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ETFs: conheça quatro dos principais norte-americanos

ETFs.

ETFs.Foto: Unsplash

Com a ascensão da disseminação de informações e do acesso às bolsas de valores, muitos investidores de mercados em desenvolvimento passaram a confiar seu patrimônio ao mercado de capitais. No entanto, isso pode ser feito de duas formas: por meio de uma gestão ativa, ou através de uma gestão passiva, utilizado, por exemplo, os Exchange Traded Funds (ETFs).

Além disso, esses próprios mercados emergentes, por mais que tenham se desenvolvido com o decorrer do tempo – principalmente em decorrência de taxas de juros estruturalmente mais baixas –, ainda não possuem muitos negócios com ETFs.

Essa modalidade de investimento tem por objetivo refletir o desempenho financeiro de um conjunto pré-determinados de ativos. Conhecidos no Brasil como “fundos de índice”, como o BOVA11 e o SMAL11, os ETfs podem refletir diversos ativos do mercado financeiro, como:

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Muitas vezes confundidos com fundos de investimento, os ETFs, na verdade, possuem taxas menores e buscam replicar a performance de determinados papéis em conjunto, nem mais, nem menos – democratizando, assim, o acesso aos mais variados investimentos.

O mercado de ETFs dos Estados Unidos é o mais desenvolvido do mundo, com mais de 2.000 ativos diferentes, que buscam replicar desde índices específicos até setores menos disseminados de países de “terceiro mundo”.

Confira quatro dos principais ETFs do mercado norte-americano. Vale ressaltar, entretanto, que essa lista apenas procura elencar ativos de características diferentes dentre os mais negociados (segundo o site ETF Database), não sendo os maiores por valor de mercado, tampouco trata-se de uma recomendação de investimento.

IVV

Similar ao IVVB11 no Brasil, o IVV é um dos principais ETFs que replica a carteira do S&P 500. Gerido pela BlackRock, possui um patrimônio de mais US$ 199 bilhões (cerca de R$ 983,5 bilhões).

Ao adquirir o IVV, o investidor está se expondo às 500 maiores e mais lucrativas empresas dos Estados Unidos de forma passiva. A taxa de administração é de 0,04% ao ano, uma das menores do mercado.

Diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos os ETFs pagam dividendos. O dividend yield (DY) do IVV atualmente é de 2,18%. Além disso, o indicador preço/lucro é de 20,6. As maiores posições do ETF são:

Como o intuito é replicar exatamente a performance do mercado estadunidense, o IVV, criado em maio de 2000, registra o mesmo desempenho do S&P 500 desde então: mais de 130%, até a última quarta-feira (10).

NOBL

O NOBL, controlado pela ProShares, gestora especializada na criação de ETFs, é lastrada em uma composição diferente de ativos. O fundo oferece exposição às empresas norte-americanas que aumentaram, consecutivamente, seus dividendos distribuídos pelos últimos 25 anos.

Veja também: Itaú Asset Management estreia ETF de Small Caps (SMAC11)

Conhecido como ProShares S&P 500 Aristocrats, a gestão do NOBL possui a diligência de não permitir que nenhum setor seja superior a 30% do índice, fazendo com que o ETF esteja bem diversificado em quase todos os segmentos da economia.

O fundo possui um DY de 2,11%, com uma relação preço/lucro de 21,02. O ETF é composto, majoritariamente, por large caps dos Estados Unidos, como:

Criado em 2013, o NOBL possui US$ 6 bilhões (cerca de R$ 29,48 bilhões) sob gestão, com uma taxa de administração de 0,35% ao ano. Desde então, o ativo registrou uma valorização de aproximadamente 70%, até o fechamento das negociações da última quarta-feira.

VNQ

O VNQ, por sua vez, é gerido pela Vanguard, maior gestora de ETFs dos Estados Unidos. A casa, por meio desse fundo, replica o índice MSCI US REIT Index, ou seja, reflete o desempenho de cerca de dois terços do mercado norte-americano de Real Estate Investment Trust (REITs).

Saiba mais: Investimentos caem 27,5% em abril, pior queda na série histórica do Ipea

Embora possuam diferenças estruturais, os REITs se assemelham aos Fundos Imobiliários no Brasil. Eles possuem cerca de 90% de seus recursos investidos em ativos imobiliários, embora sejam consideradas empresas propriamente ditas. Além disso, os REITs podem captar dívida, operando de forma alavancada.

Essa classe de ativos pode ser um diferencial para a diversificação do investidor, uma vez que proporciona maior fluxo de caixa oriundo de seus proventos. O VNQ, portanto, possui 179 REITs em sua composição. As maiores participações são:

O ETF possui um DY de 3,5%, com uma relação preço/lucro de 30,2, além de uma taxa de administração de 0,12% ao ano. O fundo possui US$ 6 bilhões (cerca de R$ 29,48 bilhões) sob gestão. Desde sua criação, em setembro de 2004, o VNQ já performou 62,56% positivamente, até a última quarta-feira.

XLK

O XLK é um ETF específico do setor de tecnologia. Esse segmento, que em sua essência é quase inexistente no Brasil, é composto pelas empresas mais inovadoras dos Estados Unidos, com maior potencial de crescimento.

Gerido pela State Street SPDR, o fundo possui US$ 30 bilhões (cerca de R$ 149,05 bilhões) sob gestão e é um dos principais do país. As categorias de atuação das empresas do XLK vão desde serviços de Tecnologia da Informação até de telecomunicações sem fio e semicondutores.

Esse setor, no que lhe diz respeito, abrange desde as maiores empresas do planeta até small caps estadunidenses. Confira as maiores participações do fundo:

O maior fundo focado no setor tecnológico possui um DY de 1,18%, apresentando uma relação preço/lucro de 22,3. Além disso, a taxa de adminsitração do ETF é de 0,13% ao ano. Criado em dezembro de 1998, pouco antes da bolha da internet estourar, o XLK registra um retorno positivo de mais de 200% desde a sua fundação, até o fechamento do último pregão.

Entretanto, assim como entre as mais de 10 mil empresas listadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, também existem ETFs mal geridos e com desempenhos pouco condizentes com os objetivos dos clientes; cabe aos investidores analisar e escolher a melhor opção, e a SUNO Research pode ajudar.

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