Radar: Amazon (AMZO34) dobra lucro no 4T21, BB (BBAS3) fecha acordo e privatização da Eletrobras (ELET3) corre risco

Amazon (AMZO34) divulgou nesta quinta-feira (3) os resultados do quarto trimestre de 2021 e impressionou com os ganhos do seu investimento na empresa de veículos elétricos Rivian. Além disso, a receita de sua subsidiária Amazon Web Services (AWS) disparou no período de outubro a dezembro e a empresa anunciou aumento no preço da assinatura do serviço Prime.

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Às 19h04 (horário de Brasília), as ações da Amazon subiam 17% no mercado after hours de Nova York, avaliadas em US$ 2.776,91.

A empresa registrou lucro líquido de US$ 14,3 bilhões no quarto trimestre de 2021, dobrando os ganhos apresentados no mesmo período do ano passado, quando registrou US$ 7,22 bilhões de lucro.

lucro por ação da Amazon foi de US$ 27,75 contra US$ 14,09 no 4T20.

A receita, por sua vez, ficou em US$ 137,4 bilhões, avanço de 9% na comparação anual. O consenso Refinitiv com analistas indicava US$ 137,6 bilhões em receita para a empresa de Jeff Bezos.

Em nota aos investidores, a Amazon destaca que o lucro líquido do 4T21 incluiu ganhos financeiros da oferta pública inicial de ações (IPO) da Rivian Automotive, feita em novembro. O montante registrado foi de US$ 11,8 bilhões.

A Amazon, que investiu mais de US$ 1,3 bilhão na Rivian, possuía 22,4% das ações Classe A da empresa antes do IPO.

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Além de Amazon, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta quinta:

Banco do Brasil (BBAS3) fecha acordo com plataforma de seguros Ciclic

  • Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta quinta-feira (3) a formalização de um acordo de parceria com a plataforma de seguros Ciclic para vender produtos chamados “pacotes de proteção” aos clientes do banco.
  • De acordo com a companhia, a remuneração da Ciclic será feita por meio do compartilhamento de receitas do programa de relacionamento, correspondendo a um valor por cliente ativo.
  • “Ao Banco do Brasil caberá, entre outras obrigações, o repasse mensal dos valores devidos à Ciclic, após apuração da base de clientes ativos do Programa de Relacionamento”, diz o banco, em fato relevante enviada à CVM.
  • O comunicado informa ainda que a BB Corretora será responsável pela disponibilização de benefício aos clientes do programa que contratarem ou renovarem seguros de vida ou residenciais comercializados pela Ciclic.
  • O acordo tem vigência de cinco anos.

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Oi (OIBR3) avalia realizar grupamento de ações para cotação ficar acima de R$ 1

  • Oi (OIBR3), em resposta a um ofício da B3 (B3SA3), divulgou os procedimentos e cronogramas que seriam adotados para manter a cotação de suas ações em valor igual ou superior a R$ 1,00 até 19 de julho de 2022.
  • A Oi informou nesta quinta-feira (3) que está em fase final de implementação de algumas etapas fundamentais do seu plano estratégico de transformação, já divulgado ao mercado.
  • A companhia ressalta ainda que, caso a cotação das ações não se enquadre de forma consistente no patamar determinado, pretende propor ao Conselho de Administração para tratar do grupamento de suas ações durante Assembleia Geral Ordinária, com data marcada para abril desse ano.
  • No fechamento de hoje do Ibovespa, as ações da Oi fecharam em alta de 1,92%, a R$ 1,06. A empresa ultrapassou a marca na quinta-feira passada, após passar 77 dias oscilando entre R$ 0,69 e R$ 0,98.

Petrobras (PETR4): CFO vê potencial de pagar dividendos muito maiores este ano, diz agência

  • Petrobras (PETR4) acredita que a possibilidade de pagar dividendos mais altos é “muito maior” do que no passado, de acordo com a Agência Reuters.
  • A declaração foi feita pelo diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Rodrigo Araújo, e ocorre após a empresa atingir o que ele considera um patamar de “dívida ótima“.
  • No terceiro trimestre de 2021, a companhia alcançou a meta de endividamento bruto de menos de US$ 60 bilhões do que era esperado para 2022, o que permitiu  uma revisão da política de dividendos.
  • “Dada a resiliência de nosso portfólio e a estrutura de capital que a gente tem hoje, a gente vê possibilidade de ter um nível de retorno em forma de dividendos muito maior do que o que a gente teve no passado e de fato ter uma distribuição muito mais consistente e robusta dos resultados”, disse Araújo para a agência.
  • “Em termos de alavancagem e de estrutura de capital, a gente está confortável com a meta de US$ 60 bilhões, Não há no horizonte plano de reduzir, neste nível de dívida, que é ótimo.”

