PRIO (PRIO3): Valorização compensa ausência de dividendos? Veja quanto rendem R$ 10 mil investidos

A produtora independente de óleo e gás do Brasil PRIO (PRIO3) não é o maior destaque de seu setor quando o assunto são dividendos.

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A antiga PetroRIO (e ainda mais antiga HRT Participações em Petróleo) passou mais de dez anos sem distribuir seus lucros aos acionistas.

“Diferente da PETR4, não dá para considerarmos a PRIO3 uma pagadora de dividendos. A empresa estava desde 2010 sem distribuir e fez seu primeiro pagamento em dezembro de 2023″, compara o consultor CEA da Suno Consultoria, Victor Bessa.

Ainda assim, o pagamento foi de apenas R$ 0,07 por ação da PRIO3, equivalente a 0,15% de retorno em relação ao preço de fechamento do mesmo ano.

Em 5 anos, quanto renderam R$ 10 mil investidos na PRIO (PRIO3)?

Na tabela a seguir, é possível visualizar a valorização e os dividendos da PRIO3 distribuídos em 12 meses e 5 anos:

PRIO (PRIO3)Últimos 12 mesesÚltimos 5 anos
AporteR$ 10.000,00R$ 10.000,00
Ações adquiridas2822702
Patrimônio acumulado
(valorização das ações)
R$ 12.271,00R$ 117.200,00
Proventos acumuladosR$ 19,74R$ 189,14
Retorno total
(valorização + proventos)
R$ 2.290,74
(22,91% de rentabilidade total)
R$ 107.389,14
(1063,89% de rentabilidade total)
Cálculo de investimentos na PRIO (PRIO3) – Fonte: Suno Consultoria

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Crescimento da PRIO justifica ausência de dividendos

Apesar da baixa distribuição de dividendos da PRIO, a companhia foi a que mais cresceu nos últimos 5 anos dentro do seu segmento, acumulando uma valorização de 1072% nesse período, calcula Bessa.

Enquanto outras companhias, como a Petrobras (PETR4), que voltou a pagar dividendos bem altos aos acionistas já em 2021, a PRIO nos últimos anos preferiu reter o lucro para investir em novos campos e impulsionar seu crescimento.

“Porém, isso não significa que essa política é definitiva. A empresa pode rever o pagamento de dividendos no futuro,” avalia o especialista da Suno Consultoria.

Recentemente, o CEO da PRIO comunicou que está avaliando crescer via fusões e aquisições (M&As), então, a política de dividendos da companhia não deve sofrer grandes mudanças no curto ou médio prazo.

“Portanto, se o que você quer hoje são dividendos constantes, a PRIO3 não é a mais indicada para isso”, aconselha o consultor.

Contudo, Bessa pontua que os investidores que estão em busca de empresas com foco no crescimento e multiplicação de capital, a PRIO é uma boa opção para sua carteira. Mas ele pondera ser extremamente difícil que a empresa consiga crescer na mesma proporção que a observada no passado.

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Camila Paim

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