Radar: Petrobras (PETR4) cria Diretoria de Transição Energética, Vamos (VAMO3) compra Tietê Veículos e Americanas (AMER3) tem vitória contra bancos
A Petrobras (PETR4) anunciou na noite desta quinta (6) a proposta oficial da criação da Diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis, que ficará sob o comando de Maurício Tolmasquim, atual assessor da presidência da estatal. Segundo comunicado, a diretoria executiva, em reunião, aprovou a proposta de ajuste organizacional, que será submetida ao conselho de administração.
Segundo a estatal, a proposta visa três objetivos:
- (i) preparar a companhia para a transição energética com a criação de Diretoria Executiva focada no tema;
- (ii) reunir as atividades de engenharia, tecnologia e inovação, fortalecendo a área de desenvolvimento de projetos com os esforços de pesquisa e desenvolvimento;
- (iii) concentrar atividades corporativas em uma área voltada à gestão da companhia, fortalecendo sinergias entre os processos.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicou Tolmasquim para encabeçar a nova diretoria, que coordenará as atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade e incorporará as atividades comerciais de gás natural.
“O presente ajuste organizacional não altera o número atual das Diretorias e não gera aumento de custos para a Petrobras”, destaca o comunicado.
Além da Petrobras , confira outros destaques desta quinta-feira:
Vamos (VAMO3) compra Tietê Veículos e é a preferida do setor para a XP
- O Grupo Vamos (VAMO3) anunciou nesta quinta (6) a compra de 100% da Tietê Veículos por meio da Transrio, sua subsidiária integral. A transação, que culminou com a aquisição de 100% das quotas de emissão da Tietê, custou R$ 331 milhões de Equity Value.
- Segundo o comunicado, o pagamento será realizado em duas modalidades: R$ 174,7 milhões à vista, enquanto o restante do valor será parcelado — R$ 87,4 milhões quitados no primeiro aniversário da transação e outros R$ 69,4 milhões, no segundo aniversário da operação.
- Agora que a Vamos comprou a Tietê, sexta aquisição desde que fez o IPO (Oferta Inicial de Ações), o grupo se consolida como a maior rede de concessionárias de caminhões e ônibus (Volkswagen/MAN) do Brasil, graças à adição das lojas das cidades de São Paulo, Campinas e Guarulhos.
XP: favorita no setor de Transportes
- Diante do anúncio de hoje, a XP Investimentos vê a compra da Tietê pela Vamos como positiva e em linha com a estratégia ativa de M&A do grupo, em complemento ao crescimento orgânico nas concessionárias.
- Nesta transação, os analistas destacam os seguintes pontos:
- reforço da posição de liderança como a maior concessionária de ônibus e caminhões Volkswagen/Man do Brasil (fortalecendo ainda mais o relacionamento com a montadora);
- a alavancagem permanece praticamente inalterada em 3,1x dívida líquida/EBITDA (a Tietê Veículos tem caixa líquido e o pagamento da aquisição será parcelado);
- múltiplos da transações são positivos (EV/EBITDA de 5x versus 10x para Vamos e P/L de 9x versus 16x para Vamos).
- “Vemos os múltiplos de aquisição como positivos. Acreditamos que a posição de alavancagem da Vamos não mudará significativamente após a transação. Reiteramos a opinião positiva sobre o Vamos — nossa favorita no setor de Transportes”, afirmam Pedro Bruno e Matheus Sant’anna.
Americanas (AMER3) tem vitória judicial em guerra contra bancos; saiba qual
- Em mais um capítulo da guerra judicial entre Americanas (AMER3) e bancos, a varejista conseguiu uma nova vitória judicial. De acordo com informações divulgadas nesta quinta (6), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) suspendeu os efeitos do acórdão que colocava o dia 19 de janeiro como a data de início da suspensão das ações e execuções contra a varejista.
- A questão das datas está alinhada com a proteção jurídica conquistada no início da crise da Americanas, em janeiro. Assim, desde o dia 13 de janeiro, a empresa estava “blindada” dos credores.
- Porém, no mês passado, a 18º Câmara de Direito Privado do TJ-RJ declarou nulidade da decisão do dia 13. Assim, os bancos que bloquearam recursos antes do dia 19 de janeiro eram os vencedores desta batalha Com a decisão do desembargador Maldonado de Carvalho, publicada na quarta (5), o dia 13 volta a ser o início da proteção.
- Segundo o magistrado, não devem ser bloqueados “valores que tenham sido determinados em razão da anulação decretada pelo acórdão recorrido, com a imediata expedição de ofício ao juízo de primeiro grau e também para o Banco do Brasil, informando o deferimento da liminar”.
Votorantim planeja investir R$ 5,5 bilhões para se tornar mais competitiva
- A Votorantim estima investimentos na ordem de R$ 5,5 bilhões em 2023. O foco do conglomerado será consolidar os negócios agregados mais recentemente à holding, bem como modernizar as atividades mais antigas. Vale lembrar que, em 2022, o grupo já havia realizado investimentos de R$ 5,8 bilhões.
- “Teremos aportes para modernização das unidades consolidadas em busca de mais competitividade. Aí são investimentos já programados. Mas também teremos investimentos nos novos negócios, inorgânicos”, disse o presidente da Votorantim, João Schmidt, em entrevista ao Estadão.
- “Nós já fizemos movimentos ao longo de 2021 e 2022 que levaram à criação de várias plataformas de negócios e agora em 2023 vamos fazer a consolidação, explorando as oportunidades. Será um ano de consolidação e de novos investimentos”, complementa.
- A holding da Votorantim atua nos segmentos de materiais de construção, financeiro, alumínio, energia limpa e renovável, mineração e metalurgia, suco de laranja, aços longos, imobiliário e infraestrutura.
Dividendos de bancos: quem pagará os maiores rendimentos em 2023?
- Especialistas da XP dizem que o Banco do Brasil (BBAS3) deve seguir como o banco que mais pagará dividendos aos seus acionistas no ano de 2023 e também no ano de 2024.
- A expectativa da casa é de que os dividendos do Banco do Brasil representem um dividend yield (DY) de 11,6% neste ano e de 12,2% no ano de 2024.
- Logo em seguida, segue o Banrisul (BRSR6), com projeção de 7,3% neste ano, ao passo que no ano de 2024 a expectativa é de 10,1% de DY.
- Estes, segundo a XP, devem ser os únicos dividendos de bancos que devem representar um DY de dois dígitos.
- A novidade é que o Nubank pode pagar dividendos, segundo a XP. A projeção da casa é de que o banco passe a distribuir proventos, mas ainda siga com um DY relativamente baixo.
- A estimativa é de 1,2% de yield para 2024. Ainda assim, o patamar fica acima de outros players do setor como o BR Partners (BRBI11).
Do Petrobras a Americanas, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.