O Brasil tem 4 dos 10 melhores aeroportos do mundo, segundo a AirHelp, empresa de tecnologia que presta serviços jurídicos para passageiros. As quatro cidades brasileiras que estão na lista dos 10 melhores aeroportos do mundo são: Recife, Brasília, Belém e Belo Horizonte.
Para realizar a lista, a AirHelp fez uma análise abrangente de mais de 4.000 aeroportos globalmente, utilizando como critérios para avaliação a pontualidade, experiência dos clientes, opções de alimentação e compras.
Segundo o Valor Econômico, a pesquisa utilizou dados coletados de 1º de janeiro a 30 de setembro, com respostas de mais de 15.800 passageiros.
Depois do Brasil, o Japão, três aeroportos, é o país que mais tem representantes no top 10. Nos EUA, nenhum aeroporto estava entre os 10 melhores, e apenas três entraram na lista dos 50 melhores: Minneapolis, Seattle e Detroit.
Na análise dos aeroportos pela AirHelp é observado uma tendência que os principais centros metropolitanos globais não necessariamente apresentam aeroportos de excelência. O Aeroporto de Atlanta, apesar do intenso tráfego aéreo, ficou em 55º lugar, enquanto Heathrow, em Londres, ocupou a 163ª posição.
“A experiência de viagem não é responsabilidade exclusiva das companhias aéreas, mas também dos aeroportos”, disse Tomasz Pawliszyn, CEO da AirHelp.
Os dez melhores aeroportos do mundo
- 1. Aeroporto Internacional de Mascate, Omã (MCT)
- 2. Aeroporto Internacional de Recife/Guararapes–Gilberto Freyre, Brasil (REC)
- 3. Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo, África do Sul (CPT)
- 4. Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek, Brasil (BSB)
- 5. Aeroporto Internacional de Doha Hamad, Catar (DOH)
- 6. Aeroporto Internacional de Osaka Itami, Japão (ITM)
- 7. Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans, Brasil (BEL)
- 8. Aeroporto Internacional Tancredo Neves de Belo Horizonte, Brasil (CNF)
- 9. Aeroporto Internacional de Tóquio Narita, Japão (NRT)
- 10. Aeroporto de Amami, Japão (ASJ)
Governo anuncia medidas para redução dos preços das passagens
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou, na última semana, as primeiras medidas para redução dos preços das passagens aéreas. O anúncio, feito em conjunto com representantes das companhias, foi focado na promessa de maior volume de promoções.
Ainda assim, o titular do MPor, Silvio Costa Filho, reconheceu desafios para concretização dos resultados da redução do preço das passagens. “Precisamos reconhecer os impactos sofridos pelas companhias. Mas confio que teremos reflexo na ponta”, disse ao ser questionado sobre os preços ainda elevados propostos pelas empresas no pacote de promoções.
As medidas do governo para reduzir as passagens foram uma demanda do MPor às empresas. Em anúncio à imprensa há um mês, Costa Filho disse que o governo já está fazendo sua parte em ações para ajudar as empresas e que, como contrapartida, elas também deveriam apresentar ações para encarar os preços.
O anúncio contou com presença dos CEOs e CFOs da Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e Latam.
Antes do anúncio, Costa Filho destacou que o setor aéreo está entre os que mais sentiram impactos em razão da pandemia de covid-19.
“O aumento do preço das passagens foi caracterizado em todo o mundo, de 10% a 15%. Naturalmente isso tem um efeito negativo no Brasil. Mas, desde quando assumimos, temos buscado alternativas para que possamos reduzir os preços. Nosso trabalho é de sensibilização. As aéreas têm livre comércio e não podemos fazer intervenção”, afirmou o ministro.
Apesar das expectativas, não houve anúncio de ações concretas por parte do governo sobre o querosene de aviação (QAV) e do volume de judicialização reclamado pelas companhias.
“O QAV já teve redução de 19% neste ano. Vamos seguir fazendo um trabalho de sensibilização da Petrobras em 2024”, disse Costa Filho.
O QAV acumulou alta de quase 100% em relação ao período entre 2019 e 2022. Segundo o ministro, um grupo de trabalho seguirá buscando alternativas.
“Essa é a primeira etapa do programa. Esperamos agendas como essa em 2024 e vamos mostrar unidade, esforço coletivo para que possamos avançar. Os resultados não serão do dia para a noite”, disse Costa Filho ao estimar necessidade de 12 a 24 meses.
Voa Brasil
Fora do pacote de medidas, o governo também aposta em impactos positivos do Voa Brasil, que será anunciado na segunda quinzena do próximo mês.
O programa destinará passagens por até R$ 199 para aposentados e beneficiários do Programa Universidade Para Todos (Prouni).
Ainda, o Costa Filho disse que investimentos em novos aeroportos terão reflexo nos preços das passagens aéreas no longo prazo.