A produção industrial cresceu em maio frente a abril chegando a 50,9 pontos, segundo a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta terça-feira (25).
A produção industrial ficou acima da linha divisória de 50 pontos que indica o aumento da produção frente ao mês anterior.
Nos últimos dois anos, o índice mostrou grandes variações no mês de maio. Em 2018, devido a greve dos caminhoneiros e 2017 ao alto número de feriados em abril, que influenciou na alta no comparativo abril/maio.
O resultado do mês em 2019 está próximo ao adquirido entre 2011 e 2013, anos em que a atividade industrial foi regular.
Utilização da Capacidade Instalada
Além da alta na produção industrial, a utilização capacidade instalada (UCI) também subiu um ponto percentual em maio, chegando em 67%. Dessa forma, atingiu sua melhor marcar no mês nos últimos quatro anos.
No entanto, por estar abaixo da margem dos 50 pontos, o índice está abaixo do usual para o mês.
Empregados
Além disso, o número de empregados caiu 0,3 ponto percentual em maio comparado a abril, ficando em 48,5 pontos. No entanto, embora a variação seja pequena acabou apontando queda do número de empregados já que o indicador se afastou ainda mais da linha divisória de 50 pontos.
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Otimismo dos empresários
Devido a maior atividade industrial, o otimismo por parte dos empresários saiu da tendência de queda e se estabilizou. A maior variação positiva foi de 0,5 ponto percentual, referente a expectativa de demanda, enquanto a maior queda foi na quantidade exportada, com recuo de 0,4 ponto percentual.
Estoques na indústria
Em contrapartida, a indústria segue com excesso de estoques ficando em 50,8 pontos. Por estar acima dos 50 pontos, o índice indica um novo aumento dos estoques.
O índice de estoque efetivo comparado ao usual está em 51,6 pontos, apontando excesso dos estoques.
Na comparação anual, todos os índices ligados a produção industrial tiveram resultados positivos. O principal motivador da alta na verdade foi o forte recuo dos índices em maio de 2018 devido a greve dos caminhoneiros.