Privatizações e desinvestimentos somam R$ 96,2 bi em 2019
O governo federal levantou R$ 96,2 bilhões por meio de privatizações em 2019. A informação foi divulgada pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, nesta quinta-feira (3)
O montante apresentado considera as privatizações, desinvestimentos concessões e a venda de ativos naturais realizados até o dia 30 de setembro.
De acordo com o secretário, o valor indica que a meta estabelecida pela equipe econômica do governo para este ano já foi cumprida. Em janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que a meta para essas operações era de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 81,7 bi).
Valor obtido por segmento
A maior parte do valor vem das operações de privatização e desinvestimentos, que chega a R$ 78,6 bilhões. Ao comentar o segmento, o secretário ressaltou que a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não estão nos planos de privatização do governo.
A venda de ativos naturais somou R$ 11,9 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. O montante veio das vendas de campos de petróleo. Neste período, o governo vendeu cinco campos, sendo eles:
- Enchova e Pampo;
- Baúna;
- Maromba;
- Tartaruga Verde
- Pólo Macau.
As concessões realizadas pelo governo contabilizam R$ 5,7 bilhões nos primeiros meses deste ano.
Aumento de investidores no Brasil com as privatizações
O chefe de investimentos do Bank of America Merrill Lynch (BofA), Hans Lin, afirmou que as privatizações são uma porta de entrada para investidores no Brasil.
Saiba mais: Privatizações são porta de entrada para investidores no Brasil, diz BofA
“O governo está saindo de negócios que não são estratégicos e há muitas empresas no radar dos investidores”, afirmou Lin.
Atualmente, a A instituição financeira prevê um crescimento econômico brasileiro de 0,7% para 2019 e 1,9% para o ano que vem.
O economista do BofA ressaltou que apesar da desaceleração econômica e do alto desemprego, os investidores voltaram a colocar o Brasil no radar. Isso ocorre, segundo ele, por conta das privatizações e das reformas que o governo federal está realizando.