O governo cogita mudanças para o BNDES após a saída de Joaquim Levy da presidência. Uma das possibilidades é que o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério da Economia, Salim Mattar, assuma a instituição.
Segundo as informações divulgadas pelo jornal Estado de S. Paulo, parte das atribuições da secretaria seriam transferidas ao BNDES caso Mattar assumisse a presidência do banco.
Além de Mattar, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central que assumiu a presidência do conselho do BNDES neste ano, Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do banco, e Solange Vieira, funcionária de carreira do BNDES e presidente da Superintendência de Seguros Privados (Susep) também são nomes cotados para assumir a presidência do banco.
BNDES responsável pelas privatizações
O jornal ainda noticiou que uma das ideias sugeridas é que o BNDES passe a se responsabilizar pelo andamento das privatizações do governo.
Por conta da redução do tamanho do banco na concessão de crédito, a avaliação feita é de que a instituição perdeu a relevância que tinha em outros governos. Portanto, o órgão poderia exercer a função de gerir as privatizações.
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Para entrar em vigor a mudança dependeria de alterações legais que teriam que passar pelo Congresso. A dificuldade de aprovação é intensificada pelo desgaste entre os poderes Legislativo e Executivo.
Atualmente, o BNDES já auxilia em privatizações do governo. O banco foi responsável por estruturar projetos de desestatização das distribuidoras da Eletrobrás.
Demissão de Joaquim Levy
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu demissão do cargo. O pedido foi entregue ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
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“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, disse Levy em um trecho da nota divulgada.