A Apple (AAPL34) informou que obteve um lucro líquido de US$ 30 bilhões no seu primeiro trimestre fiscal, equivalente aos três meses encerrados em dezembro de 2022. O resultado representa uma queda de 13% em relação a igual período do ano anterior. Por volta das 19h (de Brasília), as ações da empresa caiam 3,85% no after hours da Nasdaq, em Nova York.
Conforme o relatório divulgado hoje, foi registrado um ganho de US$ 1,88 por ação da Apple no período em questão. O valor ficou abaixo da projeção feita por analistas consultados pela FactSet, que previram ganhos de US$ 1,94.
Além disso, a receita da Apple no trimestre até dezembro foi de de US$ 117,2 bilhões — número que é 5% menor que o verificado um ano antes. As estimativas feitas por analistas sobre o montante era de US$ 121,4 bilhões, o que também frustrou os investidores.
Problemas na produção do iPhone
Questionado sobre os resultados obtidos no último trimestre de 2022, Tim Cook, CEO da Apple, atribuiu o desempenho aos desafios na cadeia produtiva. Além disso, o executivo apontou o ambiente macroeconômico incerto.
“Estimamos que teríamos crescido com o iPhone sem as restrições de oferta. A situação macroeconômica é mais difícil de estimar, mas é evidente, olhando para os números, que o vento estava desfavorável no trimestre”, afirmou em entrevista ao Dow Jones nesta quinta-feira.
Em novembro, a Apple já havia informado que esperava gargalos na produção do iPhone 14 Pro, diante do fechamento temporário de uma fábrica em Zhengzhou, na China, por conta de um surto de covid-19.
A Apple agora tem 2 bilhões de dispositivos ativos, um valor que a empresa chamou de “um marco significativo”. Cook disse que o crescimento internacional foi forte no trimestre, inclusive no Brasil, Índia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.
Com informações do Estadão Conteúdo
Além da Apple, confira outros destaques desta quinta-feira:
Alphabet (GOGL34), dona do Google, tem queda de 34% no lucro do 4T22 e receita frustra mercado
- A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, registrou US$ 13,624 bilhões de lucro líquido no quarto trimestre, queda anual de 34%, ou lucro ajustado por ação de US$ 1,05, abaixo da previsão de US$ 1,18 dos analistas ouvidos pelo FactSet. O resultado no 4T21 tinha sido de US$ 20,642 bilhões, ou US$ 1,53 por ação,
- Já a receita da controladora do Google ficou em US$ 76,04 bilhões, um crescimento de 1% na comparação anual, mas abaixo da expectativa do Factset de US$ 76,18 bilhões.
- Em seu balanço, a companhia de tecnologia também mostrava um recuo na receita com anúncios, de US$ 61,2 a US$ 59 bilhões. Especificamente, os anúncios do YouTube tiveram queda de US$ 8,633 bilhões a US$ 7,963 bilhões na mesma comparação anual.
- Dessa forma, após o balanço, a ação da companhia recuava 3,94% no after hours em Nova York, às 17h18 (de Brasília).
- A controladora do Google afirmou que assumiria um encargo entre US$ 1,9 bilhão e US$ 2,3 bilhões, principalmente no primeiro trimestre de 2023, relacionado às demissões de 12.000 funcionários anunciadas em janeiro, segundo informações da CNBC.
- A empresa espera concorrer em custos de cerca de US$ 500 milhões da redução do espaço de escritórios no 1T23 e alertou que outras cobranças imobiliárias são possíveis daqui em diante.
- O CFO Ruth Porat disse à CNBC que a big tech está diminuindo significativamente o ritmo de contratações em um esforço para oferecer um crescimento lucrativo de longo prazo. Além disso, “culpou” a desaceleração do YouTube em uma retração na publicidade planejada e “um cenário econômico desafiador”.
- No período, o Google Cloud arrecadou US$ 7,32 bilhões, menos do que o mercado antecipou, mas com ganho de US$ 5,54 bilhões contra o mesmo período do ano de 2022.
- Cotação
- Os BDRs da dona do Google subiram 6,29% nesta quinta-feira (2), cotadas a R$ 44,97. No after hours, em Nova York, a Alphabet já caía 4,7%, por volta das 20h20 de Brasília, a US$ 103.
- (Com informações do Estadão Conteúdo)
Via (VIIA3) sobe 3,4% e fica entre as maiores altas do Ibovespa. O que houve?
- Nesta quinta-feira (2), a Via (VIIA3) fechou entre as maiores altas do Ibovespa, principal índice da B3, subindo 3,4%, cotada a R$ 2,43. O Magazine Luiza (MGLU3) também avançou, em meio ao movimento de “fuga” de investidores da Americanas (AMER3).
- A ação do Magazine Luiza valorizou hoje 1,17%, cotada a R$ 4,34, enquanto os papéis da Americanas caíram 19,62% nesta quinta-feira, cotados a R$ 1,68.
- Outra noticia que impactou os papéis da Via hoje: o Banco Central (BC) autorizou um aumento de capital do BanQi, empresa de pagamentos da Via, de R$ 69,870 milhões para R$ 466,470 milhões, segundo informações do Valor Econômico desta quinta-feira (2).
