A produção industrial avançou 7% em maio, em comparação com abril. Em relação ao mesmo período do ano de 2019, houve um recuo de 21,9%. Tratando-se de comparação anual entre os meses, este é sétimo resultado negativo. Os dados foram apurados e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (2).
O avanço da produção industrial em maio interrompeu dois meses de resultados negativos consecutivos, sendo -9,2% em março e -18,8% em abril. Com o crescimento no mês de maio, o setor também recuperou pouco mais de um terço da queda de abril, que foi o primeiro mês “cheio” com as medidas de restrição para ajudar no combate ao coronavírus (Covid-19). A expansão de 7,0% em maio foi a mais elevada desde junho de 2018, quando foi registrado um avanço de 12,9%.
“O comportamento positivo foi disseminado, explicado especialmente pelo aumento do ritmo produtivo, após os meses de março e abril refletirem o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, por conta do movimento de isolamento social em função da pandemia da COVID-19”, avaliou o IBGE.
Entre os 20 ramos que tiveram alta, dos 26 pesquisados pelo IBGE, as influências positivas mais relevantes foram em:
- veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%);
- coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%)
- bebidas (65,6%).
Todas essas atividades citadas acima foram impulsionadas, em grande parte, pelo retorno, mesmo que de forma parcial, de unidades produtivas à produção, depois de diversas paralisações da produção por conta da pandemia da coronavírus.
No acumulado do ano, a produção industrial acumula queda de 11,2%. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 5,4%, o mais forte desde dezembro de 2016, quando foi registrada uma retração de 6,4% neste contexto.