia geral ordinária da BRF”, diz o texto do fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- A empresa precisa agora enviar uma proposta para a Assembleia Geral Ordinária da BRF com os nomes da chapa, com um mês de antecedência. A data para a assembleia de acionistas está marcada para o dia 28 de março.
- De acordo com Sérgio Berruezo, analista de Research da Ativa Investimentos, a postura da Marfrig vai em linha do esperado pela gestora, de que a empresa dificilmente manteria uma postura passiva na BRF já tão próxima da Assembleia Geral de Acionistas de 2022.
- “Recentemente, a Marfrig enfrentou oposição de outros acionistas da BRF em decisão relativa ao recente follow on da companhia, o que pode continuar a se repetir com a mudança de postura da Marfrig de acionista passivo para influenciador da gestão”, afirmou Berruezo.
- Também se inclui, na proposta, a aprovação das contas do ano passado e os candidatos a conselheiros para o próximo mandato de dois anos.
Hermes Pardini (PARD3) compra dez ativos da DaVita em SP
- O Instituto Hermes Pardini (PARD3) comunicou nesta segunda-feira (21) que celebrou o contrato de aquisição de ativos da empresa DaVita Serviços Médicos. Os valores da transação não foram divulgados.
- De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os ativos correspondem ao direito de utilização de 10 unidades da DaVita no estado de São Paulo, incluindo suas benfeitorias, equipamentos instalados para operação e realização de exames de análises clínicas, imagem, entre outros.
- O Hermes Pardini ressalta que na aquisição não foram incluídos qualquer marca do Grupo DaVita e contratos de credenciamento e de clientes.
- A empresa também destaca que a aquisição será mediante a compra da integralidade da participação societária controlada pela DaVita, que continua a deter a totalidade dos ativos até a data de fechamento da operação.
- O Hermes Pardini reafirma ainda que a compra das unidades faz parte da estratégia do grupo de aumentar sua presença e atuação em São Paulo. A companhia conta com sete unidades em funcionamento na capital e mais quatro em processo de reforma e que serão inauguradas na região metropolitana.
- “Ao longo do segundo semestre, com essa aquisição de ativos comunicada, mais dez unidades estarão em funcionamento nas regiões de Taboão da Serra, São Miguel, Santo Amaro, Freguesia do Ó, São Judas, Tatuapé, Guarulhos, Anália Franco, Lapa e Santa Cruz”, diz a nota.
- Por fim, a operação ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da companhia, assim como pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Mitre (MTRE3) vai pagar R$ 10,66 milhões em dividendos
- A construtora e incorporadora Mitre (MTRE3) vai pagar R$ 10,6 milhões em dividendos intercalares aos seus acionistas, informa fato relevante desta segunda-feira (21).
- O valor dos dividendos da Mitre será de R$ 0,10 por ação ordinária. O pagamento será em parcela única, no dia 16 de março de 2022.
- Apenas os investidores com posição comprada no dia 7 de março de 2022 terão direito a receber os dividendos da Mitre. As ações da Mitre passam a ser negociadas “ex-dividendos“, ou seja, sem direito aos proventos, a partir de 8 de março de 2022.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os dividendos intercalares da Mitre são relativos ao exercício social que se encerrou em 31 de dezembro de 2021.
- “Não haverá correção ou incidência de juros sobre o valor dos dividendos intercalares entre a data da declaração e a data do seu efetivo pagamento”, ressalta a empresa em documento.
Petrobras (PETR4): Lucro em 2021 deve renovar recorde
- O balanço da Petrobras (PETR4) será divulgado nesta quarta-feira (23), após o fechamento do mercado às 18h. A petroleira é hoje a segunda maior empresa aberta do Brasil e responde por uma participação de 11,54% no Ibovespa, somadas as ações ordinárias e preferenciais. Por isso, o mercado financeiro está de olho: o que esperar do balanço da Petrobras no quarto trimestre de 2021?
- Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (Ineep) o resultado da Petrobras no 4T21 deve marcar, com folga, novo recorde do lucro líquido anual em 2021.
- No cenário-base, a instituição projeta lucro líquido da Petrobras de R$ 27,7 bilhões no quarto trimestre de 2021, podendo variar entre R$ 24,2 bilhões e R$ 29,9 bilhões. Este resultado elevaria o acumulado no ano para 103,3 bilhões, no cenário-base, com margens entre R$ 99,7 bilhões e R$ 105,5 bilhões.
- Caso se confirme, seria um recorde na história da estatal, quase duas vezes e meia o maior lucro líquido anual da Petrobras já registrado, de R$ 40,14 bilhões, em 2019.
- Considerando trimestre a trimestre, entretanto, o lucro líquido do 4T21 deve ficar abaixo da máxima história e do comparativo anual: em 2020, após registrar prejuízo nos três primeiros trimestres do ano, a Petrobras auferiu lucro de R$ 59,89 bilhões no 4T20, quase o dobro das expectativas para o balanço desta quarta-feira.
- O Ineep também estimou o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no valor de R$ 60,0 bilhões e o fluxo de caixa livre de R$ 45,6 bilhões para o quarto trimestre de 2021.
- Conforme destaca, os resultados positivos estimados para a companhia em 2021 são fruto de três fatores principais: aumento das receitas de vendas no mercado interno, decorrente da alta do volume de vendas e, sobretudo, dos preços dos derivados, que seguem a atual política de preços de paridade de importação (PPI) da Petrobras; redução do custo de produção da companhia; e entrada de caixa com a venda de ativos de cerca de R$ 30 bilhões no ano.
Klabin (KLBN11) anuncia proposta de incorporação de subsidiárias
- A Klabin (KLBN11) anunciou nesta segunda-feira (21) que vai submeter aos seus acionistas, na Assembleia Geral Extraordinária em 23 de março, juntamente com a Assembleia Geral Ordinária deste ano (AGOE), a proposta de incorporação de duas de suas subsidiárias integrais: Klabin Florestal e Monterla Holdings.
- De acordo com fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as propostas de incorporação refletem “um esforço de simplificação e racionalização da estrutura societária da Klabin, com o objetivo principal de gerar ganhos de eficiência administrativa, financeira e operacional, além de prevenir despesas desnecessárias”.
- A Klabin diz que não vê riscos relevantes na transação, uma vez que o capital social dessas subsidiárias já é detida pela companhia – não há necessidade de modificações sobre o capital social após o fim da operação.
- Os custos e despesas da incorporação da Florestal são estimados em R$ 35,5 mil. Já os da incorporação da Morterla são estimados em R$ 37,5 mil.
Do Assaí a Klabin, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.