Produção industrial cresce pelo 2º mês consecutivo, aponta IBGE
A produção industrial brasileira do mês de setembro subiu 0,3% em comparação ao mês anterior (agosto). Esta foi a segunda vez consecutiva que a taxa apresentou variação positiva, acumulando 1,5% no período. Um dos fatores responsáveis pela alta é a produção de veículos automotores, que registrou crescimento de 4,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mesmo período do ano passado, entretanto, a produção industrial cresceu 1,2%. O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, afirmou que o crescimento por dois meses seguidos não acontecia desde março e abril de 2018. “A observação é que esse crescimento está concentrado em poucas atividades: 11 das 26 atividades mensuradas pela pesquisa. O ideal é que atinja um número maior de setores”, disse Macedo.
Veja também: IPC-S termina outubro com uma queda de 0,09%, segundo FGV
A produção industrial de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 4,3% em setembro. Com a alta, foi possível reverter o recuo de 2,4% do mês de agosto. Para Macedo, a volatilidade pode se explicada por conta da perda em exportação para a Argentina.
Setores que tinham apresentado taxas negativas em agosto conseguiram se recuperar e tiveram impacto positivo na produção. São eles:
- Confecção de vestuário e acessórios (6,6%)
- Bebidas (3,5%)
- Produtos de metal (3,7%)
- Móveis (9,4%)
- Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,0%)
- Produtos de borracha e de material plástico (1,4%)
Entre as atividades que apresentaram redução na produção do mês em questão, estão:
- Setor de impressão e reprodução de gravações (-28,6%)
- Indústrias extrativas (-1,2%)
- Máquinas e equipamentos (-2,8%)
- Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%)
- Produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%) produtos do
- Fumo (-7,7%).
Vale ressaltar que no acumulado do ano até setembro a produção industrial ainda apresenta queda de 1,4%. As atividades de indústrias extrativas foram as que mais influenciaram negativamente durante o período (-9,8%). O setor de celulose, papel e produtos de papel também prejudicou o números do setor industrial no acumulado até setembro.