Um avião presidencial de Vladimir Putin decolou de Moscou rumo à região norte da Rússia, em proximidade com São Petersburgo, de acordo com informações passadas pelo site Flightradar24h.
O avião de Putin teria saído da capital da Rússia por volta das 8h16 deste sábado, conforme horário de Brasília. No entanto, após se aproximar da cidade de Tver, que fica situada a aproximadamente 180 km de Moscou, a aeronave “sumiu do radar” do Flightradar24h.
Quando o avião de Putin estava sendo monitorado pelo site Flightradar24h, cerca de 50 mil pessoas estavam acompanhando para onde a aeronave seguia.
Assim, surgiram indagações se o presidente da Rússia estava no avião, o que foi negado por um porta-voz do governo ao jornal Telegraph.
Além disso, o próprio governo da Rússia disse em nota que Putin continua “trabalhando” normalmente na capital, negando qualquer fuga do presidente russo.
Membro da Otan fala com Putin sobre situação da Rússia e grupo Wagner
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, conversou com Vladimir Putin hoje (24) por telefone, sendo uma das primeiras lideranças internacionais a falar com o presidente russo após o início da rebelião do grupo Wagner na noite desta sexta-feira (23).
O presidente turco afirmou que ambos discutiram a respeito da situação atual entre a Rússia e o grupo de mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin.
O governante da Turquia teria dito a Putin que busca por uma solução pacífica para a situação.
Apesar disso, ele diz que enfatizou na ligação que “ninguém deveria assumir a responsabilidade de agir diante da situação na Rússia”.
Após a conversa entre os presidentes, o Kremlin soltou uma nota oficial dizendo que o líder turco teria apoiado o modo como a Rússia está tratando a rebelião do grupo Wagner.
Vale lembrar que desde o começo da Guerra da Ucrânia, Erdogan buscou manter suas relações com a Rússia, apesar de ser um dos membros da Otan.
Nesse sentido, diferentemente de outros países que fazem parte da Otan, a Turquia optou por não impor sanções econômicas sobre a Rússia, apesar de ter dado armamento para a Ucrânia usar na guerra.
Como começou o conflito entre Rússia e o grupo Wagner? Entenda o caso
O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, iniciou uma campanha com seus soldados com o objetivo de destituir o ministro de Defesa da Rússia nesta sexta-feira (23).
O conflito se iniciou após as acusações de Prigozhin de que o Ministério de Defesa da Rússia teria atacado os acampamentos de seu grupo.
Além disso, o líder do grupo de mercenários alega que Putin mentiu sobre os motivos que levaram ao início da Guerra entre Rússia e Ucrânia.
Apesar disso, o ministério russo negou as afirmações de Prigozhin, conforme destacado em comunicado oficial. “Não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”.
Depois do início do motim do grupo Wagner, o governo da Rússia levou militares às ruas, criou bloqueios metálicos e reforçou a segurança da capital, o que o prefeito de Moscou considera como medidas “antiterroristas”.
Um confronto armado entre o exército russo e o grupo de mercenários se intensificou, após Prigozhin afirmar em vídeo que as sedes militares na cidade de Rostov já estavam controladas pelo seu grupo.
Além disso, o grupo Wagner já teria tomado instalações militares na cidade de Voronezh, segundo informações da agência Reuters, na sua busca de avançar em direção a Moscou.
Em discurso televisionado neste sábado (24), Putin negou as acusações feitas por Prigozhin. Ele classificou a situação como uma “facada nas costas” e ressaltou que quem traísse ou atacasse militares russos seria punido.
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