Em novo parecer sobre a Prio (PRIO3), analistas do BTG Pactual mantiveram otimismo com a companhia, elevando o preço-alvo R$ 76 para R$ 79 por ação.
Nessa revisão, os analistas incorporaram o Campo de Peregrino nas projeções – já que a Prio anunciou a aquisição de uma participação operacional de 40% no campo por US$ 1,7 bilhão.
“Após revisar a certificação de reservas do campo e ouvir a estratégia da gerência na teleconferência pós-negócio, estamos convencidos de que os retornos do ativo provavelmente superarão nossas expectativas iniciais”, diz a casa.
“Embora o capex projetado para manter a produção em torno de 100 kb/d seja maior do que estimamos originalmente, a eficiência aprimorada do campo (menor opex) e as melhores condições de preços mais do que compensaram isso”, completa.
Com isso, os analistas do BTG projetam que a TIR não alavancada denominada em dólares agora é estimada em 20%, o que é 3 pontos percentuais (p.p.) maior do que a previsão anterior.
Assim, Peregrino foi responsável por um incremento de R$ 4 no preço-alvo da casa para PRIO3.
Aliás, os analistas ressaltaram que as ações da Prio estão no vermelho em 2024, com uma desvalorização acumulada de 2,7% desde o início do ano, negociando na casa dos R$ 44 atualmente.
Essa performance é inferior aos preços do petróleo – segundo o BTG, “provavelmente devido à produção menor do que o esperado neste ano”.
“Apesar das crescentes questões sobre se a execução da PRIO enfraqueceu, achamos que uma grande parte do déficit operacional pode ser atribuída a fatores exógenos. Embora os riscos de execução permaneçam, acreditamos que eles já estão incluídos no preço das ações”, conclui o BTG sobre a tese.
Ações da Prio recuam 11% em seis meses
Nos últimos seis meses os papéis da Prio recuam 11%. Em 12 meses, as ações caem 9%.
Cotação PRIO3