O Procon-SP informou nesta quarta-feira (17) que notificou as operadoras de telefonia Oi (OIBR3), TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3), Claro e a empresa de segurança digital Psafe para fornecerem informações sobre o suposto vazamento de dados de 100 milhões de celulares.
A notificação do órgão foi feita após a notícia divulgada pelo site “Forbes” sobre o vazamento que expôs 100 milhões de contas de brasileiros, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e os jornalistas Willian Bonner e Fátima Bernardes. Segundo a publicação, o vazamento de 102.828.814 contas na dark web foi identificado pela empresa de cibersegurança, Psafe. Entre os dados, estão o tempo de duração das ligações, número de celular e endereço.
De acordo com o Procon-SP, as teles deverão confirmar se houve o vazamento de dados pessoais de suas bases e, em caso positivo, explicar os motivos do incidente, detalhar quais as medidas tomadas para contê-lo e informar o que farão para reparar os danos causados pelo incidente e evitar que a falha aconteça novamente.
Já para a Psafe, a empresa deverá explicar como foi informada sobre o vazamento dos dados e o que a motivou torná-lo público.
A empresa de cibersegurança declarou ainda, segundo a notícia, que foi contatada por um hacker que se encontra fora do Brasil e está vendendo os dados vazados. O criminoso estaria vendendo cada registro por US$ 1 (cerca de R$ 5,37). O Procon-SP quer que a Psafe esclareça como se deu o contato com o hacker que noticiou o vazamento; quais informações foram vazadas; e se o vazamento se deu apenas na dark web.
“Esses vazamentos são gravíssimos e permitirão que sejam aplicados muitos golpes. O Procon-SP já está investigando e pede que as pessoas tomem máxima cautela, desconfiem de tudo e jamais passem dados pessoais ou entrem em sites que não conheçam’, disse o executivo do órgão, Fernando Capez.