A empresa produtora de biocombustíveis e de etanol Granbio protocolou seu pedido de registro para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 até o final deste ano.
Fundada em 2011, a Granbio “provê soluções tecnológicas e industriais para a descarbonização da economia através da utilização eficiente do carbono contido na biomassa”.
A empresa informou que produz etanol de segunda geração, biocombustíveis e nanocelulose, usado na produção de pneus, cosméticos, embalagens, tintas, químico, peças automotivas, materiais de defesa, caixas para eletrônicos, embalagens e tecidos, além de na engenharia biomédica.
Com isso, a Granbio comunicou que será primária e envolve somente a captação de recursos novos, que serão destinados para aumentar a produção de etanol celulósico, produzir nanocelulose, investir em pesquisa e desenvolvimento, comprar patentes e reforçar a estrutura de capital.
Nesse sentido, a companhia ainda informou que a operação será coordenada pelas instituições financeiras Citi, UBS e Santander. De acordo com a empresa, a expectativa é de levantar cerca de R$ 1,5 bilhão.
Granbio registra lucro líquido de R$ 79,1 mi em 2019
A produtora de biocombustíveis reportou um lucro líquido de R$ 79,1 milhões em 2019, contra um prejuízo de R$ 58,7 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A receita líquida da Granbio, por sua vez, somou R$ 33,5 milhões, ante R$ 24,3 milhões um ano antes, uma alta de 38% na base anual.
A empresa possui em seu quadro acionário a Gran Investimentos, da família Gradin, com 86% do capital da empresa, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com os 14% restantes.
A GranBio é detentora de mais de 250 patentes ao redor do mundo, 130 delas já aprovadas e outras 120 patentes requeridas. A companhia atua desde a matéria-prima até a distribuição do produto final, e já investiu mais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,154 bilhões) em nove anos.