O Ministério de Minas e Energia (MME) comunicou nesta terça-feira (19) que a aprovação do projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras (ELET3) apenas no segundo semestre deste ano traria prejuízos para o Brasil. Isso porque o País “deixará de ter importantes investimentos, necessários para a manutenção e melhoria do setor elétrico”.
Em entrevista na noite da segunda-feira (18), o ministro Bento Albuquerque disse que a Eletrobras “não tem recursos que seriam necessários para manter a participação na geração e transmissão de energia, mas está sendo muito bem administrada”.
De acordo com a pasta, Albuquerque se referia ao patamar atual da empresa ao dizer que uma eventual demora para analisar o projeto não traria prejuízos.
“Entendemos que é importantíssimo para o setor elétrico que a Eletrobras volte a ter capacidade de investimentos”, acrescentou o ministro na ocasião.
Privatização da Eletrobras no 1S21?
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia afirmou acreditar que o Congresso Nacional aprove o projeto de privatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre deste ano. Bento Albuquerque disse que, caso a estimativa se concretize, será possível iniciar a implementação da capitalização da empresa no segundo semestre.
“É difícil fazer uma previsão, mas no caso da Eletrobras nós temos trabalhado com o Congresso desde meados de 2019 e não paramos em 2020, apesar da pandemia. Evidentemente uma matéria dessa não tinha condições de ser apreciada, ela precisa de uma participação presencial dos parlamentares”, disse em entrevista ao site MegaWhat.
Por volta das 16h15, as ações ordinárias da Eletrobras, negociadas com o ticker ELET3, caíam a 2,66%, a R$ 32,96. Por sua vez, o Ibovespa, índice acionário de referência da B3, operava em queda de 0,87%, a 120.184,64 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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