Nesta sexta-feira (7), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, anunciou o encerramento do programa do governo federal de desconto para carros populares. De acordo com ele, que também é ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, o projeto de promoções para veículos de até R$ 120 mil foi um sucesso.
De início, o governo havia disponibilizado R$ 500 milhões para o barateamento no preço dos carros de concessionárias que aderissem ao programa. Com o andamento, o orçamento foi ampliado em mais R$ 300 milhões, para R$ 800 milhões, teto que foi atingido nesta semana.
Em coletiva da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Alckmin reforçou que a parte do programa dedicada ao “estímulo dos créditos tributários para os veículos leves que foi um sucesso.” O vice-presidente da República também comentou que foi uma “medida de muita sensibilidade do presidente Lula em relação ao emprego e à importância do setor automotivo no momento atual”.
Os efeitos do programa de incentivo aos carros
O programa de descontos aos carros e demais veículos tem como um de seus principais objetivo o estímulo da produção na indústria automobilística, que vinha sofrendo com uma queda contínua na produção.
Segundo dados do principal objetivo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial de veículos automotores vinha passando por dois meses seguidos de baixa, até que viu uma recuperação de 7,4% em maio ante abril.
Ao todo, 125 mil veículos foram vendidos pelos descontos do programa, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse número impulsionou um crescimento de 14,2% nos emplacamentos em junho ante maio, com um recorde de compras históricos em 30 de junho (27 mil carros). Os dados foram frisados por Alckmin.
É realmente o fim do programa de “carros baratos”?
Na coletiva, Alckmin colocou que o caminho para incentivar a produção no setor não deve partir apenas desses momentos excepcionais, mas pela melhora na “renda da população, emprego, competitividade”.
Da parte do governo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad já eliminou as suspeitas para um prolongamento do programa com uma expansão dos recursos. “Estamos chegando a um momento no ano que não tem mais espaço fiscal para isso”, comentou Haddad, reforçando que a verba para a renovação de frotas de ônibus e caminhões ainda está aberta.
A Fenabrave, federação das concessionárias, afirmou na última terça-feira (4) que estava elaborando uma proposta para o governo federal de novos descontos para os veículos de até R$ 120 mil, dando sequência ao programa de desconto para carros.