Radar: Americanas (AMER3) quer aumento de capital, Telefônica (VIVT3) anuncia JCP milionário e Aegea, da Itaúsa (ITSA4), liquida R$ 2,6 bi em debêntures

Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, apresentou uma proposta aos seus credores. A varejista fez uma nova reunião com bancos nesta terça-feira, 10, e manteve a capitalização de R$ 12 bilhões da dívida da empresa, segundo informações divulgadas em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na tarde de hoje.

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Nesta terça-feira (10) a varejista deu detalhes sobre seus planos, que incluem emissão de nova dívida e um aumento de capital de R$ 12 bilhões – DIP (“debtor-in-possession”, na sigla em inglês) já aportado e comunicado pela Americanas.

Além disso, os planos da companhia também contemplam uma capitalização de dívida concursal por parte dos credores, com R$ 8,7 bilhões em dinheiro dedicados à recompra antecipada de dívida concursal com desconto.

“A proposta continua ainda a contar com a previsão de pagamento integral das Classes I e IV e alternativas de pagamento diferenciada para nossos fornecedores, substancialmente nos termos publicados na versão do Plano de Recuperação Judicial protocolado com o juízo da Recuperação Judicial em 20 de março de 2023″, diz o fato relevante da companhia.

A Americanas ainda afirma que a proposta continua a contar com a previsão de pagamento integral das Classes I e IV e alternativas de pagamento diferenciada aos fornecedores.

Além de Americanas, confira outros destaques desta terça-feira:

Telefônica (VIVT3) anuncia JCP de R$ 150 milhões; veja quem tem direito e quando serão pagos

  • Conforme comunicado pela Telefônica nesta terça-feira (10), está prevista a retenção de imposto de renda na fonte de 15% sobre o valor total, resultando em um montante líquido de R$ 127,5 milhões.
  • Os JCP da Telefônica têm o valor de R$ 0,09054928471 por ação, ou R$ 0,07696689200 por ação já descontado o imposto de renda.
  • O montante declarado tem como base o balanço patrimonial de 31 de agosto de 2023, e será imputado ao dividendo obrigatório do exercício social que se encerra em 31 de dezembro deste ano.
  • O pagamento dos juros sobre capital próprio da Telefônica será realizado em 30 de abril de 2024, mas apenas aos acionistas que detiverem ações da empresa até o encerramento do pregão do dia 23 de outubro de 2023.
  • A partir do dia 24 de outubro, as ações da Telefônica que forem adquiridas não terão direito ao recebimento de proventos.

JCP da Telefônica

  • Valor: R$ 150.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,09054928471
  • Valor líquido por ação: R$ 0,07696689200
  • Data de corte: 23 de outubro de 2023
  • Data de pagamento: 30 de abril de 2024
  • Vale destacar que os valores por ação ainda poderão sofrer mudanças, considerando a base acionária da Telefônica em 23 de outubro de 2023. Esses ajustes poderão acontecer em razão de possíveis aquisições de ações dentro do programa de recompra.
  • Os investidores que forem imunes ou isentos do imposto de renda devem provar essa condição até o dia 27 de outubro de 2023, juntamente ao departamento de ações e custódia do Bradesco, que é a instituição depositária de ações escriturais.

Rumo (RAIL3): banco recomenda compra após volume recorde em setembro; ações disparam

  • Em setembro, a Rumo (RAIL3) reportou um novo recorde de volume transportado, superando em 3% as estimativas do Santander. Em relatório, o banco tem recomendação outperform, equivalente a compra, para as ações da Rumo. Hoje, as ações da empresa registram alta de quase 4% no Ibovespa, repercutindo o relatórios dos analistas. 
  • “A tendência de crescimento de volume reflete os esforços da administração para superar atos de vandalismo e roubo de carga, que ainda afetam as operações, mas com menos frequência”, afirma o banco. 
  • No mês passado, a Rumo transportou 7,3 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU), alta de 12% em relação ao ano anterior e de 3,3% em comparação a agosto. 
  • Os números da Rumo foram impulsionados por um crescimento de 15% nas operações na região norte, compensando parcialmente uma queda de 1% das operações do sul. 
  • Segundo analistas, os dados da Rumo indicam uma demanda robusta por logística de exportação de grãos, que pode continuar nos próximos meses devido à safra de milho que deve ser recorde. 
  • “Espera-se que o preço das ações da Rumo reaja positivamente a esses volumes”, afirma a equipe do Santander. 
  • Diante disso, o banco recomenda compra dos papéis da Rumo, com preço-alvo de R$ 32. Nesta terça (10), as ações da empresa fecharam em alta de 3,90%.

