A Ambev (ABEV3) deve ter um ano favorável em 2023 com um provável aumento na demanda por bebidas alcoólicas e esperada redução da pressão de custos, que trarão melhores margens para a companhia, segundo analistas.
Diante desta ótica favorável, a XP Investimentos tem recomendação de “compra” para a ação da Ambev, com o preço-alvo de R$ 18,10. O Credit Suisse também conferiu recomendação de “compra” para o ativo.
Previsão para Ambev em 2023
A demanda para as bebidas da Ambev deve melhorar em 2023, que aumenta com o Carnaval, logo no primeiro trimestre. O feriado deve ser mais forte no período em função do ciclo fechado da pandemia. Além disso, há o auxílio governamental, que deve ser aprovado no próximo ano, impulsionando o consumo dos brasileiros.
A XP aguarda:
a retomada de consumo em bares e restaurantes,
melhora do mix de embalagem para o maior para uso de embalagem retornável,
menor pressão de custos do lado das commodities e
um câmbio que está se demonstrando menor do que o de 2022.
O Credit Suisse observa o desempenho resiliente de receita da Ambev, aliado a essa redução de pressão de custos dos insumos,
regulados pelos preços internacionais das commodities.
Todos estes fatores podem se traduzir em melhores margens da Ambev em 2023, parte por um custo menor e por uma captura de valor via portfólio de outras estratégias maiores, diz Leonardo Alencar, especialista da XP.
As margens são, em suma, a porcentagem de lucro em relação às receitas da companhia. Menores custos rendem maiores margens lucrativas.
Analistas do Credit Suisse observam que os preços fortes do segmento de bebidas podem apoiar a oportunidade de recuperar as margens da Ambev em aproximadamente 31% em 2023.
“Deveria ser um processo de descompressão de margens e captura de valor, seja por portfólio ou por mix de embalagem, até para ocasiões de consumo. É um ambiente muito propício à abertura de margens da Ambev,” destaca Leonardo Alencar, da XP.
O Itaú BBA também enxerga a redução de custos da Ambev e melhora nas margens, embora se mantenha conservador, com recomendação “neutra” para a Ambev, pela “falta de visibilidade” da América do Sul na companhia, pressionando o resultado.
Ação em 2022
As ações da Ambev caem cerca 5% desde o início de 2022 e 7,15% nos últimos 30 dias. Nesta terça-feira (20) os papéis recuam 0,20%, cotados a R$ 14,54. Veja o comportamento dos ativos nos último doze meses, de acordo com o Status Invest.
IRB Brasil (IRBR3): Credit Suisse e Santander passam facão no preço-alvo do papel
Os dias seguem difíceis para o IRB Brasil (IRBR3). O Santander e o Credit Suisse amolaram seus facões, que estão sendo utilizados para cortes no preço-alvo das ações da resseguradora. No caso do banco suíço, a queda chegou a quase 80%.
Em relatório divulgado nesta terça (20), os analistas do Credit Suisse reduziram o preço-alvo do IRB de R$ 3,35 para R$ 0,70, recuo de 79%. O papel seguiu sendo classificado como underperform (equivalente à venda).
Para os analistas do Credit Marcelo Telles e Daniel Vaz, mesmo com os esforços da administração, ainda existe um “cenário desafiador para o core business do IRB, com espaço limitado para crescer ou mesmo para absorver novas perdas líquidas potenciais”.
Na visão deles, o prejuízo líquido da resseguradora será de R$ 764 milhões em 2022, e de R$ 113 milhões em 2023. Antes, as estimativas eram de prejuízo líquido de R$ 29 milhões neste ano, e de lucro líquido de R$ 226 milhões no próximo ano. Além disso, o Credit Suisse encerrou a sua cobertura sobre o IRB Brasil.
No Santander, o corte foi de 30%, rebaixando o preço-alvo de R$ 1,20 para R$ 0,80.
“Agora acreditamos que o turnaround da empresa deve demorar mais para se concretizar do que esperávamos anteriormente”, destacaram os analistas do Santander Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Souza.
O corte no preço-alvo também é justificado por uma redução na projeção do retorno sobre patrimônio (ROE) para 2023, que diminuiu de 12% para 9%.
Na visão desses especialistas, o índice de sinistralidade do IRB seguirá mais alto, o que afetará os resultados e a lucratividade geral da empresa. Por isso, eles continuam “cautelosos e reiteramos nossa recomendação de manutenção”.
IRB Brasil hoje
Por volta do 12h30, as ações do IRB Brasil operavam em alta de 6,49%, ao preço de R$ 0,82, de acordo com os dados da plataforma Status Invest.
Movida (MOVI3) aprova JCP de R$ 54,9 milhões; confira valores por ação
A Movida (MOVI3) aprovou o pagamento de R$ 54,9 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira (20).
O valor dos proventos por ação da MOVI3 será de R$ 0,15 que devem ser pagos em 5 de abril de 2023. Apenas os investidores com papéis da Movida no dia 26 de dezembro terão direito de receber os rendimentos.
A partir do dia 27 de dezembro de 2022, as ações serão negociadas sem direito aos proventos da Movida. Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o pagamento faz parte dos resultados do segundo semestre de 2022, apurados até 31 de dezembro.