- O aumento de capital da subsidiária da Via é de 567,6%, ou seja, quase sete vezes.
- A instituição de pagamentos foi autorizada a funcionar em setembro de 2021. No terceiro trimestre de 2022, a Via informou que o BanQi atingiu mais de 6 milhões de contas, aumento de 65% contra o 3T21.
- “O banQi continua em crescimento consistente e focado na inclusão financeira por meio de ofertas de produtos de crédito, além de conectado ao ecossistema Casas Bahia (lojas, e-commerce e marketplace)”, disse a Via no release de resultados. No período, o BanQi teve com um volume transacionado (TPV) de R$ 936 milhões.
- Cotação
- As ações da Via subiram 3,4% nesta quinta-feira (2). Nos últimos trinta dias, o ativo teve alta de 10,45%. Desde o início do ano, os papéis sobem 5,19%. Entretanto, nos últimos seis meses, caíram 7,25%. Nos últimos 12 meses, a ação recuou 45,76%.
- BTG: Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI34) devem crescer no digital, enquanto Via (VIIA3) pode cair no 4T22; veja a análise
- Às vésperas de mais uma temporada de balanços, o BTG Pactual (BPAC11) projeta um crescimento nas operações digitais do Magazine Luiza (MGLU3) e do Mercado Livre (MELI34). Na outra ponta, a Via (VIIA3) deve apresentar quedas em suas iniciativas virtuais.
- Segundo as estimativas dos analistas do BTG Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini, o GMV (volume bruto de mercadorias) do Magalu deve crescer 15% em comparação com o ano anterior, o que mostrará uma aceleração do índice em relação aos últimos trimestres.
- Movimentação similar também deve ocorrer na operação brasileira do Mercado Livre, com um crescimento do GMV de 19%, o que adiciona R$ 3,6 bilhões neste indicador da companhia argentina.
- No sentido oposto desse crescimento, a Via deve cair 4% neste indicador. “Esperamos que o GMV online combinado do setor cresça 7% a/a, versus crescimento de 3% a/a no 3T22”, projetam os analistas.
Amazon (AMZO34) tem queda de 98% no lucro do 4T22 e ação cai 5%
- A Amazon (AMZO34) registrou lucro líquido de US$ 278 milhões no quarto trimestre de 2022, uma queda de 99,8% em relação ao ganho de US$ 14,3 bilhões obtido em igual período de 2021. O número equivale a um lucro de US$ 0,03 por ação. Diante disso, os papéis da empresa tinham queda de 5,18% no after hours da Nasdaq, em Nova York, nesta quinta-feira (2).
- Por outro lado, as vendas líquidas da Amazon tiveram um crescimento de 9%, a US$ 149,2 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. O valor superou o guidance anunciado pela empresa no ao passado e acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 145,7 bilhões.
- No total anual, o prejuízo líquido da Amazon foi de US$ 2,7 bilhões em 2022, ou US$ 0,27 por ação, em 2022. Durante o período anterior, em 2021, a empresa obteve lucro líquido de US$ 33,4 bilhões, ou US$ 3,24.
- Veja como outros segmentos importantes da Amazon se saíram durante o trimestre:
- Amazon Web Services: US$ 21,4 bilhões contra US$ 21,87 bilhões esperados;
- Amazon Ads: US$ 11,56 bilhões contra US$ 11,38 bilhões esperados.
- Amazon planeja demitir 18 mil funcionários
- A Amazon planeja uma redução no quadro de funcionários que cortará 18 mil empregos em 2023. Caso seja concretizada, essa demissão em massa poderá ser a maior da história da Amazon e também a maior dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.
- A demissão em massa representa uma redução de cerca de 6% da mão de obra corporativa da Amazon, que soma cerca de 300 mil empregados
- Segundo o The Wall Street Journal, as demissões na Amazon também ficariam acima do que era esperado por analistas de mercado e pelos rumores que circularam na imprensa nos últimos meses.
- Em meados de novembro do ano passado, o The New York Times reportou que os planos da companhia eram de cortar 10 mil empregos.
- A Amazon é atualmente a segunda maior empregadora dos Estados Unidos. Se considerados todos os trabalhadores, a força de trabalho chega a 1,5 milhão de pessoas, deixando-a apenas atrás Walmart, que emprega 2,3 milhões, segundo dados da consultoria Statista.
- Com informações do Estadão Conteúdo
Magazine Luiza (MGLU3): analistas elevam preço-alvo e ações sobem
- O Goldman Sachs atualizou o preço-alvo para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) para R$ 4,30, antes em R$ 3,80. Os analistas têm recomendação “neutra” para o ativo. O relatório animou investidores e as ações da varejista fecharam em alta nesta quinta (2).
- Os especialistas explicam que atualizaram suas perspectivas sobre Magazine Luiza para incorporar premissas do setor de varejo e comentários da administração.
- Além do preço-alvo das ações do Magazine Luiza, aumentaram também a projeção das margens Ebitda para 2023 e 2024 em cerca de 35 pontos-base.
