Na próxima reunião do Copom, apenas 2022 será considerado, diz BC
O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, confirmou nesta quinta-feira (8) que o horizonte relevante da instituição na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – no começo de maio – incluirá apenas o ano de 2022.
Mais cedo, o diretor lembrou que a decisão de aumentar a Selic em 0,75 ponto porcentual em março para 2,75% ao ano considerava também a inflação do ano-calendário de 2021.
O Copom já sinalizou uma nova elevação de 0,75 p.p. na taxa para 3,50% em maio, mas o diretor nesta quinta-feira não se comprometeu com esse sinal.
Cenário atual já não prescreve grau de estímulo extraordinário, diz ata do Copom
A ata do Copom do Banco Central, divulgada no dia 23 de março, indica que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário.
Anteriormente, os membros do Copom decidiram elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto porcentual (p.p.), para 2,75% ao ano. Antes, a taxa estava estacionada, desde agosto de 2020, em 2% ao ano — mínima histórica.
“O Produto Interno Bruto (PIB) encerrou 2020 com crescimento forte na margem, recuperando a maior parte da queda observada no primeiro semestre, e as expectativas de inflação passaram a se situar acima da meta no horizonte relevante de política monetária. Adicionalmente, houve elevação das projeções de inflação para níveis próximos ao limite superior da meta em 2021″, informou a ata do Copom.
Como já constou no comunicado da decisão, o BC repete na ata que o Copom decidiu iniciar um processo de normalização parcial, reduzindo o grau extraordinário do estímulo monetário. Embora a alta nos juros fosse dada como certa pelo mercado, a maior parte dos analistas esperava uma elevação menor, de 0,50 p.p. na reunião da semana passada.
(Com informações do Estadão Conteúdo)