O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou neste domingo (10) que ainda é cedo para alterar a produção de petróleo da Opep+, na reunião do grupo em abril. A China e os Estados Unidos da América (EUA) vão liderar a demanda mundial neste ano, segundo o ministro.
A Opep+ é formada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, como a Rússia.
As próximas reuniões da Opep+ ocorrerão em:
- entre 17 e 18 de abril
- entre 25 e 26 de junho
Falih disse que é provável que o grupo não mude sua política de produção de petróleo em abril. Mas, caso seja necessário, o grupo fará ajustes em junho. As informações são da agência “Reuters”.
“Veremos o que acontecerá em abril, se houver alguma ruptura imprevista em algum outro lugar. Mas, salvo isso, acho que estaremos apenas chutando a lata para a frente”, disse Falih. Após uma reunião com o ministro indiano do Petróleo, Dharmendra Pradhan, em Nova Déli.
“Vamos ver onde o mercado está em junho e nos ajustar apropriadamente”, completou.
O ministro da Energia e Indústria dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Suhail al-Mazrouei, declarou hoje que o país permanecerá cumprindo suas obrigações de cortar a oferta sob o acordo de produtores. O EAU é membro da Opep.
“Continuaremos cumprindo o compromisso da Opep e não-Opep de ajustes voluntários de produção até que o mercado global seja reequilibrado”, publicou al-Mazrouei em sua conta do twitter.
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Demanda por petróleo
Em 1º de janeiro, a Opep+ deu início a novos cortes de produção, como prevenção a um possível excesso de oferta. O grupo concordou em reduzir a oferta em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) por seis meses.
Falih comunicou que a demanda global total por petróleo deverá crescer em torno de 1,5 milhão de barris por dia, neste ano.
“Se você olhar para a Venezuela sozinho, você entraria em pânico. Se você olhar para os EUA, diria que o mundo está cheio de petróleo. Você precisa olhar para o mercado como um todo. Pensamos que a demanda de 2019 é realmente saudável”, disse Falih.
O ministro do petróleo da Arábia Saudita acrescentou que a demanda chinesa vem quebrando recordes mês após mês. A estimativa de Falih é que o país romperá 11 milhões de bpd este ano.
Além disto, juntamente com a China e os EUA, a expansão econômica da Índia tem estimulado o crescimento da demanda global por petróleo.
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