JCP da Movida (MOVI3)
Valor total: R$ 54.900.000,00
Valor por ação: R$ 0,151804654
Data de corte: 26 de dezembro de 2022
Data do pagamento: 5 de abril de 2023
Movida tem lucro no 3T22 abaixo da estimativa, diz XP
No terceiro trimestre, a Movida registrou um lucro líquido de R$ 93,7 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o valor diminuiu 63,9%. Além disso, o lucro reportado no período veio 30% abaixo do esperado pelos analistas da XP.
Na interpretação dos analistas, os números da Movida no 3T22 foram considerados “fracos” em função de alguns fatores. O primeiro foi a redução acentuada na margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de Seminovos “conforme as vendas de carros se normalizam”. No terceiro trimestre, esta margem foi de 9,7% ante 16,7% no segundo trimestre.
O segundo motivo foi a depreciação maior do que o previsto no rent-a-car, ou RaC, na sigla em inglês (R$ 8.200/carro, o que representa um aumento de 63% na comparação anual). Já o terceiro fator comentado pela XP foram os custos financeiros em ascensão, Neste caso, houve uma alta de 30% na base trimestral.
Segundo a Movida, a queda do lucro líquido entre julho e setembro foi afetada pelo aumento contínuo da taxa de juros. Isso resultou em crescimento das despesas financeiras líquidas.
Cotação
As ações da Movida fecharam o pregão desta terça-feira com alta de 4,65%, negociadas a R$ 7,65. Nos últimos doze meses, o papel teve desvalorização de 51,46%.
Dasa (DASA3) pagará R$ 54 milhões em JCP; confira o valor por ação
A Dasa (DASA3) vai pagar R$ 54 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira (20).
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,096, que serão pagos até 31 de dezembro de 2023, em data a ser definida pela administração.
Apenas os investidores com ações da Dasa no dia 26 de dezembro de 2022 terão direito de receber os rendimentos. A partir de 27 de dezembro de 2022, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos da Dasa.
O valor dos JCP da Dasa terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%.
JCP da Dasa
Valor total: R$ 54.121.321,36
Valor por ação: R$ 0,09687061422
Data de corte: 26 de dezembro de 2022
Data do pagamento: até 31 de dezembro de 2023
Rendimento (dividend yield): 2,36%
Mais dividendos da companhia
No início do mês, a Dasa também divulgou que irá pagar R$ 165 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas no dia 22 de dezembro.
A empresa de serviços médicos e de análises clínicas anunciou o pagamento do provento em 21 de dezembro de 2021 e adiou a remuneração em março deste ano, para ser paga até o dia 31 de dezembro.
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,30.
Apenas os investidores com ações da Dasa no dia 27 de dezembro de 2021 têm direito de receber os rendimentos. A partir do dia 28 de dezembro de 2021, as ações foram negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.
JCP da Dasa
Valor total: R$ 165.044.010,00
Valor por ação: R$ 0,30124582748
Data de corte: 27 de dezembro de 2021
Data do pagamento: 22 de dezembro de 2022
Cotação
No pregão de hoje, a cotação das ações da Dasa subia 4,13%, cotada a R$ 13,11, às 17h.
Petrobras (PETR4): Multinacionais devolverão quase R$ 1 bi por casos de corrupção
As multinacionais Keppel Offshore & Marine e UOP LLC assinaram acordos de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) por terem praticados ilícitos na Petrobras (PETR4). Segundo informações divulgadas na segunda (19), as companhias internacionais devolverão quase R$ 1 bilhão por causa dos crimes.
A Keppel se comprometeu a pagar R$ 343,5 milhões aos cofres da União. A empresa reconheceu que um ex-consultor no Brasil teria pago propinas, entre 2001 e 2014, em troca de contratos com a Petrobras. A empresa já havia pago R$ 880 milhões em acordos fechados anteriormente.
“Além da colaboração com as informações que detém sobre os atos ilícitos, a companhia se comprometeu a manter a colaboração com as investigações e a aperfeiçoar seu programa de integridade”, diz o comunicado divulgado pela CGU.
Compliance denuncia ilícitos na Petrobras
O acordo com a UOP LLC prevê o pagamento de R$ 456,3 milhões diretamente à Petrobras, a título de reparação de danos e devolução de lucros, e de mais R$ 181,7 milhões em multas, que irão para o caixa da União.
A negociação foi feita a partir de informações prestadas espontaneamente pela empresa em 2019, após uma investigação interna do departamento de compliance. A companhia também fechou acordo com as autoridades americanas.
A força-tarefa do MPF, da AGU e da Controladoria que ajustou o acordo com a multinacional não divulgou o período em que teriam ocorrido as irregularidades.
“Por meio do acordo, a empresa se comprometeu a colaborar de forma ampla e integral com as investigações, fornecer provas, promover o ressarcimento de valores e pagar multas em relação a crimes e infrações cometidas no Brasil e nos Estados Unidos. As autoridades reconheceram a qualidade do programa de conformidade da empresa, que se comprometeu a continuar a aprimorá-lo”, informou o MPF.
As ações da Petrobras fecharam o pregão de segunda (19) em alta de 1,5%, operadas por R$ 22,38, segundo dados do Status Invest.
Com informações do Estadão Conteúdo