O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, afirmou que a autoridade monetária vai reavaliar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), caso as pressões inflacionárias se mostrem mais persistentes do que o previsto.
Durante audiência no Parlamento, o dirigente explicou que esse ainda não é o caso e minimizou os riscos de inflação. Bailey destacou ainda que está “confiante” quanto ao mercado de trabalho britânico.
O economista-chefe do BoE, Andy Haldane, disse que uma comunicação clara e antecipada sobre o fim do QE pode evitar uma situação de pânico nos mercados semelhante ao episódio conhecido como “Taper Tantrum”, em 2013, quando a sinalização de aperto pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) desencadeou um período de volatilidade nos negócios.
Presidente do Fed da Filadélfia defende debate sobre redução de QE
Além da Inglaterra, na semana passada, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) na Filadélfia, Patrick Harker, defendeu que a instituição deve começar as discussões sobre redução do programa de relaxamento quantitativo “antes cedo do que tarde”, engrossando o crescente coro “hawkish” da autoridade monetária.
Em entrevista online ao jornal The Washington Post, o dirigente disse que o processo, conhecido no mercado como “tapering”, deve começar a partir do momento em que houver sinais de progressos no mercado de trabalho e estabilidade de preços. O presidente do Fed citou preocupações com a escalada dos custos no mercado imobiliário residencial.
O argumento evidencia as divergências no Comitê de Federal Aberto (FOMC) sobre o melhor momento para iniciar o debate sobre diminuição das compras de ativos.
Como Harker, o presidente da distrital de Dallas, Robert Kaplan, também quer começar as discussões em breve.
Outros dirigentes preferem esperar por mais avanços nos indicadores. Conforme mostrou reportagem do Broadcast, essas discordâncias apareceram na ata da última reunião, divulgada na última quarta-feira.
Sem direito a voto nos encontros do Fed este ano, Harker acrescentou estar “otimista” em relação à maior economia do planeta, mas ponderou que o processo de recuperação será “acidentado”.
Entre os riscos à retomada, o líder da regional do Fed mencionou dificuldades de empresas em encontrar trabalhadores. No entanto, para ele, essas restrições na oferta, bem como os fatores que impulsionam a inflação, serão temporários.
Com informações do Estadão Conteúdo
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