Programa prevê que Brasil terá onda de privatizações de empresas de gás
O programa Novo Mercado de Gás, apresentado no final do último mês, prevê que companhias de alto escalão venderão participações no mercado. Dessa forma, um dos objetivos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode se concretizar. Sendo assim, fará com que ocorram diversas privatizações no setor.
Além disso, haverá um crescimento na concorrência deste mercado, ao menos a nível nacional. Assim sendo, empresas estrangeiras devem entrar no País para fazer investimentos no setor de gás.
Especialistas no ramo, convocados pela “Reuters”, listaram algumas empresas que atuam no setor e poderiam ser atraídas para estes negócios. São elas:
- Cosan (Brasil)
- Naturgy (Espanha)
- Galp (Portugal)
- Engie (França)
- Repsol (Espanha)
A Petrobras assinou, no dia 8 de julho, um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A empresa firmou, neste acordo, seu compromisso em vender todos os seus ativos de segmentos de gás natural até 2021. Sendo assim, a estatal petrolífera não terá mais sua posição dominante no mercado.
“A Petrobras está firmemente comprometida a sair integralmente do transporte e distribuição de gás. Venderemos todas as nossas participações, inclusive as remanescentes dos gasodutos NTS e TAG, além da nossa participação no gasoduto Gasbol Brasil-Bolívia”, afirmou o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
O executivo e sócio da Gas Energy, Rivaldo Moreira Neto, falou sobre o processo de desestatização das companhias. “Não tenha dúvida… de fato, vamos assistir esse processo de privatizações, um processo de venda bastante forte das distribuidoras de gás para mãos privadas”, avaliou.
O dirigente ainda aproveitou para falar sobre a estratégia da Petrobras em vender seus ativos do segmento de gás. “São forças que se somam. A decisão do Cade, a decisão estratégica da Petrobras (de sair do setor). E ao mesmo tempo incentivos do governo federal para que os Estados abram mão de suas estatais”, finalizou.