Privatizações devem ter papel melhor em 2021, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse, nesta segunda-feira (24), que a agenda de privatizações deve ter um papel melhor no Congresso em 2021. Segundo ele, seus últimos meses no cargo devem ser voltados ao pacote de reformas. Os parlamentares escolherão, em fevereiro, novos membros para a presidência da Câmara e do Senado.

“Minha opinião é que [a agenda de privatizações] vai ter um papel melhor a partir do próximo ano. Devemos focar no teto de gastos, na tributária e na administrativa”, afirmou Maia, em entrevista para a Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

Para ele, “não adianta arranjar receita extraordinária se não resolver a estrutura do estado e a simplificação do sistema tributário. A primeira parte da reforma tributária foi entregue pelo ministro da Economia Paulo Guedes no fim do mês passado. A reforma administrativa, por sua vez, “ficou para o ano que vem“, segundo o presidente Jair Bolsonaro.

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Todavia, o presidente da Câmara também pontuou que existe espaço para se avançar no pacote de reformas ainda em 2020. “A Câmara tem maioria consolidada de deputados e deputadas que compreende a necessidade das reformas tributária e administrativa. A primeira já está tramitando e a administrativa estamos esperando a decisão do presidente de encaminha-la. O meu sentimento é que há um bom espaço para que elas avancem neste ano”, disse.

Quando perguntado sobre uma possível candidatura ao comando da Casa, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a reeleição, o parlamentar do DEM disse que sua pretensão é entregar o cargo para um sucessor em fevereiro do ano que vem.

“A Constituição, da forma como está escrita, inviabiliza essa reeleição. Construí boa relação dentro da Casa desde a minha primeira eleição. Acho que Constituição vai num caminho, mas entendo as interpretações que queiram dar”, afirmou Maia. “Minha intenção é entregar a presidência da Câmara para meu sucessor em fevereiro de 2021. Cumpri bem meu papel e vamos trabalhar para termos um presidente que trabalhe na mesma linha, com outras virtudes e outros defeitos.

Guedes prometeu privatizações “em 60 dias”

O ministro Paulo Guedes voltou a prometer, no início deste mês, privatizações de três ou quatro grandes companhias “nos próximos 30 a 60 dias”. A declaração de Guedes aconteceu durante uma live promovida pela Fundación Internacional para la Libertad, uma ONG espanhola. O ministro afirmou acreditar que o Congresso dará seu apoio às privatizações, complementando que o presidente Jair Bolsonaro concorda com as operações.

Essa foi a terceira vez que o ministro prometeu grandes privatizações em até três meses. Um mês antes, no dia 5 de julho, em entrevista à “CNN Brasil”, o ministro afirmou que nos próximos “três meses” o governo faria quatro ou três “grandes privatizações”.

Além disso, Guedes acrescentou que “seguradamente” os Correios estão na lista de privatizações, no entanto, não disse quando aconteceria. Para ele, o Brasil ainda vai surpreender os investidores estrangeiros com projetos nas áreas de saneamento, cabotagem, elétrica, concessões e privatizações.

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Jader Lazarini

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