O chefe de investimentos do Bank of America Merrill Lynch (BofA), Hans Lin, afirmou que as privatizações são uma porta de entrada para investidores no Brasil.
O economista do BofA ressaltou que apesar da desaceleração econômica e do alto desemprego, os investidores voltaram a colocar o Brasil no radar. Isso ocorre, segundo ele, por conta das privatizações e das reformas que o governo federal está realizando.
“O governo está saindo de negócios que não são estratégicos e há muitas empresas no radar dos investidores”, afirmou Lin.
A previsão de crescimento da economia brasileira para o BofA é de 0,7% para 2019 e 1,9% para o ano que vem.
Para Lin, é necessário analisar que as economias de outros países não estão crescendo de forma expressiva. Portanto, o Brasil pode ser considerado o único país com tamanho para atrair investimentos e com alto potencial de crescimento.
Fatores externos
A guerra comercial entre Estados Unidos e China foi apontada pelo economista como um fator que pode tornar o Brasil mais competitivo. Isso deve ocorrer pois os investidores podem ficar receosos com o cenário externo.
“Tem um clima ainda aguçado no mundo, que cria um sentimento de aversão a risco. Se ficar muito exagerado, prejudica sob o ponto de vista de fluxo. Sob a perspectiva econômica, os investidores vão procurar outros locais para colocarem seu dinheiro”, afirmou o chefe de investimentos.
Além disso, Lin destacou ainda que o País deve se beneficiar com as exportações de commodities. Com isso, o Brasil poderá ocupar parte do mercado que era dominado pelos Estados Unidos.
Privatizações anunciadas pelo governo federal
O governo federal anunciou neste mês uma lista com nove estatais que serão privatizadas. Sendo elas:
Saiba mais: Governo federal anuncia plano de privatização de nove estatais
- Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras);
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios);
- Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp);
- Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev);
- Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec);
- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp);
- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).
As privatizações das companhias estatais fazem parte do plano de governo de Jair Bolsonaro.