O balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23) da PRIO, ex-PetroRio (PRIO3), mostrou uma leve alta de 1% no lucro líquido da empresa, que chegou na casa dos US$ 231 milhões. Nesta quinta (4), os papéis da petroleira eram negociados em queda na Bolsa de valores, mesmo com os números positivos.
Por volta das 11h, as ações da PRIO eram negociadas em queda de 3,11%, ao preço de R$ 33,04.
Entre os principais números do balanço da PRIO do 1T23, destacam-se:
- Receita líquida de US$ 565 milhões, alta de 82% ante 1T22;
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 379 milhões, alta de 66% ante 1T22;
- Lucro líquido de US$ 231 milhões, alta de 1% ante 1T22;
“Apesar dos ambientes macro e geopolítico desafiadores e do aperto monetário internacional, o primeiro trimestre foi marcado por um significativo aumento de produção que atingiu mais de 90 mil barris de óleo por dia graças ao bem-sucedido Plano de Revitalização de Frade, ao início da operação de Albacora Leste e a alta eficiência operacional alcançada no cluster de Polvo e Tubarão Martelo”, destacou Milton Rangel, CFO da PRIO, ao comentar os resultados da empresa.
Balanço da PRIO: Análises do mercado
Na visão dos analistas da Genial Investimentos Vitor Sousa e Israel Rodrigues, a empresa apresentou resultados ligeiramente abaixo do consenso.
“Como principais motivos para tal performance, citamos a queda na produção do campo de Polvo e Tubarão Martelo devido a uma parada técnica ao longo de oito dias e a conclusão da aquisição de Albacora Leste, que naturalmente, trás consigo um custo relacionado a sua transição e uma operação que ainda deve ser otimizada pela Prio ao longo dos próximos meses (eficiência operacional de apenas 64% no trimestre no que diz respeito a produção)”, destacaram os especialistas.
Considerando que o case da empresa é de crescimento, achamos esse nível de geração de caixa confortável se pensarmos na mesma enquanto um ‘carrego’ – ou seja, o custo de oportunidade de se manter as ações é bem razoável tendo em vista todo o crescimento de produção que a mesma deve seguir apresentando.
O papel conta com recomendação de compra na Genial, com o preço-alvo de R$ 60. Enquanto isso, a analista do Itaú BBA Monique Greco afirma que os números da PRIO foram “ligeiramente acima” das estimativas do banco.
“O Ebitda ajustado foi de US$ 379 milhões, acima de nossa estimativa, e 225% superior ao trimestre anterior, devido a um volume recorde de vendas de petróleo, compensando a queda nos preços do Brent”, ressaltou a profissional.
No BBA, as ações da PRIO contam com recomendação outperform, equivalente à compra, com o preço-alvo de R$ 58. “Reafirmamos nossa classificação de outperform na PRIO, pois a empresa continua a oferecer uma combinação de ganhos consistentes de eficiência operacional e fortes perspectivas de crescimento orgânico e inorgânico”, disse a especialista.
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