O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações da Prio (PRIO3), afirmando que a companhia está em um estágio mais avançado de desenvolvimento de portfólio do que suas concorrentes. Na tarde desta quinta-feira (11), os papéis da Prio lideram as altas no Ibovespa, subindo 2,80% a R$ 45,59.
“Está desalavancada e ostenta não apenas o menor custo de extração entre as petrolíferas júnior, mas também o menor custo de equilíbrio, que, em última análise, é o que mais importa”, explica o BTG.
Além disso, a equipe do BTG projeta um crescimento da Prio por meio de fusões e aquisições, com projetos de taxa interna de retorno (TIR) acima de 20%.
“Embora não seja o objetivo principal, também não descartamos a possibilidade de retornos significativos em dinheiro (dividendos/compras de ações) se negociações adequadas não forem concluídas no futuro próximo”, dizem os analistas.
Quanto ao setor em geral, o banco prega cautela após queda de 20% nos preços do petróleo durante os últimos meses. Os analistas acreditam que a assimetria nos preços da commodity seja ascendente, mas as incertezas na oferta e demanda global justificam uma abordagem baseada na capacidade de geração de fluxo de caixa livre no curto prazo.
“Essa é uma das razões pelas quais a Prio se destaca como a melhor opção. Os custos de extração da empresa estão atualmente 60% abaixo da média do setor, e a empresa está desalavancada, o que significa que o fluxo de caixa livre para os acionistas (FCFE) da Prio por barril permanecerá mais alto em 2024, mesmo se os preços do petróleo desabarem”, comenta o BTG.
Neste contexto, o banco recomenda compra das ações da Prio, com preço-alvo de R$ 79, um potencial de valorização de 78%.
Prio: efeito da paralização do Ibama na produção de Wahoo
O BTG destaca a perda de valor de mercado da Prio, após notícias de que as licenças ambientais necessárias para o desenvolvimento de Wahoo provavelmente serão adiadas, devido a uma paralisação nas operações pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Para os analistas, embora o evento seja negativo do ponto de vista técnico, a reação do mercado foi exagerada. Nas estimativas do banco, a queda de 4,2% no preço das ações só seria justificada se o ‘first oil’ do campo fosse adiado em 15 meses em comparação com o plano atual (julho-agosto de 2024).
“É muito cedo para avaliar quando a paralisação do Ibama terminará, mas achamos justo dizer que isso deve acontecer em um prazo mais curto. Também observamos que a PRIO poderia optar por acelerar os esforços de perfuração em outros campos atualmente não precificados pelo mercado, caso os atrasos do Wahoo se tornem significativos”, conclui o BTG.
Empresa tem alta mensal de 2,3% na produção em dezembro
A Prio registrou em dezembro uma produção de 101,5 mil de barris de óleo equivalente por dia (boed), uma elevação de 2,3% ante novembro de 2023 – quando foram produzidos 99,31 mil boed.
Segundo a companhia, a maior contribuição para o resultado da Prio em dezembro foi o Campo de Frade, que produziu 55,34 mil boed por dia, uma alta de 1,83% na base mensal.
Na sequência, aparecem o Campo de Albacora Leste, que teve produção de 30,17 mil boed em dezembro, volume 5,99% maior ante o mês de novembro, e o de Cluster Polvo que, somado ao Tubarão Martelo, teve queda 2,67% no período, atingindo 16,39 mil boed na comparação mensal.
No quarto trimestre, a produção diária da Prio (PRIO3) alcançou 100,30 mil boed. No período, o Campo de Frade produziu 55,34 mil boed, enquanto Albora Leste atingiu 28,41 mil boed, e o Cluster Polvo, somado ao Tubarão Martelo, foi de 16,55 mil boed.
No acumulado do ano, a companhia anotou produção diária de 88,08 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia em 2023.
Segundo a Prio, a maior contribuição para os dados prévios de 2023 foi do Campo de Frade, que produziu 49,16 mil boed em 2023. Na sequência, aparecem Albacora Leste, com produção de 23,22 mil boed, e o Cluster Polvo, somado ao Tubarão Martelo, atingiu 15,7 mil boed.
Desempenho anual das ações da Prio
Cotação PRIO3