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Santander (SANB11) vai pagar R$ 1,5 bilhão em dividendos e JCP; veja o valor por ação

  • Conforme comunicado pelo Santander nesta terça-feira (10), serão R$ 380 milhões distribuídos em dividendos e mais R$ 1,120 bilhão em JCP.
  • No caso dos juros sobre capital próprio do Santander, será deduzido o valor referente ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), resultando em um montante líquido de R$ 952 milhões que será efetivamente “entregue” aos investidores.
  • Os dividendos e JCP do Santander vão ser pagos em 10 de novembro de 2023. Os valores serão totalmente imputados aos dividendos obrigatórios referentes ao exercício de 2023, e não está prevista qualquer remuneração de atualização monetária.
  • Os investidores com direito a receber os proventos do Santander são aqueles que estiverem inscritos nos registros da companhia no final do dia 19 de outubro. As ações adquiridas a partir de 20 de outubro não terão mais direito aos dividendos e JCP.

Aegea, da Itaúsa (ITSA4), liquida R$ 2,6 bilhões em debêntures

  • A Aegea Saneamento, que integra o portfólio da Itaúsa (ITSA4), comunicou nesta terça-feira (10) a liquidação financeira da 18ª emissão de debêntures simples, totalizando R$ 2,68 bilhões.
  • Cada debênture da Aegea custa R$ 1 mil. Esses títulos da controlada da Itaúsa têm vencimento em janeiro de 2031.
  • “Os recursos captados pela Companhia por meio da emissão das Debêntures serão destinados exclusivamente para o pagamento futuro ou o reembolso de gastos, despesas ou dívidas que ocorreram em prazo igual ou inferior a 24 (vinte e quatro) meses contados da data de divulgação do Anúncio de Encerramento da Oferta e sejam relacionados aos projetos de investimento descritos na Escritura da Emissão das Debêntures”, diz o fato relevante da companhia.

Guerra em Israel: 3 setores são mais impactados na economia pelo conflito com o Hamas, segundo especialistas

  • Os olhos do mundo no momento estão direcionados para a Guerra em Israel com o Hamas. Após um ataque do grupo extremista que surpreendeu o exército israelense, o conflito já soma cerca de 1,8 mil mortos das duas nações.
  • O Suno Notícias falou com especialista de economia, mercado financeiro e relações internacionais para entender como o evento pode abalar os setores econômicos e o bolso do investidor.

Guerra em Israel deverá impactar o preço do barril de petróleo e ações da Petrobras (PETR4)?

  • De acordo com os especialistas ouvidos pelo Suno Notícias, a principal preocupação do mercado neste momento é com o preço do barril de petróleo. Na segunda-feira (9), a cotação do Brent chegou a ter uma alta de 4%, refletindo o estresse econômico provocado pelos conflitos na região próxima de nações exportadoras da commodity. Hoje a commodity devolveu os ganhos e fechou em baixa.
  • “A boa notícia é que os dois países envolvidos não são grandes exportadores de petróleo. Se começarmos a ver o envolvimento de outros países, como a Arábia Saudita, Irã e outros, aí o preço poderá tornar a subir,” explicou o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.
  • O diretor de research e sócio da Quantzed, Leandor Petrokas ainda ressalta que a cotação da commodity é diretamente afetada pelo conflito da região. “Logo na abertura da segunda-feira (9), as ações do setor abriram subindo com a forte alta do preço do petróleo lá fora.”
  • Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR4), também falou sobre o impacto que a guerra em Israel poderia ter sobre o preço dos combustíveis e nas ações da companhia. Segundo ele, será possível ver um aumento na volatilidade e a decisão sobre um possível reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil, caso haja uma elevação nos derivados em decorrência do cenário internacional, depende do comportamento de cada um, entre eles, a gasolina e, principalmente, o diesel.

Da Americanas ao Rumo, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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