- Com o foco da administração em aumentar a lucratividade, esperam menores investimentos em margem bruta e melhor controle de despesas por parte da Magalu.
- Os analistas projetam um Ebitda ajustado (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,7 bilhões em 2023 e R$ 3,4 bilhões em 2024 para o Magazine Luiza, com respectivas margens de 6,7% e 7,6%. Além disso, estimam prejuízo líquido de R$ 138 milhões em 2023 e lucro líquido de R$ 530 milhões em 2024.
- O Goldman Sachs explica que a moderação da inflação contribuiu para uma “notável aceleração” do crescimento do salário real médio. Esse fator apoiou a confiança do consumidor.
- No entanto, a demanda de curto prazo do varejo discricionário provavelmente permanecerá fraca por
níveis altos de alavancagem, ou seja, endividamento, das famílias. - O varejo discricionário abrange itens de consumo cujas vendas são sensíveis a ciclos econômicos – por isso inclui o Magazine Luiza.
- “A demanda por bens duráveis parece ter atingido o fundo do poço, com feedback de varejistas líderes, Magalu e Via (VIIA3), sugerindo melhores tendências de demanda perto dos feriados, até por um compêndio pouco exigente e uma inflação mais branda na categoria”, explicam os analistas.
- No varejo, o Goldman Sachs possui recomendação de “compra” para as ações MELI do Mercado Livre (MELI34) listadas na Nasdaq, com preço-alvo de US$ 1,520.
- Os analistas também recomendam a compra da Petz (PETZ3) com o preço-alvo de R$ 9,10, antes em R$ 9,70, e da Arezzo (ARZZ3), com preço-alvo de R$ 126.
- Cotação do Magazine Luiza
- As ações do Magazine Luiza fecharam em alta de 1,17%, cotadas a R$ 4,34.
Itaú (ITUB4) deve ser banco com maior margem e menos afetado por Americanas (AMER3), diz Genial
- Com recomendação de compra, os analistas da Genial veem um trimestre positivo para o Itaú (ITUB4), que reporta seus dados referentes ao quarto trimestre de 2022 (4T22) na próxima terça-feira, dia 7 de fevereiro.
- A expectativa da casa é de que o lucro do Itaú seja de R$ 8,41 bilhões, ante um consenso de mercado de R$ 8,26 bilhões.
- O preço-alvo dos analistas é de R$ 32, ao passo que os papéis ITUB4 são negociados na casa dos R$ 25.
- A expectativa de que o banco siga com resultados em linha com o guidance e “sem grandes surpresas”.
- “Esperamos que a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) finalize o 4T22 em R$ 8,4 bi – sem a Americanas (AMER3) – e a inadimplência cresça gradualmente t/t devido à piora natural do ciclo de crédito, embora mais tênue que seus pares privados com a menor representatividade em pessoa física e com um mix maior em alta renda, menos afetada pela piora macroeconômica. Esperamos ainda que a tesouraria continue gerando resultados positivos em função do hedge (proteção) realizada contra os juros elevados”, dizem os especialistas da Genial.
- Sobre o efeito da Americanas no balanço do banco, a Genial destaca que o banco tem uma exposição de R$ 2,8 bilhões às dívidas da varejista, sendo uma cifra de cerca de 1% do patrimônio líquido após impostos. Esse patamar é considerado bem menor do que o de outros bancos privados.
- “Importante destacar que ainda não consideramos o impacto do efeito Americanas em nossas projeções, já que ainda não temos visibilidade se o banco provisionará perdas no 4T22, 1T23 ou ao longo de 2023. Também não sabemos qual o volume de provisionamento que irão realizar. Portanto, decidimos por manter nossas estimativas sem as perdas com a varejista, mas realizamos uma simulação para o investidor entender qual pode ser o tamanho do impacto no banco”, destaca a Genial.
- Margem maior do Itaú
- A expectativa é de que a margem com clientes do banco siga forte, com a reprecificação da carteira atual, representando um crescimento de 22% no 4T22 comparado com igual etapa do ano anterior.
- “Para a margem com mercado (NII, ou margem financeira bruta) esperamos que venha em linha com os trimestres passados no valor de R$ 750 mi no 4T22, finalizando o ano de 2022 com o montante de R$ 2,9 bilhões, mas ainda positivo, contrastando com perdas em Santander e Bradesco”, diz a Genial.
- “Esperamos que o Itaú tenha um resultado melhor nesta frente do que seus rivais privados devido sua estrutura de hedge (proteção) que o banco realizou contra os juros elevados. Acreditamos também que o banco continuará se beneficiando desta proteção para 2023 com nossa expectativa de taxa Selic mais elevada em relação as projeções do mercado”, completa.
- Desempenho de ITUB4
- No acumulado de 2023 até então, as ações do Itaú sobem 3,5%. Em uma janela maior, de 12 meses, os papéis sobem 1%.
- Segundo dados do Status Invest, a companhia pagou dividendos de R$ 1,01 por ação preferencial. Assim, o Itaú mostra um dividend yield (DY) de 4%.
Da Apple a Itaú, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.