Vladimir Putin, presidente da Rússia, é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) sob a acusação da prática de crimes de guerra na Ucrânia. A decisão publicada nesta sexta (17) pede que o político e a Comissária para os Direitos da Criança da Rússia, Alekseyevna Lvova-Belova, sejam detidos.
Segundo informações publicadas pelo g1, os representantes russos foram considerados responsáveis pelo crime de guerra de deportação ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
“O Sr. Vladimir Vladimirovich Putin, presidente da Federação Russa, é alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e de transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”, afirmou a nota emitida pelo TPI.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a Rússia é acusada de sequestrar crianças ucranianas e levá-las até centros de “reeducação” dentro do território russso.
O governo da Rússia já admitiu que manda os jovens ucranianos para seu território, mas justifica a atitude sob o argumento de que tratam-se de órfãos.
Prisão de Putin: Repercussão
Após a repercussão do caso, a Rússia afirmou que o pedido de prisão de Vladimir Putin é “sem sentido”.
“As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm sentido para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, comentou Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa.
Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, destacou que o mandado de prisão “é apenas o começo no caminho de responsabilizar a Rússia pelos crimes e atrocidades na Ucrânia”.
O governo da Ucrânia celebrou a decisão e também disse que isso “é apenas o começo”. Andriy Kostin, procurador-geral da Ucrânia, afirmou que o pedido de prisão contra Putin é “histórico para a Ucrânia e todo o sistema de direito internacional”.
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