Queremos concluir acordo comercial com a China, diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (20) sua intenção de concluir um acordo com a China. A declaração do mandatário norte-americano foi realizada em uma entrevista coletiva na Casa Branca.

“Não estou pensando em um acordo parcial. Queremos concluir as negociações para um acordo definitivo”, declarou Trump. Um acordo colocaria fim a guerra comercial entre EUA e China que continua desde 2017.

Trump citou alguns dos principais pontos que deveriam ser incluídos no acordo para reduzir as tensões entre as duas principais economia do mundo. Entre eles estão a necessidade de maiores garantias por parte dos chineses em relação a proteção à propriedade intelectual.

Além disso, o presidente dos EUA salientou que o recente aumento das compras de produtos agrícolas americanos pelos chineses “não é suficiente”. O presidente dos EUA lembrou que nas próximas semanas deverão ocorrer várias reuniões entre funcionários dos governos de Washington e Pequim em diferentes níveis.

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Em um primeiro momento funcionários do médio escalão deverão ajustar as questões mais complicadas. Em seguida, o acordo será concluído por autoridades de alto escalão.

Trump indicou que não tem pressa para fechar o acordo antes das eleições presidenciais de 2020. “Não acredito que é preciso.”, declarou o presidente dos EUA.

Acordo próximo entre China e EUA

Os Estados Unidos e a China demonstraram nas últimas semanas a possibilidade de fechar um acordo comercial entre os países.

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Na última terça-feira (17) Trump declarou que havia a possibilidade de chegar a um acordo comercial com a China antes das eleições. Além disso, acrescentou que se o tratado vier depois, seria em termos “muitos piores”.

“Acho que haverá um acordo em breve, talvez antes da eleição, ou um dia após a eleição. E se for depois da eleição será um acordo como você nunca viu, será o melhor acordo e a China sabe disso”, declarou Trump no começo da semana.

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“Eles acham que eu vou ganhar. A China acha que vou ganhar tão facilmente e eles estão preocupados porque eu disse a eles: ‘Se for depois das eleições, será muito pior do que é agora’. Eu disse a eles. Eles gostariam de ver algum outro ganhar? Absolutamente não”, salientou o mandatário dos EUA .

Trump adia elevação de tarifas

O presidente Trump informou na semana passada que a elevação das tarifas sobre US$ 250 bilhões em importações de produtos da China foram adiadas por duas semanas.

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A elevação de tarifas estava marcada para o dia 1° de outubro, porém, em sua conta no Twitter, Trump informou que as taxas subirão de 25% para 30% no dia 15 de outubro. De acordo com o presidente, trata-se de um “gesto de boa vontade”, fazendo menção a retirada de tarifas da China sobre produtos americanos.

Redução das tensões

A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China publicou na semana passada uma lista de produtos dos Estados Unidos que serão isentos de tarifas que estavam sendo cobradas desde 2018.

Em outubro, os dois países devem se reunir novamente para negociar um acordo sobre a guerra comercial entre as potências. As tarifas sobre produtos dos EUA foram sanções impostas pelo governo chinês  a fim de abalar a economia norte-americana, como resposta as imposições de Trump sobre os produtos chineses.

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As isenções serão aplicadas a partir de 17 de setembro e valerão por um ano. Vale ressaltar que esta é a primeira vez que o país oriental retira cobrança de tarifas impostas anteriormente. Entretanto, produtos como carne de porco e soja continuarão com tarifas diferentes.

De acordo com o editor do “Global Times”, Hu Xijin, a China irá impor novas medidas para diminuir o impacto negativo da guerra comercial. “As medidas vão beneficiar algumas empresas da China e dos EUA“, afirmou o editor.

Carlo Cauti

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