Metaverso custa caro: prejuízo para Meta, ex-Facebook (FBOK34), é de mais de US$ 10 bi em 2021

  • Em outubro do ano passado, Mark Zuckerberg anunciou sua intenção de focar no desenvolvimento do metaverso, uma realidade virtual alternativa em que se projeta replicar o mundo real de forma 100% digital, e trocou o nome da sua empresa de Facebook (FBOK34) para Meta Platforms.
  • O que não se sabia naquele momento é que construir o metaverso custaria tão caro ao Facebook, agora Meta.
  • A Meta Platforms divulgou pela primeira vez os números de sua divisão de Reality Labs – área da empresa que trabalha na construção do metaverso – no balanço do quarto trimestre de 2021. Os dados mostram perdas na ordem de US$ 10 bilhões somente em 2021.
  • Mas o prejuízo começou bem antes, em 2019, de acordo com a apuração do portal norte-americano CNBC. De 2019 a 2021 os resultados foram:
  • 2019: Prejuízo de US$ 4,5 bilhões e receita de US$ 501 milhões;
  • 2020: Perda líquida de US$ 6,62 bilhões em receita de US$ 1,14 bilhão;
  • 2021: Saldo negativo de US$ 10,19 bilhões e positivo de US$ 2,27 bilhões.
  • A CNBC destaca que os números de 2021 estão alinhados com o anúncio feito por Mark Zuckerberg sobre as expectativas de investimento na área. Para 2022, as perdas só devem aumentar.
  • O CFO da Meta, David Wehner, disse na teleconferência de resultados da empresa na quarta-feira (02) que espera que as perdas operacionais aumentem significativamente em 2022, informa o portal.
  • Acontece que as perdas ocasionadas pela construção do metaverso estão custando caro à Meta Platforms no geral. Segundo a CNBC, a holding teria tido mais de US$ 56 bilhões em lucro durante o ano passado se não fosse pelo Reality Labs.

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Vibra (VBBR3) investe R$ 5 mi em startup de eletromobilidade Easy Volt

  • Vibra (VBBR3) anunciou nesta quinta-feira (3) que efetivou aporte inicial de R$ 5 milhões na startup Easy Volt (EZVolt). De acordo com informações do jornal Valor Econômico, a empresa pretende inaugurar o primeiro ponto de recarga elétrica em um posto de gasolina em junho deste ano.
  • A EZVolt possui uma das maiores redes de recarga elétrica no Brasil. É pioneira no país a atuar no conceito de “charge as a service”. O investimento é também a entrada da empresa na eletromobilidade.
  • Os recursos disponibilizados para a startup podem ser convertidos pela Vibra, no futuro, em participação na sociedade. A transação conta ainda com mecanismos de opção de compra, caso opte pela conversão das ações.
  • A startup possuí um centro de operações proprietário desenvolvido com tecnologia de ponta operando em regime 24×7 e modelo de negócio flexível para os mercados B2B e B2C.

Eletrobras (ELET3) pode ter privatização paralisada por erro encontrado pelo TCU, diz jornal

  • Estudos técnicos sobre a privatização da Eletrobras (ELET3) calculam uma subprecificação “gigantesca” da outorga a ser paga ao governo pelos novos donos da companhia, segundo informações do jornal Valor Econômico. O erro metodológico coloca em risco a continuidade da desestatização.
  • A cifra da outorga, contudo, só deve ser pública quando o processo for devolvido ao plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo ministro Vital do Rêgo – o que deve ocorrer entre o fim de fevereiro e o início do mês de março.
  • Vital pediu vista do caso na última sessão plenária do TCU em dezembro do ano passado, entre outros motivos, por causa do valor de outorga. Na ocasião, o relator, o ministro Aroldo Cedraz, apresentou seu voto favorável com uma série de ressalvas, definido a cifra da outorga em R$ 23,2 bilhões.
  • O gabinete do ministro Vital do Rêgo identificou, contudo, uma falha relacionada à potência das usinas da Eletrobras – o que ocasionou essa subprecificação da outorga, com impacto bilionário para o montante a ser pago pelos novos controladores.
  • Já em meados de dezembro a análise do processo de privatização pelo tribunal trouxe volatilidade aos papéis da estatal. Em um dos pregões, as ações da Eletrobras chegaram a cair 12% por causa de uma paralisação na análise técnica.

Da Amazon a Eletrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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